domingo, 22 de abril de 2018

Tum Tum Tum...1, 2, 3...testando...som...



Olá, pessoa!
Neste artigo vou falar sobre o correto uso do microfone nas apresentações e como saber se ele está funcionando ou não.
Para começo de conversa, me responda se você nunca ficou incomodado com os famigerados: “1, 2, 3, testando...som...teste!” e o estrondoso ‘tum tum tum’?
Vamos por partes:
Primeiro, bater na cápsula do mic só apressa o fim da vida útil do ‘equipo’, uma vez que esta parte é muito sensível e se encarrega de transformar o impulso sonoro em impulso elétrico e, a partir deste, encaminhar o que conhecemos por som, aos amplificadores disponíveis. Não vou entrar em detalhes técnicos porque isso não vem ao caso em nível de usuário.
Segundo, de onde surgiu este 1, 2, 3? A lenda fala que 1 é pra testar o grave (a parte ‘grossa’ da voz), 2 testa a parte média da voz e 3 testa o agudo, a parte ‘fina’, uma vez que tem a sibilância do fonema “S”. Também não vou entrar em tantos detalhes técnicos pelo mesmo motivo anterior.
O comportamento de se bater na cápsula ou de dizer coisas sem sentido para testar o som está se tornando cada vez mais comum, principalmente numa época em que surgem palestrantes sem conhecimento do próprio assunto e muito menos dos recursos audiovisuais disponíveis.
Na condição de profissional da voz, com experiência que tenho em salas de aula, estúdios, produções e, acima de tudo, na vivência em organização e apresentação de eventos, posso colocar três dicas básicas que vão ajudar você, o técnico de som e, ufa! a platéia que não vai precisar ouvir o ‘tum tum tum’ característico dos soundchecks.
Dica 1: ao fazer uso do microfone, primeiro, chegue cedo, fique amigo do técnico de som. É ele que vai dar o brilho à sua apresentação;
Dica 2: em vez de se comportar como a maioria que fala expressões que não significam nada, prefira cumprimentar a platéia com bom dia, boa tarde, boa noite e diga que está fazendo apenas uma passagem de som. Com isso, o técnico atencioso já vai calibrar a mesa de acordo com o timbre da sua voz. E, acredite: o comportamento que está servindo de tema para este artigo não ajuda em nada a técnica, apenas atesta o seu desconhecimento e falta de profissionalismo.
Dica 3: se o ambiente mudar (lotar mais que o esperado) e você precisar pedir aumento de pressão sonora (aumentar volume) seja discreto com o operador. Nada de falar pra que todos ouçam: “Ei, me ajuda no som aí!”. Isto ficava legal só pro Tim Maia e você não é o Tim Maia.
É isso.

segunda-feira, 16 de abril de 2018

Introdução ao Improviso (Parte 2)


Olá, pessoa!
Neste artigo vamos falar sobre um assunto que continua confundindo aqueles que querem falar em público através do improviso.
Em primeiro lugar, vou citar uma frase do escritor Samuel Langhorne Clemens, popularmente conhecido como Mark Twain: “Geralmente levo mais de três semanas a preparar um discurso de improviso”.
Com isso, talvez você questione que, a partir do momento que houve um ensaio prévio, não se caracteriza improviso.
Muito pelo contrário: muitas vezes o improviso pode se caracterizar somente pelo fato de não termos um papel para ler durante um discurso. Para você que acha que improvisar é um bicho de sete cabeças, saiba que improvisamos o tempo todo, seja no trabalho, nos círculos sociais, numa apresentação de projeto. Imagine, por exemplo, você ter de escrever palavra por palavra sobre aquilo que vai dizer! Todos os blocos de anotação ou meios eletrônicos seriam insuficientes.
Para improvisar com sucesso, devemos seguir algumas recomendações básicas:
Seja um bom leitor: as leituras variadas estimulam nossa criatividade e auxiliam na hora de acharmos palavras quando vamos fazer uma exposição;
Aumente sua observação ao ambiente: isso ajuda no direcionamento da mensagem e na seleção dos argumentos para não ser redundante. Tenho observado muita gente repetindo para a platéia o que acabou de ser dito pelo seu antecessor;
Treine sozinho: você pode falar para uma equipe pequena ou para uma multidão, mas o preparo é solitário;
Não se censure: uma vez definido o raciocínio, libere as palavras gradualmente, sem a preocupação de agradar a todos.
E lembre-se: improvisar, não é falar qualquer coisa. Estude e pense em cada gesto. Tenha consciência de que o que você diz servirá de estímulo para quem está te ouvindo.
É isso.

