Olá,
pessoa!
Este artigo foi escrito quando, numa
troca de dial, me deparei com a música cantada por Gilberto Gil. O mais curioso
foi que a música apareceu assim, do nada, logo quando entrei no carro depois de
conversar com um colega de profissão sobre aventureiros que se embrenham em
buscar títulos da moda, mesmo que a experiência adquirida não esteja à altura
do que se propõem a fazer.
Para não enrolar muito, falo
daqueles gurus que prometem mudar sua vida com palavras e conselhos mágicos,
que dão receita de bolo para este fenômeno simplezinho (ironia, tá?) chamado VIDA;
falo daqueles que gritam palavras de ordem no seu ouvido, pedem para você
abraçar desconhecidos em sessões que beiram a um fanatismo religioso momentâneo
e que proferem frases prontas para que você ‘faça a diferença’, ‘seja o
protagonista’ da cena, ‘pense fora da caixa’, ‘saia da zona de conforto’ e se
turbine com um motor 10.75 de alta performance para trabalhar em equipe e gerar resultados nunca
dantes vistos pela humanidade que habita a face do Universo. Cópias destes se
multiplicam em cada esquina e estão mais comuns do que pastel de carne nas
feiras de final de semana.
Assim, com todo este frenesi, depois
de um final de semana trancado num hotel para mudança de mindset, chega a
segundona brava e o procurador de guru não sabe o que fazer com tanta poesia.
Decepção maior vem quando, numa queima de estoque de bookstore, você percebe
que todas aquelas frases bonitas estão em oferta!
As promessas vão de sucesso
profissional com certeza de promoções, viagens de negócios bem-sucedidas até
noites tórridas alavancando relacionamentos conjugais, fórmulas para educar
filho, escolha de carro novo e como esquentar uma água na jarra de última
geração anunciada num programa de TV.
Não bastasse tudo isso, a oferta de
milagre chegou a uma habilidade social exigida em todo lugar: Oratória. E
assim, os pretensos gurus prometem destravar o participante a poder de gritos e
frases feitas que não vão a lugar nenhum.
Particularmente, conheço pessoas que
recorreram a este serviço achando que o sucesso no ‘public speaking’ viria, mas, na verdade, o falso empowerment não surtiu o efeito
desejado.
Claro que não! Muitos destes coaches
(ops, falei) mal conseguem explicar o que fazem, quanto mais destravar pessoas sem
traquejo em comunicação.
Resumindo: se você está procurando falar
em público, procure alguém específico com atividade comprovada na área. O resto
é modinha. E modinha não coloca você no centro do palco, com a vitória sobre a
timidez e com os argumentos claros.
Cada macaco no seu galho. Pense
nisso.
É
isso.