quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Redes Sociais: Um mergulho na superfície

Olá, pessoas!
Começando do começo.
Não tenho o costume de fazer uso exagerado de aspas (“ “) mas nestas linhas elas se fazem necessárias.
Quando vejo pesquisas milionárias falando sobre o 'poder das mídias sociais', das 'novas formas de comunicação e interação' e de 'realidades aumentadas e indispensáveis', sempre fico um tanto reticente.
Afinal, por experiência própria, percebo que meus contatos verdadeiros que já me trouxeram resultados profissional ou sociais, dificilmente advêm destas chamadas 'redes'.
Percebo que, após o conhecimento pessoal, há sim o estreitamento de relações através de trocas de e-mails, perfis virtuais e mais algumas modernices que, de certa forma, admiro e sou grande entusiasta.
Do ponto de vista do relacionamento, NINguém (ou quase ninguém) vai buscar por meios virtuais, ALguém para chamar de 'seu', de 'meu amigo', de 'meu sócio'...
Cabe aqui a justificativa pois, senão, muitos se arvorarão em dizer que sou um ermitão, um homem das cavernas ou um ser antissocial. Mas não. Ou como dizem os memes das redes, 'só que não'.
As pessoas, no afã de serem populares, adicionam quantos 'amigos' forem possíveis através das redes e acham que 'perfil lotado' significa 'sou muito querido'.
Curioso é também notar que pessoas que te adicionam, jamais serão capazes de te convidar para um cafezinho, um bate-papo ou, simplesmente, te reconhecerem na rua. Se isso acontece por questões de timidez ou puro disfarce, já cabe aos especialistas de comportamento humano dizerem.
Enquanto isso, o tão famoso Facebook, para ser mais direto, se tornou um 'Muro das Lamentações', um portal para disseminação de recalques ou, recentemente um teaser emocional, com expressões que tentam despertar uma curiosidade da parte de quem lê e de mensagens nem sempre verdadeiras de alento.
Frases desconexas, começando um assunto pelo meio, que talvez seja do conhecimento apenas da pessoa e de um círculo reduzido, são compartilhadas na rede para atestar ou medir uma falsa popularidade, como se aquilo merecesse importância.
Já comentei em postagens irônicas que 'só tem celebridade na rede', pois, muitos se acham merecedores de atenção e pipocam futilidades que nem para elas teriam certo valor.
Isso sem contar os assuntos até relevantes que são simplesmente desvirtuados após uma má interpretação e de uma postagem de quem, para participar, colocou lá o seu pitaco. E, diga-se de passagem, é sempre o assunto 'mais nada a ver' que chamará mais atenção. Ops!
Mas, o mundo moderno é calcado em superficialidades, falsas preocupações e (parafraseando Cazuza) de 'caridades de quem nos detesta' mas que, nas tão indispensáveis redes, tentam provar o contrário.
Para resumir, todo esse comportamento pode não passar de simples reclusão ou até mesmo, infelicidade.
O que te completa?
O que te faz feliz?
Ser real, autêntico, sincero, ou simplesmente 'pagar de perfeito' para quem não te conhece?
Não é preciso tanta pesquisa para chegar a esta conclusão, mas, para quem curte embasar teses (ou vivências?) em conhecimentos acadêmicos, vale dar uma olhada neste estudo que foi feito pelo Instituto de Pesquisas de Michigan
Boa vida real.
É isso