quarta-feira, 29 de agosto de 2018

O palestrante e o enrolante


Olá, pessoa!
Neste artigo vou abordar sobre o poluído mercado de palestras e de gente que se aventura por elas.
Logo de cara, você deve ter imaginado várias por aí: desde as manjadas motivacionais até aquelas que ensinam você a ter insights mirabolantes sobre dar um rumo na sua vida ou empresa.
Mas, fica a pergunta: Se você fosse contratar alguém para falar sobre qualquer assunto, como contrataria?
Nesta seara infinita de temas tem muita gente que se aventura sem ter conhecimento da área de exposição. Há algum tempo venho acompanhando esta realidade e percebo que muitos que se dizem palestrantes, na verdade, são consumidores compulsivos de livros de autoajuda de gente famosa, que têm o objetivo de colecionar frases de efeito para exibir em slides durante fins de semana.
E o resultado?
Este, mesmo que tenha se mostrado palpável na hora do pretendido show, não vem da forma como gostaríamos.
Palestrantes são sérios, geram reflexão, transmitem a mensagem de forma clara e não são repetidores de frases prontas.
Baseado nisso, vou deixar alguns pontos de observação para você diferenciar o palestrante do simples enrolante:
  • ·         piadas ‘quebra-gelo’ e estilo animador de auditório (pede pra você dar bom dia mais forte, por exemplo);
  • ·         a postura e o vocabulário de quem está se apresentando;
  • ·         veja se ele procura te motivar colocando músicas da parada e pedindo pra você fazer dancinhas sem nexo;
  • ·         pede para você abraçar gente que você nunca viu e dizer frases inspiradoras;
  • ·         a quantidade de frases de efeito nos slides.
Porém, não seja tão radical na hora de observar tais comportamentos. Dependendo da situação eles até podem funcionar. Só não pode haver o exagero.
É isso.

terça-feira, 21 de agosto de 2018

Sua comunicação convence ou só agrada?


Olá, pessoa!
Neste artigo vou falar um pouco sobre uma comunicação que não é nem de perto positiva: a comunicação que é feita só para agradar.
Com isso, vamos escolhendo as palavras a dedo e tomando cada vez mais cuidado para não ofender ou sermos mal compreendidos.
Não estou querendo dizer que devemos ser deselegantes nas palavras ou atitudes, ainda mais em tempos em que o politicamente correto é, por assim dizer, uma questão de ordem.
Acontece que quando nos relacionamos em sociedade ou em círculos restritos, tendemos mais a ser agradáveis do que convincentes. O efeito colateral disso pode ser a anulação de nós mesmos.
A princípio, pode ser compreensível que procuremos mais seguir do que sermos seguidos; mais sermos ouvintes do que falantes. Acontece que com o passar do tempo, se não colocamos a nossa opinião, nossa forma de pensar, acabamos por gerar um efeito reverso: ao invés de sermos considerados compreensivos, passamos a impressão de mascarados ou dissimulados. Aí, a credibilidade que lutamos anos para conquistar, acaba indo pelo ralo.
Então, a melhor maneira de buscarmos o convencimento em vez de só agradar, é dizer o que precisa ser dito no tempo certo, sem precipitações. Nem que para isso, precisemos praticar um silêncio típico daqueles que costumam ponderar.
Posso assegurar que não é tarefa das mais fáceis, mas, que com o passar do tempo, estas atitudes nos dão autoridade suficiente para poder falar, convencer e até mesmo, agradar.
É isso.




quarta-feira, 15 de agosto de 2018

A prolixidade e a dispersão


Olá, pessoa!
Imagem: Pixabay
Neste artigo vou falar sobre uma palavrinha difícil que estraga qualquer comunicação: prolixidade.
Resumindo: a prolixidade vem do fato de se querer preparar demais o ouvinte para que ele receba sua mensagem; vem da demora em se chegar ao ponto-chave.
A prolixidade pode ser observada em palestras, reuniões e, comumente, em vídeos de tutoriais pela internet. Aliás, quem nunca esperou o desfecho de um vídeo e percebeu que o apresentador só está enrolando em vez de entregar o resultado? Você já teve esta sensação?
Pois bem. Depois de esclarecer estes pontos, vou deixar algumas dicas que podem te auxiliar a combater a tal prolixidade:
  • desenvolva sua autocrítica: nem tudo o que você apresenta pode estar agradando;
  • esteja atento à plateia: ao primeiro sinal de bocejo generalizado, corte o que achar desnecessário;
  • seja precavido: ensaie o tema mesmo que ache que já o domine;
  • respeite o relógio: desconte sempre 30 por cento do tempo que lhe for dado;
  • seja objetivo: explique o tópico e ponto;
  • lembre-se que ‘menos é mais’.
É isso.






sábado, 4 de agosto de 2018

O palestrante e a síndrome do leão na jaula


Olá, pessoa!
Imagem Pixabay
Olá, pessoa!

