terça-feira, 30 de janeiro de 2018

O Profissional do 'Grátis'



Olá, pessoa!
Certa vez, enquanto fazia o curso de publicidade, ouvi de um colega de classe: ‘nem que você só cobre 1 e 99, mas cobre. Serviço grátis não tem valor'.
Alguns anos depois, quando lecionei para uma das turmas de eventos do Senac/SP, fiz questão de ministrar uma aula explicando a diferença de preço e valor.
Com as explicações, notei que muitos ficaram perplexos com a realidade.
Na oportunidade, parafraseando meu colega dos tempos de faculdade, finalizei a aula dizendo: ‘se você não cobrar nada ou cobrar barato, vai sempre atrair falsos clientes que não vão querer te pagar ou vão querer te pagar pouco’.
Hoje, vamos ficar apenas na primeira parte: ‘o cliente que não quer pagar’.
É muito comum, principalmente na área de prestação de serviços, nos depararmos com propostas neste sentido.
As propostas são cada vez mais mirabolantes. Alguns exemplos mais comuns são:
1)         “É pra mostrar seu serviço”: este argumento é um dos mais usados, infelizmente, mesmo que o profissional já tenha chegado a ele por (boas) referências;
2)         “É coisa rápida, você consegue fazer”: Em primeiro lugar, não existe ‘coisa rápida’. Tudo depende da expertise de quem faz e isto é adquirido por anos e anos de estrada , estudo e relacionamento com o cliente. O que você faz ‘com um pé nas costas’, outros penariam pra fazer e não ficaria bom;
3)         “Desta vez não temos orçamento, mas na próxima a gente te chama também”: esta pode ser considerada pegadinha. Tenha certeza que, se você fizer de graça a primeira vez, quando a outra parte tiver grana, vai chamar outro no seu lugar. Digo isto por experiência própria e através de experiência de colegas que passaram pelo mesmo ‘perrengue’;
4)         “Teve um que ia fazer, mas a diretoria não confiou. Aí a gente pensou em você, só que não tem verba”: É uma variação do anterior. Mais uma pegadinha que já te dá um bom argumento: “Ora, se o outro foi grátis e você não confiou, qual a razão de se confiar e não querer pagar?”
Dentro das relações comerciais, sempre costumo ponderar antes de dar qualquer resposta, só que em alguns casos, já dá pra tirar de letra. Em qualquer uma das situações, o relacionamento com o cliente é muito importante. Eu, inclusive, já consegui reverter todos estes argumentos com uma boa dose de conversa e demonstração de conhecimento do assunto.
Independente da sua área de atuação, saiba valorizar-se; porque, se você não se der o valor que merece, não adianta esperar isso de terceiros.
De graça até injeção na testa? Saiba que o mercado não está aceitando qualquer coisa não. Então, valorize-se!
É isso.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Entre o 'politicamente correto' e a SINCERIDADE


Olá, pessoa!
(Este texto é curtinho, pois requer mais reflexão que bla bla bla).

O politicamente correto deixou as pessoas sensíveis; porém, não educadas e elegantes.
De hoje em dia, pra não ofender, até pra se fazer uma crítica severa, expor um ponto de vista, são utilizadas expressões como: "me desculpa a sinceridade", "meu caro amigo", "nobre excelência" (e para gente que de nobreza e excelência não tem nada), "não me leve a mal". 
Cheguei, há algum tempo, observar o uso de 'preclaro', um adjetivo arcaico que achava que tinha saído do dicionário já (!). 
Não obstante estes termos polidos (hein?) 'a lenha desceu' e amizades foram prejudicadas.
Então, qual a razão de tentar ser elegante (sem ser) e de tentar parecer educado (sem parecer e ser)?
Fique esperto e verifique se as pessoas que estão do seu lado tem este tipo de comportamento. Garanto, de antemão, que uma amostra bem pequena delas é confiável. Abra o olho!
Ter objetividade na comunicação é o que há. 
Pensar o que se pensa e se expressar, é o que há. 
Sem mimimi. 
Sem esta linguagem que, ao invés de esclarecer, deixa quem fala, com jeitão de pateta. 
Abaixo o politicamente correto e Acima a sinceridade sem máscaras.

É isso.

