Olá, pessoas!
São constantes as reclamações de usuários de qualquer
segmento, principalmente quanto à forma de atender vigente em várias empresas.
Quantos e quantos funcionários torcem o nariz quando são
'interrompidos' por algum cliente que chega?
Quantas vezes não temos a sensação de que nos faltou pedir
desculpas ao atendente que, vendo-se interrompido durante um papo com o colega,
nos atendeu com má vontade?
O assunto, por ser polêmico, deve ser analisado sobre vários
contextos.
Um deles é:
Falta de treinamento adequado
As empresas treinam mal aos seus funcionários (que costumam
chamar de colaboradores) ou, simplesmente, passam as informações básicas,
presumindo que, ao executar a tarefa repetidas vezes, este vá corresponder à
expectativa.
Falta de interesse do funcionário ‘deus’
Este item desperta-nos a pergunta:
POR QUE alguns
empresários, mesmo investindo em treinamentos e palestras motivacionais, não
alcançam o resultado esperado?
A resposta pode estar naquilo que os profissionais de RH,
sempre afeitos à modinhas mal adaptadas a nossa realidade, convencionaram
chamar de empowerment.
E o que seria esse tal de empowerment? É o 'empoderamento'
do funcionário. É a ação que delega a este, falsos poderes que, por muitas
vezes, não são correspondentes com sua capacidade.
Do meu ponto de vista, isto pode funcionar na teoria e
enfeitar os sites inovadores destas empresas, mas, na prática, não funciona!
Por quê?
Porque ao se conceder todo este poder para o funcionário, o
empresário pode estar delegando responsabilidades além da capacidade deste.
Alguns conceitos de PNL, tão difundidos em nossas mentes
como o 'tudo posso' ou o 'eu consigo o que eu quero' podem estar nos levando ao
auto-engano.
Não adianta mascarar a realidade: NEM TODOS SÃO CAPAZES E O
TOPO NÃO É PRA TODOS!
Por exemplo: hoje vemos muitos casos de insubordinação em
todos os segmentos. E a reclamação não é só do cliente. É do patrão também.
Já ouvi de empresários de diversos setores que, 'Ruim com o funcionário, pior sem ele' ou "Se ele for embora eu fico na mão". Percebendo isso, ocorre o tal do empowerment a título de motivação, o
que, ao invés de ajudar, atrapalha o empreendedor. E o funcionário percebe
quando tem o patrão 'na mão'!
Como o assunto está generalizado com todos ressentindo da
'falta de mão de obra qualificada' (mais uma modinha que será discutida em
outro post) cabem aqui, algumas reflexões:
a) ao se dar muita autonomia a quem não merece ou não está
preparado para ela, os empresários criam verdadeiros monstros que, investidos
de tal responsabilidade, passam a agir por vontade própria, muitas vezes, prejudicando a imagem da empresa e maltratando clientes, principalmente os do
comércio. A máxima 'cliente mal tratado não volta' faz todo sentido;
b) as campanhas publicitárias da última década são sempre
imperativas: Faça! Aja! Seja! Domine! Atue! Apareça! Com isso, alguns
funcionários, mesmo não sendo capazes (do ponto de vista intelectual até) vão
para seus locais de trabalho com a postura de semi deuses, mediante uma
Programação Neurolinguística interpretada às avessas e entendida fora de contexto. Agindo
como semi deuses, desobedecem àquele que lhes paga o salário (os patrões), fazem fofocas
dentro da repartição, revelam sigilos da empresa e torcem o nariz quando tem de
interromper um assunto com o coleguinha só para atender ao cliente que acaba de chegar;
c) as pessoas, principalmente aquelas que têm posição
subalterna não podem receber responsabilidades que excedam a sua capacidade. E
aqui vai a crítica para os empresários que adoram a tal da motivação: muitos
funcionários, por mais que sejam incentivados, jamais estarão motivados de
verdade. Está na hora de mudarmos esta cartilha! Há que se reconhecer que o
topo não é para todos e que os cargos são temporários, não cabendo a qualquer
funcionário tomá-lo como vitalício, exercendo-o de maneira autoritária. Neste
caso, a demissão é a serventia da casa;
d) precisamos urgentemente discutir o teor das mensagens
imperativas que nos cercam a cada dia.
Nem todos conseguirão cargos importantes dentro das
organizações e isto, deve ser feito através de um trabalho de conscientização (sem ofender mas gerando reflexão). Isto se dá pelo único caminho, que é o da comunicação objetiva, sem rodeios e entraves politicamente corretos. Tomando esta atitude, a empresa poderá se livrar de possíveis ações trabalhistas tão comuns em nossos dias. Ainda mais levando em consideração a cultura sindicalista que se alastra pelo país.
Sempre existirão líderes e liderados.
Empresário, pense bem: será que você não está valorizando
muito o seu funcionário?
Funcionário: será que você tem mesmo toda esta capacidade ou
está se deixando levar por propagandas imperativas e interpretações a seu modo
das tais programações neurolinguísticas?
O momento é de reflexão: economicamente, o setor de
atendimento tem grandes expectativas de crescimento.
Isto pode significar lucros ou perdas.
Isto pode significar lucros ou perdas.
É isso.
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