Neste artigo vou falar sobre a presença de palco: dificuldade de muitos palestrantes.
Talvez você esteja se perguntando: mas que título é esse se o assunto é outro?
Não é.
Quando falamos em apresentação, a primeira coisa que nos vem à cabeça é a forma correta de nos postar frente aos mais diferentes públicos. Não importa se estamos num teatro, num púlpito ou mesmo no chão próximos à audiência.
Em boa parte das situações, o que mais se observa é o que chamo de ‘síndrome do leão na jaula’, onde o apresentador se desloca de forma frenética de um lado pra outro como se quisesse escapar de algo.
Se for para atrair a atenção do público ou espantar o próprio nervoso, faça isso de maneira discreta, afinal, a plateia não merece sair zonza de tanto tentar te acompanhar.
Entendeu?
Aqui vão algumas dicas para evitar esta síndrome que acomete muita gente:
  • ·        em primeiro lugar, tudo é palco. Se aposse dele;
  • ·  se necessário, conheça o ambiente ou, na impossibilidade, visualize (mentalmente) qual será o melhor lugar para se posicionar;
  • ·  se quiser andar para atender todos os lados do público, faça-o moderadamente. O ideal é que você termine o raciocínio no lado que o iniciou e depois mude lentamente de lugar;
  • ·         por último, procure, pelo menos no início, concentrar a atenção do público no centro do palco. Desta forma, você terá a amplitude do lugar onde se encontra e poderá avaliar o limite da sua apresentação.

A ‘síndrome do leão na jaula’ pode e deve ser evitada para não prejudicar o conteúdo que você tanto preparou.
Pense nisso.
É isso.


quinta-feira, 2 de agosto de 2018

O discurso do pretérito imperfeito


Olá, pessoa!

Este artigo foi inspirado na observação de alguns oradores, palestrantes, apresentadores e dos autodeclarados ‘gurus’ que se atrevem no mundo das palestras: o uso abusivo do pretérito imperfeito.
Para explicar melhor, o pretérito imperfeito é caracterizado pela terminação ‘ia’.
Quem aí já não presenciou alguém começar uma saudação com os termos “eu gostaria disso’, ‘eu gostaria daquilo’?
Tal artifício é utilizado com o intuito de demonstrar simpatia com a plateia ou com autoridades que estejam presentes a alguma cerimônia.
Só que, com o uso demasiado, desgasta-se o termo e o discurso vai para a vala do lugar comum e acaba desviando a atenção como se fosse um vício de linguagem a exemplo do ‘tá’, ‘né’, ‘então’, ‘na verdade’ e outros já tratados nesta coluna.
Fica a dica: não faz sentido o ‘gostaria de dizer’, se você já pode dizer o que gostaria.
Como sempre digo: a comunicação é dinâmica e existem muitos termos que empregamos sem pensar e que não fazem falta na maioria das situações.

É isso.

sexta-feira, 20 de julho de 2018

Uma imagem e 1000 palavras


Olá, pessoa!

