sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

As águas na nossa bossa


Olá, pessoas!

A boa música sempre foi referência para os ouvidos exigentes e privilegiados tanto aqui como lá fora.
Não é raro nossos principais compositores e intérpretes serem homenageados com tributos pelos artistas internacionais ou receberem citações deles em entrevistas do showbizz.
Por isso, o Circuito da Música se deu a essa tarefa hercúlea, que é falar da música brasileira – este território tão vasto que mistura a facilidade do vocabulário e neologismos com a dificuldade da erudição simples proporcionada pela bossa nova.
O ‘brazilian jazz’ fascinou e fascina ainda os mais diversos intérpretes ao redor do mundo. Muitos deles, como é o caso de David Byrne, ex-líder do Talking Heads, não quiseram arriscar o pelo e convidaram cantores genuinamente brasileiros para os auxiliarem nesta empreitada.
Ao ouvirmos uma música brasileira interpretada pelos gringos, percebemos a riqueza de detalhes e a peculiaridade clássica de um país tropical.
Até o senhor de velhos olhos azuis Frank Sinatra fez questão de participar de nossa musicalidade ao lado de Antonio Carlos Brasileiro Jobim.
Quer mais privilégio que esse?
Pois bem, neste programa vamos abordar apenas uma música do nosso cancioneiro: “Águas de Março” ou Waters of March, como eles dizem lá.. .Atentem para a variedade de ideias a que tiveram acesso os grandes nomes apresentados aqui.
Al Jarreau, um monstro sagrado que se tornou o único artista a ganhar prêmios Grammy em categorias diferentes: jazz, r&b e pop, dá a sua palhinha ao lado de Oletta Adams, que ficou famosa em terra brasilis após fazer os vocais de Woman In Chains com os Tears for Fears.
A excepcional banda Matt Bianco, conhecida por seus arranjos impecáveis que fundiam vocal e instrumental numa alquimia indelével, apresenta a cantora Basia numa versão tropicalíssima bem a nosso estilo...
E o que dizer da parceria entre David Byrne e Marisa Monte?
O líder dos Talking Heads e agora ativista ambiental, timbrou uma canção a sua maneira e deu uma outra cara meio world music bebendo de nossa fonte – com o devido perdão pelo trocadilho - e nem parece aquele cara que urrava aos quatro cantos dizendo ser um psicopata.
Isto prova que a música brasileira de qualidade continua chamando a atenção de gente lá fora que, devota a ela o seu talento e interpretação impecáveis.

Parte A


Parte B


É isso.