segunda-feira, 21 de maio de 2018

A Comunicação Não-Violenta


Olá, pessoa!
Neste artigo, vou dedicar algumas linhas a um assunto que tem intrigado quem trabalha com desenvolvimento pessoal: a comunicação não-violenta ou, nonviolent communication.
A NVC (no original em inglês) foi desenvolvida e pensada lá na década de 1960 pelo psicólogo Marshall Rosenberg e que consistia em quatro pilares básicos: a observação, o sentimento, a necessidade e o pedido.
Para fugir da teoria, vou explicar como isto se processa no mundo real:
Observação: ao expormos uma ideia, devemos, antes de tudo, verificar o ambiente em que esta ideia será exposta e a quem ela se destina;
Sentimento: analise sempre a reação do outro e, caso perceba que determinado assunto vai magoar alguém sem propósito, mude a sua forma de fazer a exposição;
Necessidade: veja se o assunto precisa ser tratado naquele momento e qual a sua relevância.
Pedido: ao invés de pedir (subvertendo Marshall), experimente propor um objetivo claro. A razão de se trocar o pedido por um objetivo significa dizer que, ao iniciarmos uma comunicação, devemos ser protagonistas da mensagem e não meros ‘pedintes’.
Marshall era um tanto romântico ao tratar este assunto. No entanto, principalmente nos dias de hoje, onde a maior parte das pessoas se considera dona da razão, é interessante abordarmos sobre a CNV (sigla em português) que pode ser uma ferramenta poderosa de autoconhecimento e persuasão.
Resumindo: a CNV nada mais é do que falar o que precisa ser falado, no momento adequado e evitando, sempre que possível, o conflito.
Como ele mesmo disse: “a comunicação não-violenta consiste em fazer aquilo que nós já sabemos fazer, mas não fazemos”.
É isso.

domingo, 13 de maio de 2018

Análise de Gestual: Pelo fim da paranoia


Olá, pessoa!
Por Zen Archer/Gartic.com
Uma questão que sempre pega, principalmente os leigos, é a tal da leitura corporal ou comunicação não verbal.
Com a experiência que tenho na área de Comunicação e no estudo do comportamento humano, posso garantir que não há uma regra básica para se fazer entender. É por isso que fico intrigado com esta infinidade de manuais com ‘as 8 maneiras’, ‘os 5 passos’, ‘as 20 respostas’ pra se resolver isso ou aquilo.
Já contei por aqui que, certa vez, no período em que ministrei aulas no Núcleo de Comunicação e Artes de uma instituição de ensino bastante conceituada, uma aluna começou a analisar os colegas pela forma como eles se sentavam nas carteiras, viravam os pés em direção à porta, mexiam no cabelo ou seguravam a caneta. Um exagero!
Claro que ela evocou os princípios do famoso livro “O Corpo Fala”, de Weil e Tompakow.
Após uma dinâmica, ela se deu conta de que tinha se equivocado em boa parte das suas avaliações.
À época, coloquei que é preciso ter muito cuidado ao se analisar posturas e comportamentos se baseando apenas nos livros e não no ambiente, no indivíduo e nas situações.
Pra não ser muito técnico, vou te dar um exercício bem prático pra você fazer aí no seu cantinho, despretensiosamente:
Acene para um colega de trabalho ou para qualquer pessoa na rua. Repare que uns responderão ‘bom dia’, outros ‘falaí’ e alguns, o famoso ‘oba!’
Aí pergunto: o que você quis dizer com o seu aceno? Qual a resposta que você queria ouvir? Bom dia (ou boa tarde, boa noite) ou o famoso ‘oba’ ou o ‘falaí’?
Observei isto enquanto praticava a minha corrida numa destas manhãs. Ao encontrar com outros corredores, eu apenas acenava e, no entanto, as respostas eram as mais diversas.
E estou falando apenas de um simples aceno de mão, hein?
Imagine agora a complexidade de se analisar os comportamentos e sinais corporais como um todo?
Não se iluda! Ao ler uma pessoa e ignorar o ambiente, você pode tirar conclusões precipitadas.
Vai por mim!
É isso.

segunda-feira, 7 de maio de 2018

Pela moderação do 'enfim'



Olá, pessoa!

Toda palavra, quando bem colocada, é bem vinda e demonstra erudição, eloqüência e clareza de raciocínio. Isto vale para a palavra escrita ou falada.
No entanto, algumas palavras vão sendo incorporadas no nosso cotidiano e nem sabemos a razão de usá-las.
No momento em que escrevo, ouço em entrevistas, conversas de rua, anúncios e textos outros, uma infinidade de pronúncia da palavra ‘enfim’.
Enfim é um advérbio e quer dizer afinal, finalmente, em suma, em síntese. Sempre usado para se concluir uma ideia ou raciocínio.
Ou seja: serve para enfatizar o que você está pensando ou sugerindo.
Observando a forma como ele é empregado, percebe-se que a maioria das pessoas se utiliza deste advérbio, não para concluir, mas no sentido de perda de contexto, sem se atentar se houve compreensão no que se queria dizer. É quase um abandono de frase, um ‘deixa pra lá’ disfarçado.
Quase sempre dá sinal de reticência, de dúvida.
Então, fica a dica:
Não há problema algum em se usar o advérbio, porém, preste atenção se você não está se utilizando dele apenas para se livrar de um raciocínio que não consegue concluir.
Complicado? Então se lembre: Enfim é conclusão e não dúvida.

É isso.