sexta-feira, 10 de outubro de 2014

O Facebook é a maior arquibancada do Brasil

Olá, pessoas!

O Facebook é a maior arquibancada do Brasil.

Noutros tempos, uma galera tomaria as ruas, mendigando 20 centavos, gritando palavras de ordem, exigindo seus direitos garantidos pela Constituição.
Mas o tempo passa e, como diria Belchior, 'o passado é uma roupa que não nos serve mais', e o chique agora, não é usar roupas de marca, se equilibrar em sandálias de sola vermelha ou fazer biquinhos pra câmera do celular último tipo.
A moda agora é outra: é fingir uma intelectualidade, geralmente adquirida em programas ligados ao futebol, à culinária matinal ou no pseudo júri das histrionices da bonequinha de luxo tupiniquim Claudinha Leite no seu programa de novos talentos.
É com esta mesma intelectualidade que os assuntos políticos vão sendo discutidos numa arrogância típica de quem segura um copo de pinga na porta de um bar e, olhando para o seu colega com desdém, empina o nariz, solta uma baforada daquela fumaça de um cigarro sem filtro e tosse opiniões a respeito da classe alta, média alta, baixa alta, alta baixa, baixa média...E depois disso, bate o copo no balcão.
Outros, mais preocupados com 'o social' vão sonhando um mundo melhor, pregado por um insano que, durante o horário eleitoral (que competiu ferozmente com os piores programas de humor) disse que a utopia era possível, apontando o dedo para 'a sociedade injusta e capitalista'.
Este é o país que temos pra hoje.
O país do ovo frito.
O país do retalho de mortadela.
O país que construímos à base da destruição do amor ao próximo, dos princípios e dos valores.
O país que estudou Política e Sociedade com uma dedicação honrosa de três meses!
Um país de gente que nem lê a matéria e já vai curtindo e compartilhando o link na sua linha do tempo, achando que 'está fazendo a sua parte'.
Um país que, buscando uma falsa igualdade, foi dividindo, aos poucos e sorrateiramente, a sociedade em fatias de brancos, pretos, índios, homens, mulheres, gays, lésbicas, transgêneros, cachorro, gato, galinha, passarinho, sem se preocupar com o mais importante: o RESPEITO À PESSOA HUMANA, independente da sua opinião, crença, orientação/opção sexual, ou seja sei lá mais o quê que inventaram para disseminar o ódio entre as 'classes' e espalhar as fobias.
E assim, vamos caminhando por um túnel que nem sabemos aonde vai dar, mas, afinal, o legal mesmo é seguir 'a modinha', cujo desfecho apoteótico é despejar toda essa indignação cidadã (ha!ha!ha!) numa urna eletrônica e ver na tela a palavra FIM.
Sugestivo, hein?
Que esta nova consciência, que se diz despertada, não seja como o gigante que apareceu por aí dia destes, importunando a todos e dizendo que tinha acordado, quando, no máximo, só espreguiçou.


É isso.

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