Cabe
uma nota de esclarecimento:
Este
post propõe o uso da rede para fins comerciais, não levando em
consideração o mero papel das chamadas ‘redes sociais’ de que
temos notícia. Isto posto, vamos ao tema:
Olá,
pessoa!
Desde
os tempos mais primórdios, o ser humano foi adquirindo a capacidade
de relacionamento a duras penas. Primeiro se estranhando e
posteriormente, vendo no outro um possível parceiro para empreitadas
perigosas, muitas delas relacionadas à caça.
Tudo
se deu da forma mais rudimentar, quando o homem foi aos poucos
perdendo a ideia de que precisava preservar ao máximo seu
território, resumido a um pequeno pedaço de terra, uma caverna,
quiçá uma companheira e um pouco de fogo.
Com
o passar dos tempos, a necessidade de se conseguir algo maior,
necessário à sua sobrevivência e sustento da família, fez com que
se formassem toscas comunidades, um arremedo do que hoje podemos
chamar de cidades.
Essa
necessidade de interação fez gradualmente que o ser humano se
relacionasse com o seu semelhante e esboçasse uma atividade
comercial, antes baseada na troca (escambo) e depois, com a invenção
do papel moeda, na movimentação da roda da economia universal.
Os
contatos sociais, hoje chamados modernamente de networks,
sempre foram importantes, seja para trocar alimentos, encontrar
vontades afins para empreender caçadas ou realizar, no futuro,
relações comercias e tocar projetos.
Cabe
aqui, levarmos em consideração, que nos tempos remotos, tudo era
feito na base do olho no olho, ‘no fio do bigode’, no boca-a-boca
e, assim, se formaram as verdadeiras redes sociais.
Por
quê verdadeiras redes sociais?
Pois
era através delas que os relacionamento se realizavam. Que as redes
eram instituídas e formadas, mesmo que o homem de então não
soubesse classificá-las como tal. Afinal o que era a rede, a não
ser a ferramenta para aprisionar o maior número de peixes,
garantindo a própria sobrevivência e, quem sabe, virar moeda de
troca para outro produto desejado?
Com
o passar do tempo, o termo rede passou a denominar também, a
quantidade de contatos que temos e, indo além, a nossa capacidade de
se formalizar e fortalecer estes contatos.
A
tecnologia parece que veio para dar uma mãozinha a toda essa demanda
e se criaram as redes sociais.
É
aqui que se encontra o cerne desta discussão:
Redes
sociais ou redes virtuais?
Quantas
vezes adicionamos pessoas que nem fazíamos ideia que existia ou
somos adicionados por pessoas que entram em contato num primeiro
momento e depois desaparecem?
Qual
o propósito de, através do achismo, percebermos aquela pessoa com
capacidade suficiente de fazer parte do nosso pseudo círculo de
amizades?
O
que esperar do outro quando esse outro desconhecido é adicionado?
E
assim, as redes sociais se confundiram com redes que nada mais são
que virtuais, ou seja, algo que a imaginamos que vá nos trazer
resultados satisfatórios, tanto do ponto de vista pessoal quanto do
comercial.
Agora,
não precisamos mais de cartões, não precisamos mais de exaustivas
reuniões para fecharmos negócios ou para conhecer melhor nossos
‘prospects’: é só recorrermos às redes e nossos
problemas acabaram!
Tudo
foi substituído pelo e-mail (que raramente é lido) e por um perfil
numa rede qualquer, mas considerada social, aonde colocamos não o
que somos, mas aquilo que, talvez, aspiramos ser.
Um
exemplo?
Aquela
foto com pose de executivo bem sucedido, cheio de amigos importantes
(que muitas vezes ele nem conhece) dizendo-se cheio de compromissos e
contratos importantes, que, quando conhecemos o sujeito, a primeira
impressão já se desmorona.
Qual
a importância de fazermos questão de posar ao lado de figurões que
dificilmente nos reconhecerão passado o clique instantâneo ou de
dizermos coisas sobre nós que não conseguiremos provar?
É
sabido também que muitos negócios são fechados pelas redes
sociais, só que não, mas com um detalhe curioso: geralmente, a
pessoa entra em contato conosco através de outra pessoa que nos
conheceu pessoalmente e não através de sites de busca, embora haja
a possibilidade disso acontecer.
Então,
como utilizar as redes virtuais a nosso favor?
Uma
alternativa é realmente sondarmos os nossos contatos e tentar
fortalecer os laços para que o virtual se torne real e
verdadeiramente social. Se não, não compensa ostentarmos uma
galeria infindável de ‘parceiros de negócio’ que nem sabe que
existimos e estão lá apenas para fazer número.
E
você?
Tem
rede social ou rede virtual?
É
isso.