segunda-feira, 4 de abril de 2011

A era dos currículos eletrônicos

Olá, pessoas!

Como será o comportamento das agências daqui para frente?

Datilografar. Passar a limpo. Tratar com ‘branquinho’ ou fita corretiva. Selar envelope. Postar no correio...
Digitar, fazer revisão automática, imprimir, enfrentar fila, entregar na agência, esperar entrevista.
Este fluxograma, comum àqueles que depositam sua empregabilidade e esperança numa folha de papel e na boa vontade e pseudo conhecimento do recrutador, está com os dias contados.
Cada vez mais as buscas on line invadem o mercado do emprego.
Em breve, as filas intermináveis das agências às segundas-feiras acabarão e os candidatos serão selecionados por e-mail ou por um clique.
(fico pensando aqui: e aqueles que sabem tudo de internê e não sabem escrever ou se expressar?)
Empresas focam cada vez mais o seu recrutamento nos meios eletrônicos pela facilidade de virtualização ou para, se livrarem do constrangimento do ‘obrigado por ter vindo’.
(mais um pensamento? Quantas vezes o candidato a uma vaga não tem a sensação de que está sendo entrevistado por alguém que sabe menos que ele?)
Todo profissional sintonizado com o mercado de trabalho sabe que para cada empresa o currículo deve ser diferente – a tão famosa mala direta dos anos 80 já não funciona mais para esse caso.
Especialistas em RH recomendam que o candidato pesquise o perfil do emprego para, caso haja interesse pela vaga, adapte seu currículo às suas necessidades.
Como se explica esse fator?
Simples. As empresas tem nomenclaturas diferentes para as mesmas competências – isso pode ser comprovado pelos famigerados anúncios de jornal e, portanto, selecionam os currículos (quantos são?) pelo tag (palavra-chave). Adaptando o currículo a tais tags presume-se que seja mais fácil ser chamado ao menos para uma entrevista.
Quais as envolventes de todo esse processo de mudança tecnológica?
Por um lado, as empresas podem economizar reduzir custos com a seleção, não precisando inchar seus departamentos de RH para analisarem candidato por candidato que pleiteia determinada vaga. Basta ‘filtrar por tag’ e lá se vão milhares de candidatos ‘sem o perfil’ para a ‘reserva do banco de talentos’!
De outro, o postulante à vaga, não precisará enfrentar filas quilométricas nas agências de emprego no começo da semana, bastando apenas e assegurar de que enviou o currículo para o lugar certo e aguardar (quem espera alcança?) na tela do seu computador o chamado para seleção.
Como este último item beira à ficcão, o melhor a fazer, com papel ou não, é aprofundar a rede de relacionamento – network – para se conseguir uma vaga no tão concorrido mercado de trabalho, já que, se nada cai do céu, seu emprego também não vai chegar por e-mail.
E quanto às agências?
Terão que se reinventar, pois em tempos de alta tecnologia, o ‘obrigado por ter vindo’ ficou ultrapassado e, com tanto acesso à informação, o candidato percebe que está o recrutador está apenas simulando interesse nele, afinal, o corpo fala e contradizem o que as palavras querem dizer.
Bom trabalho.
É isso.





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