Tabela Básica de
Oratória
Olá, pessoas!
Sempre costumo dizer
que todo bom comunicador, ou quem aspira sê-lo, deve ser, antes de
tudo, um bom observador.
E a observação não
deve ser apenas com relação ao outro, mas com relação a nós
mesmos. Observar o outro é fácil, assim como criticar.
Em Comunicação e
Oratória nunca estamos prontos. Sempre estamos aprendendo.
Antes de tecermos
críticas ao comportamento do outro, devemos pensar:
- Será que eu, mesmo
que inconscientemente, não estou fazendo da mesma forma?
E assim, vamos nos
construindo através do outro e compartilhando os conhecimentos
adquiridos.
A lista do que se
pode/deve fazer em se tratando de Oratória é imensa, mas, vamos
enumerar apenas algumas que geralmente observamos ou nos pegamos
fazendo.
Como sempre costumo
dizer que é importante encontrar a problemática mas apresentar a
solucionática, dividimos tudo em colunas que podem, tranquilamente,
se tornar um 'Manual de Consulta Rápida' quando o assunto for
Oratória, Expresssão Verbal, Falar em Público, ou seja lá qual
for o outro nome que você queira dar para este assunto.
Situação
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Problema
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Solução
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Postura
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Curvada
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Posicione-se de forma a transmitir
credibilidade
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Gestos
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Excesso/Falta
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Seja comedido na hora de gesticular. Utilize o
bom senso. A gesticulação pode ressaltar a mensagem como também
distrair o expectador.
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Mãos 1
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No bolso
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Passa a sensação de insegurança ao fazer uma
exposição. Eventualmente é permitido. Com frequência não.
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Mãos 2
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Na boca
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A boca é uma das nossas caixas de ressonância.
Não coloque as mãos na frente dela ao expressar suas ideias.
Mantenha o seu rosto livre para ser bem compreendido.
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Mãos 3
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Na mesa
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Isso ocorre muito em reuniões. O fato de
estarmos sentados, não significa que estamos presos. A
gesticulação comedida dá vida aos nossos argumentos.
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Mãos 4
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No cabelo
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Principalmente as mulheres, cuidado ao não
arrumá-lo com frequência. Uma vez ou outra pode denotar zelo com
a aparência. Quando isso ocorrer com frequência, poderá ser
interpretado de formas diferentes de que você gostaria.
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Mulheres: Estética e Estilo
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Cabelo Preso ou Solto?
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Pode parecer complicado mas não é. Use o bom
senso. Se perceber que ficará mais à vontade para expor suas
ideias com o cabelo solto, deixe-os neste estado. Caso perceba que
não é adequado e que, ao arrumá-lo, irá se distrair, prenda-o.
Em apresentações ao ar livre, recomenda-se prendê-lo.
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Recursos Audiovisuais 1
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Quantos slides uso?
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Geralmente, são usados até 2 minutos para
cada slide. Sendo assim, procure saber qual seu tempo de exposição
antes de começar a montar seu trabalho. Em todo caso, pode
ocorrer que alguns slides sejam mais interessantes que outros.
Deste modo, suprima os que não for adequados ao momento.
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Recursos Audiovisuais 2
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Exibição de filmes/traillers
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Exceto em apresentação de empresas para novos
colaboradores, é aconselhável que 'um vídeo' não exceda os 3
minutos. Mesmo assim, é de suma importância contextualizar
previamente, para que ele não seja interpretado de forma
diferente do assunto que você quer abordar.
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Recursos Audiovisuais 3
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Excesso de texto
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Na medida do possível, os textos devem ser
substituídos por imagem. Assim, você não corre o risco do
enfadonho trabalho de ficar lendo os slides. Isto causa
desinteresse na plateia.
Troque o texto por imagens que façam alusão
ao assunto que se quer tratar.
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Recursos Audiovisuais 4
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Tremedeira no Laser pointer
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Use-o com moderação se não puder deixar de
usá-lo. Há oradores que, abusando deste recurso, deixa o ponto
circulando pela tela ininterruptamente. Isto pode causar distração
na plateia
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Recursos Audiovisuais 5
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Garranchos no Flip Chart
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Procure colocar figuras que atraiam a atenção.
Ao escrever, utilize letras legíveis e explique todo o contexto.
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Recursos Audiovisuais 6
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Manuseio do Microfone
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Sem dúvida, um dos equipamentos mais
importantes para um Orador. É possível falar sem qualquer um dos
recursos já citados acima, mas, sem um bom microfone e com os
equipamentos de som adequados, toda apresentação estará
prejudicada. Não obstante a isso, este é um dos equipamentos
mais mal tratados quando o assunto é Oratória. Para isso,
tecemos alguns cuidados que devem ser tomados na utilização
deste recurso.
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Recursos Audiovisuais 7
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Não bata no microfone
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Esta é a primeira atitude e quem pega um
microfone. Por ser a cápsula um componente ultra sensível,
poderá ocorrer prejuízos ao equipamento. Antes de utilizá-lo,
converse antes como técnico de som e combine alguns sinais de
sincronia. Em muitas situações, apenas um olhar desperta uma
reação positiva da parte do operador.
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Recursos Audiovisuais 8
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Alô, teste! 1, 2, 3
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Mais um vício comum e ultra desnecessário.
Isto não ajuda em nada a 'regulagem' ou equalização do som. Ao
invés disto, experimente frases. Uma sugestão é dizer o nome do
evento ou, simplesmente, dizer: 'Estamos testando o equipamento
para, dentro de instantes, começarmos a nossa apresentação. No
apoio técnico, a equipe tal e...” Pode parecer banal, mas, com
estas frases, o bom técnico capta o timbre da sua voz, a altura
da sua fala e calibra o equipamento adequadamente.
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Recursos Audiovisuais 9
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As câmeras e o olhar perdido
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É comum, principalmente num primeiro momento,
não saber para onde olhar quando flagrados por este equipamento
(que pode ser uma câmera de celular). Nestas ocasiões, aja com
naturalidade e finja que o equipamento não está ali.
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Recursos Audiovisuais 10
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Câmeras e o olhar perdido 2
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Ao se conceder uma entrevista, não olhe
diretamente para a câmera, principalmente em programas ao vivo.
Agindo assim, você perde a naturalidade. Dirija o olhar para o
entrevistador e faça de conta que o assunto é com ele. Fazer
pose para 'parecer bonito' nos holofotes, caso você não seja um
artista, fica pedante demais!
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Recursos Audiovisuais 11
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Câmeras e o olhar perdido 3
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Ressalte-se aqui que você possa ser o
apresentador. Neste caso, como questão de respeito ao
telespectador, na abertura do programa, o olhar deve estar focado
diretamente na câmera, pois você está falando com alguém que
também está à frente de um aparelho (televisão). Neste caso,
fixe o olhar, descontraia o rosto e dê o recado de forma simples
e clara.
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Improviso 1
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Desconhecimento do assunto
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Muitas vezes, somos chamados a falar e pegos
desprevenidos. Se você sentir que o ambiente está propício a
este tipo de situação, a menos que seja chamado para abrir uma
preleção, antes observe os seus antecessores e veja como eles se
comportam. Se quiser citar alguém durante sua fala, certifique-se
PRIMEIRAMENTE do nome e também do cargo. JAMAIS improvise em cima
de um assunto que desconhece. Atenha-se ao óbvio e seja o mais
breve possível.
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Improviso 2
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Conhecimento do assunto
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Procure saber com o organizador do evento,
quanto tempo está disponível para exposição. Se isto não lhe
for dito, observe o ânimo da plateia: evite ser enfadonho ao
lidar com uma plateia apática. Seja objetivo nas ideias e, de
acordo com a necessidade, ataque os pontos mais importantes.
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Discurso lido
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Preso ao papel
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Esta é uma questão que pode acometer aos
tímidos e aos inseguros: ficar olhando fixamente para o papel e
torcendo para o texto acabar logo. O preparo do discurso é
importante, mas tem de se observar a possibilidade de uma
improvisação no meio deste. Por quê? Pois muitas vezes, ao
escrever um discurso, estamos absortos no nosso momento e não no
momento do público. Quando se está inserido no ambiente,
percebemos uma mudança no clima. É aí que entra o bom orador:
saber observar e adequar o discurso à situação atual. Não
ignore estas mudanças.
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Estas são algumas
situações corriqueiras que, muitas vezes, nos pegam de surpresa.
Esteja sempre
preparado, respire fundo e utilize o momento e os recursos a seu
favor.
É isso.