Olá,
pessoas!
É muito
comum ao longo destes anos pessoas me procurarem com dúvidas
referentes ao mundo das empresas, também chamado de mundo
corporativo.
As
perguntas vão desde a elaboração do melhor currículo, deixando-o
atrativo (o que, para início de conversa, acho completamente
desnecessário pois poucos deles são lidos mesmo) até como se
posicionar perante o chefe ou líder.
Dúvidas
com relação à etiquetas são comuns mas uma delas me chamou
atenção pela preocupação em se melhorar o ambiente de trabalho.
A
pergunta era a seguinte:
Como eu
abordo o meu chefe para dar um diagnóstico da empresa e propor
soluções a ele?
À
primeira vista é uma pergunta muito subjetiva, pois depende muito do
humor de quem vai ouvi-la (o chefe), se a pessoa vai querer ouvi-la
(o chefe) e como a pessoa (o chefe) vai interpretar tais diagnóstico
e propostas.
Da minha
parte, sou especialista em cometer algumas gafes destas: em uma
empresa que trabalhei, ao abordar o chefe num momento que achei
apropriado (quando ele pediu minha opinião sobre os rumos que a
empresa estava tomando) percebi, logo após minha exposição, de que
não tinha agradado e que o meu superior não se mostrou satisfeito
com o que acabara de ouvir. Passaram-se alguns meses, o
relacionamento foi esfriando e a situação acabou se tornando
insustentável, pois ficou no ar aquela sensação de que eu não
estava satisfeito em trabalhar ali. Não discuto a interpretação
dele pois estava absolutamente certa. O desfecho de toda essa
situação já está bem patente e não precisarei expô-la para me
fazer entender, afinal, a sua interpretação, leitor, também está
correta.
As
relações corporativas são permeadas por linhas tênues entre o que
se deve falar e o que se deve fazer. É sabido que ninguém está
absolutamente contente com o local em que trabalha. Muitas vezes
somos atraídos para algum lugar por vários motivos:
descontentamento com a empresa atual, realização profissional,
salário, colegas, amigos e pelo próprio trabalho em si. Afinal,
quem não gostaria de fazer o que quer (área de formação), ganhar
bem, ter um bom relacionamento e ter participação na organização
dos processos, por mais simples que estes possam parecer?
Quem
responder que não faz a mínima questão disso, ou está mentindo
descaradamente ou não sabe o que fazer da vida e, lembrando o coelho de Lewis Carroll, então qualquer caminho serve. Neste caso, podemos
adaptar: qualquer empresa ou emprego servem.
O que nos
falta nesta hora é a capacidade de discernir o que são nossas
prioridades e o que são as prioridades dos nossos chefes ou patrões.
E estes motivos são muito subjetivos.
Existem
vários tipos de empregado, mas, no caso que me inspirou a escrever
estas linhas, vou citar apenas o empreendedor: este analisa a sua
empresa sobre o ponto de vista do mercado, apresentando uma visão
holística, panorâmica, 360º (graus) - ou sei lá mais o termo que vão
inventar para significar a mesma coisa – e pensam como se a empresa
fosse dele. A vontade de organizar, de resolver problemas de
diferentes complexidades, acaba minando ao longo do tempo a energia
deste empregado empreendedor que vê as coisas a seu modo e quer
aumentar a produtividade. Este é um tipo sofredor que muitas vezes
'carrega a empresa nas costas' e acaba fazendo o serviço que seria
de competência de outro dentro da organização.
Ao
analisarmos esta situação de 'será esta a empresa que eu quero',
não se deve esquecer de uma peça importante: o chefe ou patrão. As
perguntas sobre prioridades cabem neste caso também, afinal, que
chefe ou patrão não gostaria de ter um local aonde todos
trabalhassem com um sorriso no rosto e um brilho nos olhos? Por outro
lado, será que esta realmente seria a vontade dele?
Muitos
trabalham com olho no faturamento e consideram seus colaboradores
como engrenagens de uma máquina com moto perpétuo, que só servem
para funcionar (eis a razão do termo funcionário), gerar lucros e
resultados e ser considerada no mercado.
Por estas
razões, difíceis de serem explicadas, é que recomendo que, ao se
falar com o chefe e gerar um diagnóstico, é preciso saber se ele:
está
disposto a ouvir e aceitar sua opinião;
está
querendo o diagnóstico e, principalmente,
se quer
mudar a situação do momento por uma situação ideal.
Caso um
destes quesitos não possa ser assinalado, com certeza, você terá
que sair do seu local de trabalho e tentar a vida com cursos,
palestras e consultorias.
E
lembre-se: a sua necessidade pode não ser a necessidade da sua
empresa.
É isso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário