terça-feira, 27 de março de 2018

Voz: fundamental nas apresentações

Olá, pessoa!
foto: blog Convenia
O ensaísta francês Gerard Bauer já dizia: “A voz é nosso segundo rosto”.
A frase fala por si, afinal, a voz também é o veículo que deixa nossa personalidade transparecer e demonstra nossa emoção.
Saber usá-la adequadamente durante uma apresentação faz toda a diferença. E é na voz que reside o tom, que precisa ser modulado de modo que possamos potencializar nossa mensagem.
Alguma vez já aconteceu de você ir a um evento, independente do segmento, ouvir as exposições que são feitas e voltar pra casa com a sensação de que faltou alguma coisa?
Pois bem. Em grande parte isso se dá por um detalhe técnico que muitos apresentadores se esquecem: a modulação de voz.
A modulação da voz se dá através do emprego de energia vocal em cada situação de um pitch (exposição).
Você alguma vez sentiu sono diante de uma apresentação? Note que, em casos como este, mesmo que o assunto seja interessante, a monotonia da voz favorece a dispersão.
Uma fala, por mais formal que seja, tem seus momentos de realce, reforço, estímulo.
Não dá pra pedir alegria com o mesmo tom de voz com que se está chateado.
Da mesma forma, não se alcança resultado se, ao falar de um momento de tristeza, você se apresenta com uma voz animada.
Em ambas as situações, é impossível passar uma imagem verdadeira.
Anota aí:
Apresentações de sucesso exigem, além de uma postura adequada, o tom de voz correto para expressar a mensagem.
Uma voz monótona (mono tom = um tom só), sem emoção, atrapalha qualquer discurso.
Utilizar a modulação adequada para cada momento torna você simpático e sua mensagem cativante.
Demonstre toda sua energia em cada frase que vai proferir.
Acredite na sua mensagem e a passe com segurança e credibilidade, sem esquecer-se de alterar o tom, quando necessário.
É isso.


terça-feira, 20 de março de 2018

Comunicação: muito além das palavras


Olá, pessoa!
Imagem: shutterstock
É comum em palestras e cursos sermos indagados sobre a famosa experiência de Mehrabian que traz o esquema 55/38/7.
Segundo ela, ao entregarmos uma mensagem, o público vai sempre nos analisar sob a seguinte ótica: 55% do sucesso da mensagem está relacionado à forma visual que nos apresentamos; 38% está relacionado à qualidade de nosso vocabulário e, vencidas estas etapas, a platéia se interessará pelo conteúdo (7%). Isto não significa que você não deve se importar com o que diz. Muito pelo contrário! Sempre tenha o que dizer e o diga com conhecimento e persuasão.
Aliás, seria muito cruel sermos analisados apenas pela foto e não pelo que temos a dizer.
A pesquisa de Mehrabian aborda a importância de atentarmos para a nossa comunicação não-verbal, que vai muito além do que achamos que estamos comunicando.
Ou você vai me dizer que nunca reparou na quantidade de vícios de linguagem que alguém possa ter, do tipo, ‘né?’, ‘tá?’, ‘então’, ‘viu?’ , ‘veja bem...’ ‘Ãnnnn’, ‘Eeeeee...’?
E quantas e quantas vezes, a pessoa que dá treinamento na empresa pede energia nas negociações, insiste nas frases motivacionais, cita grandes pensadores, mas apresenta uma voz ‘pra dentro’, sem projeção e que transmite mais medo do que coragem?
E aquela pessoa que não para de mexer no cabelo, ou aperta o nó da gravata, põe e tira o paletó, que não sabe se fica com a mão no bolso ou se gesticula?
E aquele palestrante que não mantém contato visual com a platéia e só se preocupa em mostrar o próximo slide cheio de letrinhas minúsculas?
Reparou?
Então, fica a dica: antes de entregar a sua mensagem, saiba que a pessoa que está assistindo a uma apresentação sua, vai te analisar nos mínimos detalhes, como já dissemos.
Como diz aquele livro famoso: “O Corpo Fala”.
Faça com que seu corpo combine com a sua mensagem e não desanime diante de mais uma pesquisa de Mehrabian.
É isso.


quinta-feira, 1 de março de 2018

Jogral na faculdade???



Olá, pessoa!

Imagem: Asas da Literatura
Uma questão de comunicação e observação:
Pra onde as faculdades estão levando os seus alunos?
Muitos assuntos poderiam ser abordados por aqui sobre didática, tecnologia, método de ensino, etc...
No entanto, vou me restringir à minha área de atuação: comunicação.
Ao contrário do nível, que se intitula superior (?) as apresentações em grupo têm sido feitas no melhor (ops!) estilo JOGRALZINHO, onde cada um recita a sua parte e fica esperando uma falsa interatividade do professor.
Assisti a algumas e todas foram finalizados com o termo: 'acabou'.
Pensei: E agora? Quem vai limpar?
Ponderando: tal técnica pode ser utilizada como instrumento de desinibição no ensino fundamental, para ambientar o apresentador infanto-juvenil às mais diversas situações e ensinar espírito de equipe.
Mas...em se tratando de fa-cul-da-de! achei que nem existisse mais.
A comunicação é dinâmica e de nada adianta soltar estes pretensos profissionais no mercado sob a égide do 'do it yourself' ou 'o verdadeiro aprendizado está na rua'.
Realmente, isto procede e faz o maior sentido, só que estas expressões têm sido usadas pelos docentes como forma de se eximirem de ensinar. Às vezes me pergunto se este não é um medo de concorrência (vai que meu aluno fica melhor que eu, né?). Com isto, o mercado de atuação vai se nivelando pra baixo. Alguns dirão que 'o aluno não se interessa por estas coisas' e 'apresentação é secundária'. E voltamos na viciosidade dos paradigmas já citados.
Fico imaginando a cara de um diretor de empresa que pede um relatório pra equipe e depois tem de assistir coisas assim numa reunião de feedback(???) e na frente de players importantes.
No final, só fiquei esperando um acróstico que terminasse com a palavra OBRIGADO ou com o meigo: BEIJO, MÃE!

É isso.

(dicoach: textos assim não devem ser publicados pois podem ser rotulados de 'politicamente incorretos'. Porém, creio ser oportuno acabar com esta prática que vem rebaixando a verdadeira comunicação a um bla bla bla sem conteúdo).