Olá, pessoa!
Antes de tocar no assunto
ponte e estrada, vou citar o fato que me fez pensar a respeito disso nos
últimos dias:
Recentemente, torcedores do
Paulista FC foram pegos de surpresa ao saberem que, mesmo com a boa campanha, seu time seria eliminado da Copinha.
Motivo: um jogador havia
usado documentação de um amigo para conseguir competir e, no final do
campeonato, mediante denúncia, a Federação Paulista de Futebol, pelo TJD,
penalizou o time por causa do chamado “gato”.
A frustração foi geral na
cidade que, além de se situar no país do futebol, tem no seu time centenário,
um símbolo de orgulho, garra e conquistas.
O jogador, claro,
desapareceu por uns dias e ressurgiu na mídia paulistana sob a tutela do
jogador Vampeta, que decidiu dar ao garoto o que chamou de ‘uma segunda chance’.
Na entrevista longa que concedeu à Rádio Jovem Pan, o garoto disse que esta
tinha sido a sua única maneira de conseguir algo que pudesse conduzi-lo a um
sonho: dar melhores condições para a família.
Traduzindo: independente dos
fins justificarem os meios, o que ele fez foi conseguir uma ‘ponte’ para o seu
sucesso, mesmo porque o time não passa por uma situação favorável e não
oferecia um futuro nos moldes do planejado.
(Não vou me estender nesse
assunto, por não ser este o foco, mas, para quem quiser conhecer melhor, vou
disponibilizar alguns links referentes no final deste artigo).
Não estou querendo aqui, de
forma alguma, estabelecer qualquer tipo de julgamento se o jogador agiu de
forma correta ou incorreta, se houve crime ou não, uma vez que tal julgamento
não compete a mim. Aqui, quero apenas enfocar a diferença existente em se fazer
de um lugar para trabalhar, uma ponte ou uma estrada. Em se ter objetivos
pessoais e trabalhar por eles ou de simplesmente se trabalhar pelos objetivos
de uma empresa.
Estou usando este case como um background para ilustrar uma situação que acontece com muitos de
nós: a dificuldade de separar os
objetivos pessoais (onde se quer chegar profissionalmente e na vida) e dos
objetivos da empresa (o que eu faço pra manter o emprego e agradar meu chefe).
Claro que não somos tão
irresponsáveis a ponto de tratar o nosso local de trabalho de qualquer jeito,
já que é dele que tiramos o nosso sustento e os recursos para conseguirmos
nossos objetivos, mas é preciso saber também a hora de se procurar algo melhor,
se não temos nossas expectativas atendidas.
Há a necessidade sim de
honrarmos o lugar onde trabalhamos, mas sem perder o foco naquilo que realmente
queremos.
Muitas vezes cometemos erros
estratégicos que nos custam caro ao longo da vida; criamos ilusões quanto aos
locais onde trabalhamos e fazemos dele a nossa própria vida.
Quantas vezes titubeamos
entre a segurança e o desafio de se fazer algo diferente e depois nos
lamentamos por isso?
O fato de se fazer do lugar
que trabalhamos uma ponte, faz com que nossos olhos e ouvidos estejam sempre
atentos a uma melhor possibilidade; ao passo que, quando fazemos da empresa em
que trabalhamos uma estrada, podemos nos tornar acomodados e obsoletos.
Morrer de amores pelo lugar
onde está pode ser o princípio de uma estagnação profissional que trará sérios
riscos inevitáveis no futuro.
O que o jogador fez, foi
considerar o seu time uma ponte para
objetivos maiores; não uma longa estrada
que ele pudesse percorrer até certo período, correndo o risco de se desempregar
posteriormente e ficar sem alternativas.
Você está numa ponte ou numa
estrada?
É isso.
Para saber mais: