sábado, 28 de janeiro de 2017

Você está numa ponte ou numa estrada?

Olá, pessoa!
Antes de tocar no assunto ponte e estrada, vou citar o fato que me fez pensar a respeito disso nos últimos dias:
Recentemente, torcedores do Paulista FC foram pegos de surpresa ao saberem que, mesmo com a boa campanha,  seu time seria eliminado da Copinha.
Motivo: um jogador havia usado documentação de um amigo para conseguir competir e, no final do campeonato, mediante denúncia, a Federação Paulista de Futebol, pelo TJD, penalizou o time por causa do chamado “gato”.
A frustração foi geral na cidade que, além de se situar no país do futebol, tem no seu time centenário, um símbolo de orgulho, garra e conquistas.
O jogador, claro, desapareceu por uns dias e ressurgiu na mídia paulistana sob a tutela do jogador Vampeta, que decidiu dar ao garoto o que chamou de ‘uma segunda chance’. Na entrevista longa que concedeu à Rádio Jovem Pan, o garoto disse que esta tinha sido a sua única maneira de conseguir algo que pudesse conduzi-lo a um sonho: dar melhores condições para a família.
Traduzindo: independente dos fins justificarem os meios, o que ele fez foi conseguir uma ‘ponte’ para o seu sucesso, mesmo porque o time não passa por uma situação favorável e não oferecia um futuro nos moldes do planejado.
(Não vou me estender nesse assunto, por não ser este o foco, mas, para quem quiser conhecer melhor, vou disponibilizar alguns links referentes no final deste artigo).
Não estou querendo aqui, de forma alguma, estabelecer qualquer tipo de julgamento se o jogador agiu de forma correta ou incorreta, se houve crime ou não, uma vez que tal julgamento não compete a mim. Aqui, quero apenas enfocar a diferença existente em se fazer de um lugar para trabalhar, uma ponte ou uma estrada. Em se ter objetivos pessoais e trabalhar por eles ou de simplesmente se trabalhar pelos objetivos de uma empresa.
Estou usando este case como um background para ilustrar uma situação que acontece com muitos de nós:  a dificuldade de separar os objetivos pessoais (onde se quer chegar profissionalmente e na vida) e dos objetivos da empresa (o que eu faço pra manter o emprego e agradar meu chefe).
Claro que não somos tão irresponsáveis a ponto de tratar o nosso local de trabalho de qualquer jeito, já que é dele que tiramos o nosso sustento e os recursos para conseguirmos nossos objetivos, mas é preciso saber também a hora de se procurar algo melhor, se não temos nossas expectativas atendidas.
Há a necessidade sim de honrarmos o lugar onde trabalhamos, mas sem perder o foco naquilo que realmente queremos.
Muitas vezes cometemos erros estratégicos que nos custam caro ao longo da vida; criamos ilusões quanto aos locais onde trabalhamos e fazemos dele a nossa própria vida.
Quantas vezes titubeamos entre a segurança e o desafio de se fazer algo diferente e depois nos lamentamos por isso?
O fato de se fazer do lugar que trabalhamos uma ponte, faz com que nossos olhos e ouvidos estejam sempre atentos a uma melhor possibilidade; ao passo que, quando fazemos da empresa em que trabalhamos uma estrada, podemos nos tornar acomodados e obsoletos.
Morrer de amores pelo lugar onde está pode ser o princípio de uma estagnação profissional que trará sérios riscos inevitáveis no futuro.
O que o jogador fez, foi considerar o seu time uma ponte para objetivos maiores; não uma longa estrada que ele pudesse percorrer até certo período, correndo o risco de se desempregar posteriormente e ficar sem alternativas.
Você está numa ponte ou numa estrada?
É isso.

Para saber mais: