quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

O Filme Elysium e os Rolês

(Uma observação contemporânea, calcada na comunicação, que muitos não vêem ou simplesmente ignoram)

Olá, pessoas!
Pelo que observo, converso e vejo, a confinação de alguns serviços e benfeitorias se dá a ritmos alarmantes. Afinal, quem ainda não percebeu os condomínios residenciais se transformarem em 'verdadeiras ilhas herméticas' imunes à passagem e penetração de quem não faz parte do meio, e, comumente destinado àquilo que alguns costumam chamar de 'elite' Aliás, não tenho uma visão - diga-se de passagem socialista/comunista, pois considero que as elites é que sustentam este país, promovendo emprego, investimentos e afins, embora seja odiada por pessoas que descarregam nela todo o seu furor, mas se esquecem que precisam, no dia a dia, comprar, vender, negociar, ganhar, adquirir, viver (mas, este nem é o cerne da nossa questão - apenas uma observação, quiçá, simplista).
Muito se fala da 'bolha imobiliária', mas, será que não deveríamos nos preocupar com a chamada 'bolha social'? De nada adianta cercarmos espaços para evitar a entrada ou penetração 'de outras castas' (termo forte esse, hein?). Elas não deixarão de existir e, além disso, aspirarão o lugar que achamos utopicamente que nos pertence.
Alguém aqui assistiu ao ótimo "Elysium"?
O filme, que tem o brasileiro Wagner Moura como protagonista, ilustra, na tela, aquilo que parece que não vemos nas ruas. Eis aí os 'rolês', dos quais passo a tecer um breve raciocínio (desprovido de juízo de valor):
Precisamos discutir (e muito bem) toda esta situação.
Estes movimentos, quando aparecem, são sufocados, mas não significa realmente dizer que foram apagados ou extintos. Equivale a fechar uma porta para evitar a passagem de fumaça sem antes debelar as chamas.
Perguntas que os sociólogos e antropólogos nunca fizeram e que gerariam uma reflexão mais ampla e calcadas na racionalidade e não na pura emoção do momento:
1. De onde surgiu este movimento?
2. Quem participa dele? São camadas de que estrato social, se é que existe um específico?
3. Qual sua REAL motivação? Seria a falta de atenção que recebemos das nossas autoridades? Se a essência do 'rolezinho' é REALMENTE se fazer notar, então, todos nós, não teríamos alguma reivindicação a justificar um rolê?
4. Seria o rolê uma nova forma de manifestação?
Mas, o que pretendemos REALMENTE com os rolês: exigir que nossos direitos sejam concedidos e respeitados ou SIMPLESMENTE levantarmos uma bandeira sem lema e depois desaparecermos?
Afinal, já vimos isso ANTES. E esse ANTES é bem RECENTE, não?
E aí?

E isso.

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