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Confraternização DA empresa

Olá, pessoa!
Um assunto que sempre me chamou atenção no termo da comunicação corporativa é algo que confunde muita gente: a tal da confraternização DA empresa.
Note que sempre coloco este DA (preposição) em maiúsculo para dar o sentido de posse.
Isso mesmo.
Talvez até agora você entenda que numa confraternização o famoso ‘vale-tudo’ vai imperar. Só que não é bem assim.
Conheço vários casos de gente que se deu muito mal em confraternização DA empresa, mesmo quando parecia ser um clima descontraído.  Só que, como dizem por aí, ‘deu ruim’.
Pra você ter uma idéia do que pode acontecer, é só procurar pela internet um fato que virou notícia: a demissão de executivos e de um colaborador de uma multinacional durante um concurso de fantasia realizado no final de ano.
O colaborador, saidinho, se inspirando em memes de redes sociais, se fantasiou com um chapéu famoso e outros adereços. Resultado: a premiação da fantasia viralizou e acabou na sede da empresa norte-americana, ocasionando a demissão de todos os responsáveis pelo concurso e do ganhador.
Numa análise fria, temos duas questões a ressaltar, sendo que a primeira delas é para a empresa, que também teve parcela de responsabilidade nesta confusão toda:
- ao colocar um concurso, é interessante que se estabeleçam regras que possibilitem a descontração, mas que o Regimento Interno não seja prejudicado. Ao contrário do que qualquer se imagina, isso não é tolher a liberdade e criatividade: é zelar pela imagem corporativa;
A segunda diz respeito ao colaborador:
- por mais descontraído que seja um ambiente, mesmo com promoções criativas, faltou observar o contexto, ou seja: a festa é DA empresa e, por mais ‘pra cima’ que seja a festa, não deixa de ser um ambiente corporativo.
Estas recomendações servem para qualquer ocasião, seja ela final de ano, carnaval, micaretas e convenções de marketing. Ainda mais numa época em que os melindres estão aflorados como agora!
Pra resumir: dá pra curtir uma festa DA empresa com tudo que ela tem direito. Mas mantenha o controle em todos os sentidos.
A recomendação é válida também na hora de se tomar qualquer bebida ou conversar com aquela colega que te chamou atenção o ano inteiro.

É isso.

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Penso, portanto, falo

Olá, pessoa!
Talvez você estranhe esta adaptação a La Descartes, mas, eu não poderia deixar este gancho ‘passar batido’.
Hoje em dia, não basta apenas pensar. O pensamento tem de ser exposto.
Não basta apenas expor o pensamento. É necessário se mostrar.
Recentemente uma instrução viralizou nas redes sobre os jornalistas da Globo ensinando o povo a conseguir as melhores imagens com o celular.
Na horizontal sempre, na vertical nunca. Pra melhor compreensão: celular deitado ao invés de ‘em pé’.
Esta questão de se criar vídeos numa sociedade cada vez mais virtual e afeita ao visual não tira a necessidade de se falar bem e ser compreendido.
Até agora, independente se o vídeo está ‘em pé’ ou ‘deitado’, note que os maiores likes e curtidas estão na oralidade, ou seja: na capacidade de saber como se fala.
E assim, os grandes oradores, sejam eles animadores de platéia, filósofos, analistas de comportamento, comediantes, têm NA PALAVRA, sua maior força de expressão. A imagem apenas os acompanha.
Mas, a necessidade de usar a palavra, não é só para os grandes oradores e famosos: há algum tempo, muitas empresas se utilizam da tecnologia da videoconferência para seus processos seletivos.
Nesta hora, o marketing pessoal extrapola a imagem e, se o candidato à vaga não souber verbalizar o que pensa, certamente estará fora de qualquer processo de seleção.
Observamos muitos profissionais com alta capacidade e rendimento, mas que não conseguem transferir conhecimento, ou por serem tímidos, ou por não saberem organizar o raciocínio verbal.
E assim, muitos deles se sobrecarregam em suas atribuições desnecessariamente, pois não sabem fazer o que sugeriu Steve Jobs: delegar tarefas complementares.
 Nestas horas, um bom treinamento ajuda até para identificar e trabalhar possíveis bloqueios.
Nesta era do celular (seja na horizontal ou na vertical) as palavras podem falar tanto quanto a imagem.
Para existir, não é necessário apenas pensar. Mas também falar.

É isso.