Olá, pessoa!
Por Zen Archer/Gartic.com |
Uma questão que sempre pega,
principalmente os leigos, é a tal da leitura corporal ou comunicação não
verbal.
Com a experiência que tenho na área de
Comunicação e no estudo do comportamento humano, posso garantir que não há uma
regra básica para se fazer entender. É por isso que fico intrigado com esta
infinidade de manuais com ‘as 8 maneiras’, ‘os 5 passos’, ‘as 20 respostas’ pra
se resolver isso ou aquilo.
Já contei por aqui que, certa vez, no
período em que ministrei aulas no Núcleo de Comunicação e Artes de uma
instituição de ensino bastante conceituada, uma aluna começou a analisar os
colegas pela forma como eles se sentavam nas carteiras, viravam os pés em
direção à porta, mexiam no cabelo ou seguravam a caneta. Um exagero!
Claro que ela evocou os princípios do
famoso livro “O Corpo Fala”, de Weil
e Tompakow.
Após uma dinâmica, ela se deu conta de que
tinha se equivocado em boa parte das suas avaliações.
À época, coloquei que é preciso ter
muito cuidado ao se analisar posturas e comportamentos se baseando apenas nos
livros e não no ambiente, no indivíduo e nas situações.
Pra não ser muito técnico, vou te dar um
exercício bem prático pra você fazer aí no seu cantinho, despretensiosamente:
Acene para um colega de trabalho ou para
qualquer pessoa na rua. Repare que uns responderão ‘bom dia’, outros ‘falaí’ e
alguns, o famoso ‘oba!’
Aí pergunto: o que você quis dizer com o
seu aceno? Qual a resposta que você queria ouvir? Bom dia (ou boa tarde, boa
noite) ou o famoso ‘oba’ ou o ‘falaí’?
Observei isto enquanto praticava a minha
corrida numa destas manhãs. Ao encontrar com outros corredores, eu apenas
acenava e, no entanto, as respostas eram as mais diversas.
E estou falando apenas de um simples
aceno de mão, hein?
Imagine agora a complexidade de se
analisar os comportamentos e sinais corporais como um todo?
Não se iluda! Ao ler uma pessoa e
ignorar o ambiente, você pode tirar conclusões precipitadas.
Vai por mim!
É isso.
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