segunda-feira, 9 de abril de 2018

Falar pessoalmente é mais eficaz


Olá, pessoa!
A comunicação por aplicativo ou através de outras ferramentas virtuais tem a mesma força do que a comunicação pessoal.
Se você assinalou esta frase como verdadeira, precisa ler este artigo até o final.
Um estudo conduzido por pesquisadores da Western University, do Canadá e pela Cornell University, dos Estados Unidos,  dá conta que, mesmo com todo o aparato tecnológico que temos hoje, nada supera a comunicação presencial.
Neste estudo, os participantes tinham de enviar um formulário de pesquisa por e-mail a uma lista de desconhecidos. Após esta fase, deveriam fazer a mesma pesquisa através de abordagens pessoais.
O interessante é que todos os participantes, a princípio, achavam que os resultados seriam os mesmos. Mas não. As pesquisas feitas por e-mail tiveram taxa de retorno baixíssima, ao contrário das que tiveram contatos presenciais.
Isso se deve ao grau de desconfiança das pessoas que rechaçam os e-mails por acharem serem eles algum tipo de golpe ou desprovidos de credibilidade.
Viu só?
Nem sempre uma comunicação fria (aquela feita pelas chamadas redes sociais) equivale a um contato presencial. Este estudo dos pesquisadores destas universidades demonstra que nada supera ainda o contato ‘olho no olho’.
Sendo assim, analise como anda a sua comunicação. Se quiser alcançar melhores resultados, você terá de fazer como aquela música do Milton Nascimento: “ir aonde o povo está”.
Por e-mail ou por outro aplicativo, não dá.
É isso.

segunda-feira, 2 de abril de 2018

Como se portar em vídeo na web?


Olá, pessoa!
Os tempos mudam e a tecnologia encurta distância e diminui os custos.
Atualmente, as ferramentas que nos são disponibilizadas permitem maior acesso não só à informação como também o acesso às pessoas.
Há tempos isto deixou de ser uma tendência e passou à realidade.
Em se tratando de trabalho, quantas vezes você já não teve a oportunidade de conversar com um cliente em potencial sem sair do seu home-office? Isto sem contar os cursos on-line, disponíveis na hora e no lugar que queremos.
No entanto, muitas dúvidas têm surgido com relação à postura frente a esta nova forma de se comunicar, que não envolve o contato presencial e sim uma câmera.
Porém, ao contrário do que se possa imaginar, estes momentos de vídeo-conferência exigem o mesmo cuidado do contato presencial, onde praticamos a chamada preservação da auto-imagem. Não é porque estamos num ambiente considerado nosso que vamos relaxar no trato com o outro, mesmo que seja à distância.
Se você costuma se apresentar ao seu cliente com trajes formais, o mesmo deve ser feito se você tiver a chance de falar com ele on-line.
Da mesma forma, o vocabulário deve se adequar à etiqueta e ser o mais claro possível, utilizando termos técnicos como se você estivesse na sala da outra pessoa.
Contatos por câmera demonstram ser mais efetivos do que por telefone, uma vez que se tem a chance de mostrar e verificar as expressões faciais e fazer até o famoso espelhamento de acordo com a situação.
Daí, levando-se isso em consideração, temos cada vez mais a necessidade de desenvolvermos uma postura on-line que não nos comprometa pelo lado negativo.
Extrapolando um pouco, algumas empresas passaram a fazer seleção dos seus candidatos através do vídeo. Com isso, a mesma postura, o controle de ansiedade, a colocação correta das palavras e, acredite se quiser, a roupa que você está usando, estão sendo avaliados. Sendo assim, qualquer deslize pode ter caráter eliminatório.
Com a expansão da tecnologia do vídeo, como se fosse numa forma holográfica, estamos presentes nos mais diferentes lugares. Comportar-se adequadamente virou condição indispensável para sermos aceitos, nem que seja através de uma câmera.
É isso.