Neste artigo, vou falar sobre um ponto que incomoda muita gente: o modo de se vestir.  
Muitas vezes, a vontade de parecermos descolados, ‘na moda’, jovens (a tal síndrome de Peter Pan) nos leva a alguns tropeços.
Preocupadas com estas questões, muita gente recorre à revistas de moda, espelhamento em celebridades, tutoriais milagrosos de internet, à suspeita sinceridade dos vendedores nas lojas. Outros procuram serviços especializados de um personal stylist que deveria adequar as pessoas à roupa e vice-versa. Só que nem sempre isso acontece.
Volta e meia vemos, tanto nas calçadas dos centros urbanos quanto nos mais badalados ambientes, gente que segue tais indicações e se sente deslocada no modo de se vestir. Sabe quando aquela roupa não está de acordo com a ocasião e com a pessoa? Pois é.
É bom estar atento: nem sempre aquele terno, vestido, colar, pulseira, relógio, calçado que são vistos em quem você admira, vão ser adequados à sua personalidade.
Nesta hora, é importante utilizar um espelho chamado bom senso e, para acioná-lo, basta fazer uma pergunta bem simples:
- Ficou bem nele/nela. Será que ficará bem em mim?
Segue uma dica bem ilustrativa das discrepâncias:
Antes de colocar uma camiseta da banda Charlie Brown Jr, uma bermuda cor de laranja, meias pretas e tênis fluorescente, observe se tudo isso combina com o que você realmente é.
Ah! E cuidado com a síndrome de Peter Pan. Ela costuma pregar peças tanto quanto o personal stylist descolado que você arrumou.
É isso.


sexta-feira, 13 de julho de 2018

Comunicação, Postura e Liderança


Olá, pessoa!
Um assunto que voltou a tomar conta de quem trabalha com educação corporativa é a Comunicação para a Liderança.
Muito se discute também se um líder nasce pronto ou se ele vai se transformando até criar autoridade no meio em que circula.
Costumo dizer que, independente de se nascer para ser líder, ter uma ‘estrela na testa’ para apontar o caminho, a liderança pode ser adquirida no moldar do convívio. É um processo de dentro para fora e nunca o contrário.
Um líder não precisa alterar a sua voz – gritar com o subordinado – para adquirir autoridade sobre ele. Não precisa demonstrar a todo o momento uma autoridade que gostaria de ter. Com o tempo, este tipo de postura acaba por minar o bom relacionamento não só com o subordinado, mas com toda a equipe, pois passa a ideia de prepotência, arrogância.
Dito isto, ao invés de ter uma comunicação voltada para a fala, é necessário primeiro ter uma comunicação voltada ao ouvir, pois é ouvindo que se entende as pessoas. É através desta audição ativa que vamos percebendo como as pessoas vão dando pistas de como costumam se relacionar.
Saber entender o tempo da outra pessoa, a forma como ela se comunica e da atenção de que ela precisa, aos poucos, se vai alimentando o respeito e criando autoridade.
Uma vez neste caminho, nossa forma de comunicar com o outro, além de se aprimorar a cada dia, vai construindo novas relações, sejam elas corporativas ou não.
Pense nisso.
É isso.

segunda-feira, 25 de junho de 2018

Essa tal ansiedade


Olá, pessoa!
Dica de Saúde
Neste artigo vou dedicar algumas linhas a um dos transtornos que emperram a boa comunicação: a ansiedade.
Mas o que é a ansiedade? Não vou me ater aqui a explicações científicas sobre hormônios e afins, pois você já deve ter ouvido sobre isso em vários canais. Então, vou usar o lúdico para facilitar a compreensão:
A ansiedade é aquela sensação de aperto no peito que nos deixa ofegantes, que nos revira por dentro e passa a impressão que levamos um soco no estômago de dentro pra fora. É aquela agonia transformada na incerteza de ir ou ficar.
De acordo com especialistas, ela é ancestral do homem e o compele à fuga ou ao enfrentamento.
Como é impossível viver sem ansiedade, a melhor alternativa é fazer com que ela aja a nosso favor.
Nos meus cursos, não ensino ninguém a perder a ansiedade, a zerar esta sensação, a nunca mais se sentir ansioso. Isto não é significativo e não traz resultado eficaz. Antes de tudo, ensino a pessoa a ter o CONTROLE SOBRE esta situação. Na transferência destes conhecimentos, levo em conta a minha vivência na área de comunicação, meu aprimoramento constante e em estudos científicos, que comprovam que a ansiedade pode até melhorar o seu desempenho, pois você fica ‘ligado’ e com isso a sua capacidade de reação aumenta.
Se o seu problema é ansiedade na hora de se expressar, vou deixar algumas dicas: conheça o assunto, o ambiente e as pessoas; mas, acima de tudo, conheça a si mesmo. Sem estes conhecimentos, você vai se sentir despreparado e acuado por qualquer imprevisto. E a questão não é só fugir. É enfrentar e ainda ficar por cima, continuar mantendo o respeito e credibilidade de quem está ali para te ouvir.
É isso.

