Olá,
pessoas!
Há algum
tempo a Rede Globo, através do Fantástico, exibiu uma reportagem em
vários capítulos com aquele que é considerado o maior goleador de
todas as Copas e que por esse feito, desbancou até os mais variados
ícones de tempos modernos e remotos.
O tema da
reportagem era um desafio: fazer Ronaldo Fenômeno perder alguns
quilinhos que tanto o atormentam e à crítica esportiva. Por essa
atitude, especula-se que tenha engordado a sua já polpuda conta
bancária com módicos 6 milhões de reais.
Tal
especulação aguçou a criatividade de seus detratores. Os mais
comuns, sugeriam à Vênus Platinada encaminhar a quantia ao “Criança
Esperança”, pois, pagar 6 milhões ao Fenômeno era um tremendo
desperdício. Além do mais, por que pedir dinheiro para causas
consideradas nobres – como o Criança Esperança – e investir
dinheiro em causas fúteis, como incentivar um jogador a emagrecer?
O
objetivo deste artigo não é realçar as qualidades futebolísticas,
envolvimento com campanhas publicitárias milionárias ou causas
humanitárias, mas sim, mostrar que qualquer pessoa que esteja em
evidência vira alvo fácil da opinião pública, quase sempre
disposta a detratar alguém.
Aqui,
fica a pergunta: Quem nunca foi criticado por usar ou ostentar algo
considerado supérfluo para os demais? Quem nunca ouviu que 'deveria
gastar o dinheiro em outra coisa'? Como diria Renato Russo, 'todos tem suas próprias razões'; e estas razões são as mais variadas e
incompreensíveis aos olhos de quem não esteja vivendo a mesma
situação – seja de repúdio ou consternação.
A
história de Ronaldo tem a ver com a busca do novo, do
empreendedorismo e, acima de tudo, da capacidade de conseguir
explorar todas as nuances e possibilidades de sua carreira. E,
diga-se de passagem, isto não é tarefa fácil. Não é raro vermos
na crônica esportiva casos e relatos de jogadores que terminam a
carreira e não tem mais com o que se manter, ficando à mercê de
favores de amigos ou vivendo da caridade da tão 'gentil' opinião
pública, que se refestela em papos de futebol e conversas regadas a
cerveja e petiscos em rodas de botequim.
Para
colocarmos mais um pouco de lenha na fogueira, façamos mais uma
reflexão: Quantas pessoas que estão se dizendo preocupadas com esta
questão, fazem parte de algum programa que visa acolher crianças
desamparadas e reintegrá-las às suas famílias de origem? Será que
estas pessoas tão preocupadas com o futuro das criancinhas de
programas sociais gostaria de praticar adoção a médio ou longo
prazo?
Ronaldo
não vive só de mídia.
Em breve,
vai lançar sua biografia, com edição limitada, acabamento
artesanal e preço em torno de 6 mil reais.
Como se
percebe, é um trabalho destinado a poucos, afinal, a história do
Fenômeno todo mundo já sabe.
Ou acha
que sabe.
É isso.
Uma das imagens disseminadas pela web |