sexta-feira, 6 de junho de 2014

O Radioatividade Cumpre Seu Ciclo e Se Despede

"Não existe poesia na despedida"
Olá, pessoas!

O Programa Radioatividade deixa de ir ao ar a partir desta quarta-feira, 04/06/2014.
Durante 4 anos, o Programa, com P maiúsculo, teve o intuito de informar, entreter e de fomentar novas ideias através deste veículo de comunicação fantástico chamado RÁDIO.
No decorrer deste período, foram 2.600 horas no ar, totalizando 1200 programas, 1200 entrevistas com os expoentes dos mais diversos segmentos do mercado: Indústria, Comércio, Arte & Cultura, Política, Empreendedorismo, Medicina, Comportamento Humano, Tecnologia, Mundo Corporativo, Consultoria, Sociologia, entre outros, tudo abordado não no esquema 'questionário', mas através de entrevistas genuínas, que acompanhavam o raciocínio do entrevistado, contextualizando com os temas atuais. Tudo isso feito de maneira dinâmica, objetiva, isenta, responsável.
Desde o início, o Programa teve o intuito de agregar à audiência, valores até então nunca explorados em rádios consideradas 'do interior'. Numa linguagem direta, sem ofensas ou agressões, as ideias levadas à milhares de ouvidos, eram embasadas na ponderação dos fatos, no conhecimento do apresentador e, principalmente, na RESPONSABILIDADE.
Para que tudo isso se tornasse viável, foram criados quadros com segmentos específicos no programa:
Ação Positiva: onde, num primeiro momento, falou-se da Responsabilidade Social, do Terceiro Setor e, posteriormente, voltou-se para o Mundo Corporativo. Em ambos os casos, especialistas frequentaram os estúdios para debater, discutir e propor novas ideias;
Reflexão: questões como os problemas psicológicos oriundos de diversas fontes foram abordados de maneira espontânea entre os participantes, sempre com desfecho plausível de execução;
Tecnologia: 'apps','widgets', 'gadgets' se tornaram palavras comuns, explicadas de forma didática por especialistas em TI, desmistificando e esmiuçando termos intrincados do mundo tecnológico;
Conectividade: uma maneira de homenagear os ouvintes, sempre ligados à programação e que puderam interagir também através das redes virtuais, projeto esse, representado pela nossa Comunidade no Facebook: mais uma aposta na interatividade que, até então, era considerada atípica para o horário;
Gramofone: um espaço reservado para as músicas que marcaram época, mas que já não faziam parte do playlist, voltaram à programação;
Entrevista: dispensando comentários, já que muitas delas geraram debates em instituições acadêmicas e associações das mais diversas, dada a profusão de ideias abordadas em todos os segmentos.
As palavras proferidas, eram elaboradas visando não subestimar a capacidade intelectual do ouvinte que, além da notícia, teve acesso ao rol de músicas de qualidade inseridas durante o programa: mais uma questão de coerência entre ideia, opinião e gosto musical.
O Radioatividade, cumprindo o PAPEL DO RÁDIO, fez uso de uma linguagem moderna e, nos bastidores, aprimorou a integração entre a equipe, desde os mais antigos funcionários aos recém-chegados estagiários com sede de aprender. As experiências eram compartilhadas de maneira que todos pudessem se sentir parte 'do todo', tanto na questão técnica quanto da do relacionamento.
Mais uma vez a VERDADEIRA UTILIDADE PÚBLICA foi seguida à risca, através de pautas inteligentes que agregavam à audiência cada vez mais qualificada ao longo dos dias, formando uma massa crítica e opinativa de tudo que acontecia no programa.
A audiência foi ampliada para a região aos mais diversos segmentos.
O Radioatividade se despede, em suma, com a certeza do dever cumprido, da honradez de cada palavra dita a seu tempo e 'sai de cabeça erguida', com valores renovados e provando que, quando SE TEM UM REAL COMPROMISSO COM O OUVINTE E ANUNCIANTE, é possível sair do 'mesmo', do 'igual', do 'todo mundo faz assim', do 'isso não vai funcionar neste horário' e de tantos outros termos aos quais a sociedade e o meio da comunicação já se habituaram, simplesmente pela excessiva tolerância em deixar que conceitos ultrapassados ainda continuem a imperar.
Termos politicamente corretos à parte e, para não faltar com a pimenta no tempero: o meio da Comunicação costuma sobreviver de assuntos que a maioria desconhece, mas, não obstante a isso, nosso valor vai continuar o mesmo, pois, 'muitos podem querer ter o que você tem, mas ser o que você é, jamais conseguirão', diz uma frase que atribuem a uma personalidade.
Oxalá! O Programa Radioatividade continue a gerar novas reflexões das mentes pensantes e que se torne um multiplicador, mesmo que silencioso, de todas estas ideias e ações positivas em que sempre apostou.
E que o rádio, este veículo já mencionado aqui como 'fantástico´, possa ocupar um lugar de respeito como nos primórdios e que, nos tempos modernos, não seja subvertido, humilhado e ocupado por muitas bocas que não têm nada a dizer.
Daqui, os agradecimentos aos ouvintes que me seguiram durante todo este tempo, às amizades novas que fiz, aos parceiros e colaboradores que andaram ombro a ombro comigo – e que continuarão - nesta caminhada.
O show vai continuar, independente do lugar.
Como diziam os sábios circences: “Fecham-se as cortinas e termina o espetáculo”.
Para encerrar, uma frase do apóstolo Paulo:
“Combati o bom combate, acabei a carreira e guardei a fé”.
O programa pode até silenciar por vários motivos, mas minha voz continuará ATIVA.
Afinal, nunca fiz, não faço e jamais farei parte da manada, que, ao se omitir, subestima a inteligência da opinião pública, preferindo que as pedras clamem.
É isso.