Olá, pessoas!
Ao escrever um post, creio que se deva ter certa cautela para não ferir suscetibilidades; o que, traduzindo, seria não ofender alguém.
Mas, ultimamente, tenho notado que os termos politicamente corretos e algumas atitudes consideradas como tal, tem atrapalhado o despertar de consciência.
O tal PC – politicamente correto – tem deixado as palavras mais amenas e as pessoas desprovidas de atitudes dignas da civilização, cidadania e sinceridade.
Aparentar ser legal, aparentar ser o bom, aparentar ser elegante se tornou mote em muitos lugares.
A essência se tornou podre e a maioria, quando não pensa só em si, pensa em prejudicar a outros.
Não sei se é ser chato, mas tenho percebido pessoas desse naipe. Quer alguns exemplos?
No trânsito: motoristas desrespeitando não só a legislação, mas também o bom convívio, tomando atitudes ofensivas e perigosas, não só para si, mas para o outro que está na mesma via e nada tem a ver com a ignorância deles;
Os motoboys com sua truculência e escapamento irritantes, costurando por todos os lados e se achando donos da razão, amparados por um ‘corporativismo burro’ que se tornou código de conduta, vão destruindo retrovisores, riscando automóveis e entrando contra-mão, tudo em nome da ‘entrega rápida em domicílio’;
Pessoas achando que cachorrinho só serve para brincar e se orgulham de chegar em rodas dizendo que amam os bichinhos, mas que, na verdade, deixam o bicho abandonado dentro de casa, confinado em espaços minúsculos e latindo incomodando a vizinhança que, conivente nada faz para mudar a situação;
Vagas de idosos e deficientes sendo ocupadas em locais públicos, como ruas, shoppings e supermercados;
Mulheres parindo à torto e à direito ao som do batidão e colocando a vida que acabaram de dar à luz na lata de lixo;
Pessoas moradoras em condomínio, achando que o fato de pagarem taxas de manutenção, lhes dá o direito de fazer dos funcionários condominiais, seus empregados;
Falta de urbanidade no trato com pessoas, que, ao que parece, evitam o contato direto ‘olho no olho’, se recusando a cumprimentos triviais no dia a dia;
Estradas abarrotadas de pessoas ignorantes se achando as donas da verdade e da razão, que não respeitam limites de velocidade nem acostamentos;
Gente sem noção achando que outros devem ouvir a todo volume as músicas que estão em seus aparelhos celulares ou nos potentes sons de seus automóveis.
Professores sendo desrespeitados em sala de aula. Fato esse que não é mais oriundo de escolas públicas, já que ganha cada vez mais força a cultura do “tô pagaaaanuuu!!!”;
Filhos que não obedecem a autoridade dos pais, e estes, se escondendo atrás de frases como: “ele tem um gênio forte” ou "é a personalidade dele";
Alie-se a isso tudo, especialistas em ‘politicamente correto’ dizendo que a mobilização da sociedade traz pessoas de outras matizes à nossa convivência e mais baboseiras, justificando que o conceito de certo e errado é relativo e que não podemos nos tomar por baliza. Sendo assim, a quem tomo por baliza, já que os grandes pensadores e filósofos estão ultrapassados demais para a nossa sociedade tão moderna e evoluída? (sic)
Mas, até que tô bonzinho, já que nem citei a política, né???
E assim, o homem vai se multiplicando cada vez mais, sacrificando as boas maneiras e fazendo cada vez mais parte disto que chamo de descivilização e descidadania.
Sou a favor de atitudes que engrandeçam o ser humano, não só como pessoa, mas como um ser social, capaz de disseminar novas ideias e atitudes que realmente dignifiquem a cada um, mas me parece que a humanidade tem adquirido outros 'valores' e se nivelou por baixo.
Sei lá.
Talvez tenha chutado o pau da barraca neste post, mas, resumindo, estou puto.
Muito puto.
É isso.
(ops!)