Olá, pessoas!
É comum em qualquer tipo de conversa,
depararmo-nos com termos que, logo no primeiro momento, prejudicam os requisitos
básicos de uma comunicação eficaz, que são clareza e objetividade.
A clareza está relacionada ao ato de
expor nossas ideias de uma forma que o outro possa entender logo no primeiro
momento.
A objetividade reside em mostrar nossos
pontos de vista de uma maneira simples sem querer impressionar pela profusão de
conhecimento.
Embora possam parecer a mesma coisa, a
comunicação pode ser clara sem ser objetiva. Por exemplo: numa reunião, você
pergunta a um dos participantes, qual sugestão ele daria para determinado
problema do qual ele tanto reclama. E este, de forma bastante seca, te devolve:
“Sei lá”.
De certa forma ele foi claro e já deu,
de cara, a impressão de que não vai e não quer cooperar.
Por outro lado, você faz a mesma
pergunta para outro participante e este pigarreia, ajeita o nó da gravata,
enche o peito, olha para todos com ar de superioridade do tipo “viram só? Agora
eu vou arrasar” e começa o seu discurso empolado, exalando sabedoria, citando
exemplos sem conotação e levando o tom da reunião para vários lugares, menos
para aquele que todos almejam.
No primeiro exemplo citado, o sujeito
foi claro e até sem educação pela clareza; no segundo, houve um discurso, uma
manifestação de falso apreço pela oportunidade, mas que não levou a lugar
nenhum.
Estão aí dois requisitos aparentemente
semelhantes mas tão díspares no seu significado quando postos em prática.
Sempre que começamos um tipo de
conversa, por mais informal que esta seja, é importante que saibamos aonde
queremos chegar e como vamos concluí-la.
Para este artigo, vamos dar algumas
pistas de palavras que enrolam a audiência e passam a sensação de que o orador
da vez é um profundo conhecedor daquilo que está dizendo. Eis apenas alguns, já
que você numa análise do que acontece a sua volta, com certeza poderá
acrescentar quantos mais forem necessários:
- Na verdade
Bastante empregado em situações
embaraçosas.
Exemplo: Por que você tomou esta
atitude? Na verdade, essa atitude foi tomada devido...
- A partir do momento que...
Em vários discursos que tentam explicar
algo este termo aparece. Mesmo assim, a audiência percebe que a pessoa já tem a
predisposição de dar aquela enrolada e sair pela tangente.
- ‘Olha’ e ‘Veja bem’
Ao ouvir uma frase começando dessa
forma, corra! Você já está sendo enrolado. Com esta introdução, tenta-se
explicar o inexplicável. Note que sempre que se é apanhado em uma situação
altamente desconfortável, o sujeito já se sai com essa.
- “Então...”
Este é o melhor de todos. Se você não
quiser passar vergonha, fique calado, pense numa resposta direta, peça um
tempo, mas não incorra na armadilha do ‘então’. Denota falta de conhecimento ou
prenúncio para uma desculpa bastante esfarrapada.
Como você pode notar, todos estes
termos têm o intuito de ganhar tempo e passar a ideia de um falso conhecimento.
Para isto, a melhor solução é se
preparar e fazer um ensaio do que se quer e precisa dizer para não passar por
um vexame utilizando estes termos que, devido ao seu uso e abuso, já não
enrolam mais a ninguém.
É isso