sábado, 22 de março de 2014

O Networking e o Não

Olá, pessoas!

A que você está amarrado?
Seu cliente pode não ser o que você imagina
“Vamos deixar sempre a porta aberta.”
“Melhor não criar confusão.”
“Deixa quieto.”
“Vai que a gente precisa dele qualquer hora.”
“Assim a gente queima o filme.”
E quais outras frases você poderia enumerar aqui quando o assunto é ser politicamente correto ou manter uma relação?
Quantas e quantas vezes, não somos até lesados em nossos relacionamentos, inclusive os comerciais, por não sabermos a hora de parar e fazer valer nosso ponto de vista e posicionamento?
É comum, ao começarmos um relacionamento comercial (networking) sempre levarmos em consideração o ponto de vista do outro e não o nosso.
Com isso, vamos construindo relações que culminam com o esgarçamento deste tecido e do acúmulo do nosso stress.
Escrevo com o objetivo de esclarecer alguns pontos que são apregoados por muitos que se dizem gurus da administração, mas que, na verdade, tolhem a liberdade do prestador de serviço e, indo mais longe, nos apequena, tirando a nossa capacidade de ação.
Hoje em dia, todos nós temos de mostrar resultado antes de assinarmos um contrato ou sermos chamados para realizar algum job. Nossa vida profissional é praticamente devassada antes de baterem o martelo e assinarem um contrato.
Inúmeras são as vezes em que o nosso prospect nos pede uma 'demonstração', uma 'amostra grátis' do que já realizamos há décadas e, confiantes num possível contrato, lá vamos nós, darmos um show de realização com o objetivo de fecharmos com o tal cliente.
Qual não é a nossa surpresa em saber que esse 'cliente' nem se importou com o nosso trabalho e que, simplesmente se utilizou de uma mão de obra especializada, para ser politicamente correto, mesmo sabendo que não seria capaz de fazer o acompanhamento de nosso trabalho.
Pela regra do bom senso profissional, ninguém é obrigado a fazer concessão daquilo que ele depende para viver. E isso não desmerece nenhum profissional: seu produto de qualidade merece ser cobrado para ser realizado e ninguém é obrigado a 'dar de graça' – com o perdão da redundância – aquilo que custou anos e anos para ser construído.
Em primeiro lugar, alguns paradigmas devem ser derrubados.
O primeiro deles é a premissa de que 'o cliente sempre tem razão'. Analisando por aí, já há um grande erro: em suma, cliente é o que consome algo. CLIENTE É AQUELE QUE COMPRA.
Aquela pessoa que só especula, pergunta, pechincha, NÃO É CLIENTE. É qualquer outra coisa: curioso, 'mala', chato, MENOS CLIENTE.
Confundir prospect com cliente é um erro que sempre é cometido pelo prestador de serviço, principalmente aquele que, num futuro próximo, pretende estabelecer relação comercial e executar a sua expertise com maestria.
Muitas vezes, seja por desconhecimento, despreparo ou pura má-fé, aquilo que pensamos ser um cliente, acaba se utilizando do nosso trabalho, sem nos dar a devolutiva, sem nos apresentar uma pesquisa de satisfação e nos 'deixa no vácuo'.
E, mesmo sendo lesados, muitas vezes, utilizamos as frases que abriram este artigo e procrastinamos o famoso NÃO!
Se não nos dermos o respeito, jamais seremos respeitados profissionalmente e oferecer nossa expertise só para 'pegar o serviço' não nos dará bons resultados no futuro.
Não sinta medo na hora de fechar uma porta – muitas vezes ela nunca foi aberta! É apenas uma ilusão sua! Afinal, quem tenta, com estes artifícios, te prender a um compromisso, a uma promessa, NUNCA será seu cliente.
Esqueça-o!
Diga NÃO na hora certa, para não ter uma relação comercial fadada ao fracasso.
Rompa os laços da falácia comercial enquanto é tempo.
Uma frase comercial da atriz Cacilda Becker diz:
“Não me peça para dar a única coisa que tenho para vender.”
E que as frases que abriram este artigo sejam repensadas, caso você ainda as use.

É isso.