quinta-feira, 21 de junho de 2018

Sua voz atrai ou afasta as pessoas


Olá, pessoa!
Neste artigo, vou compartilhar a minha experiência que tenho com relação à voz.
Sem dúvida, ela é um fator muito importante para fazer com que uma mensagem chegue até o público e consiga convencê-lo de algo.
Porém, como você utiliza este recurso? Como você emite suas ideias? O que você acha da sua voz?
Perguntas como estas são bastante comuns, principalmente agora, em que as pessoas tentam se expressar nas mais diferentes mídias, inclusive pelas redes sociais.
Sua voz impacta ou afasta as pessoas? Você gosta da sua voz? O que os outros acham da sua voz?
Saiba que um bom tom de voz é aquele que consegue atrair pessoas para continuar a ouvi-lo. Aqui, vou destacar os três pontos que considero os que mais causam transtorno, seja para quem fala, seja para quem escuta:
Volume: tem tudo a ver com a maneira com que você emite o som. Diferenciar o tamanho do ambiente faz toda a diferença. Apesar de ser algo que pareça simples, tem muita gente sem noção disso e berra a plenos pulmões, independente do lugar onde esteja;
Ritmo: é necessário fazer variações – ora rápido ora lento. Quando você dispara, passa a impressão que quer terminar logo e transmite ansiedade; quando fala lento ou mole, passa a sensação de sonolência e falta de energia;
 Modulação: é a colocação correta das ênfases ou amenizações em termos e expressões. Quando isso não acontece, a apresentação fica monótona e perde todo o impacto que deveria ter.
Para finalizar este artigo, vou deixar você com uma pergunta:
Sua voz impacta ou afasta as pessoas?
É isso.




terça-feira, 12 de junho de 2018

Com que roupa eu vou?



Olá, pessoa!
Um dos ítens que fazem parte da nossa comunicação não-verbal é, sem dúvida, a forma como nos vestimos.
Isto não significa dizer que devemos estar sempre impecáveis, seguindo o que chamam de ‘a última moda’ (esta sempre questionável) ou então, gastar todas as economias em roupas de grife. Observe que neste último quesito, tem sempre alguém que, mesmo carregado de marcas, parece que não consegue se encaixar no ambiente em que transita.
Durante meus cursos, muitos alunos me perguntam qual a melhor forma de se vestir. Minha resposta: “Vista da maneira que você se sente bem, respeitando seu estilo e o ambiente em que vai frequentar”. Acredite! A camiseta do seu time do coração vai cair bem só naquele ‘churrasco de macho’. Não vale encontrar a sua garota estilosa nestes trajes pra dar um rolê no shopping. Se for pra jantar então, é assinar uma justa causa pela deselegância!
No meio corporativo, convencionou-se dizer que o terno passa credibilidade. Claro que passa! No entanto, ele vem sendo muito mal utilizado, principalmente por aqueles que querem passar uma imagem despojada. Um exemplo: apesar de soar bem na fonética, a dupla terno é tênis não combinam. Se o teu personal stylist te indicou isso, mude de personal stylist!
Há um tempo, dizia-se que todo publicitário que trabalhava com atendimento, tinha de usar uma gravata com estampa engraçadinha, para passar a imagem de criatividade. Com isso, muitos senhores usavam este acessório e mais pareciam bizarros do que criativos. Cá entre nós: ainda tem gente que bota fé nesta ideia.
Para parecer jovial e sintonizado, siga seu estilo e procure acessórios que combinem com o seu jeito de ser. Vestir aquilo que não combina com você, comunica não só falta de estilo, mas de identidade. Já notou alguém deslocado dentro da própria roupa?
E quanto aos relógios? Muitos preferem aqueles gigantescos que extrapolam o limite até do próprio braço. As cores, que vão das mais chamativas às pulseiras cromadas e douradas, só ficariam bem nos rappers americanos.  Se quiser mostrar estilo e atualidade, alguns modelos de smartwatches ou a pulseira preta, já dão o tom.
E relógio com estampa do Mickey?!
Pode. Desde que você seja o professor Robert Langdon, o personagem fictício do Dan Brown.
O que você quer comunicar? Com que roupa você vai?
É isso.