Reduzir o Preço? Até QuanTo?
É muito comum em conversas com
profissionais da Comunicação se ouvir queixas sobre a forma com que são
tratados quando entregam orçamentos.
Ao primeiro número já ocorrem os
comentários de sempre: Tá caro! Fulano cobra bem menos! Mas não é o mesmo
serviço?
Eis aí dois problemas que acercam
quem precisa colocar preço: qual a composição do preço e até quanto reduzir?
Em se tratando de produto o bem é
tangível, de fácil visualização e percepção por parte do cliente. No caso de
serviço o bem é intangível não permitindo essa percepção direta por parte do
consumidor. Neste último caso dificilmente a pergunta é sobre a qualidade daquilo
que está sendo contratado e sim, leva-se em consideração apenas o preço. O
famoso “quanto custa” sem antes verificar a expertise do profissional tem o
mesmo efeito que uma paulada na nuca para quem ouve.
Esta situação é corriqueira em
todos os setores mas se faz mais presente na Comunicação, seja esta atrelada à
consultoria, assessoria ou organização de eventos.
Geralmente pessoas com este tipo
de comportamento de pechincha escolhem sempre os piores profissionais e quando
desconfiam que algo pode não dar certo, voltam a cotar aquele que ‘custa caro’
com o argumento do ‘consegui por tanto, por quê o seu é mais’?
Explica-se (ou complica-se):
A composição do preço está
relacionada não só ao serviço em si mas da forma como este será realizado, a
competência do profissional, o atendimento (pré, durante e pós), o preparo
conseguido através de cursos caros, participação em seminários, palestras,
aquisição de livros referentes, constante especialização necessária dadas as
transformações do mercado.
Existem também alguns aspectos
que podem e devem ser levantados nestas ocasiões. Ao pechinchador é cabível
argumentar, mesmo que , questione desta forma, mesmo que possa parecer
deseleganisso possa parecer arriscado para determinada negociação. Mesmo assim,
é sensato arriscar. Não se deve temer fazer valer a opinião do prestador de
serviço. Se o cliente for fechar com você, ponto para os dois. Caso não feche,
não era para você. Veja por este lado positivo: tem cliente que compensa perder
e não atender. Coloco isto aqui neste post por experiência própria. Quantas
vezes não fiz ‘só para atender pensando em futuras indicações’ e acabei não
sendo bem sucedido e por que não dizer até esquecido em futuros jobs.
Ao negociar, seja franco e não
tenha medo de entrevistar o possível cliente (prospect) e sempre tenha em mente
o quanto você pode conceder de desconto (este não deve prejudicar o prestador).
Lance perguntas diretas, como:
Você está satisfeito com o
serviço que será prestado por este que cobra barato?
O que ele te ofereceu?
Será que vai conseguir cumprir?
O que você sentiu na primeira
reunião com este prestador?
Ele respondeu a todas as
perguntas com segurança ou foi evasivo em algumas respostas?
Muitas vezes ao não nos
posicionar de acordo com o que pede a situação, acabamos por atender apenas às
necessidades do cliente em detrimento das nossas. Afinal, temos nossas contas
para pagar e nada é de graça. Então, por que nosso serviço deveria de sê-lo?
Estas perguntas são comumente
evitadas durante uma negociação pois o fornecedor tem receio de ‘queimar o
filme’.
Queimar o filme com quem? Será
que compensa manter um cliente que não é bom?
Sobre este tipo de profissional
que ‘cobrar barato só para pegar o
serviço’, faço as seguinte perguntas:
O que ele come, o que bebe, como
se veste, que lugares costuma frequentar, que tipo de amigos tem e,
principalmente, qual o tipo de compromisso que tem com o cliente?
Não dá para imaginar esse
profissional se especializando, estudando, pesquisando e valorizando não só o
que faz mas, acima de tudo, aquilo que é ou pretende ser.
Quem joga o preço lá embaixo e
‘cobre oferta’, com certeza está recebendo bem mais do que vale como
profissional. E é por isso que, se achando em vantagem, destrói o mercado e
quem trabalha sério, se aperfeiçoa e se preocupa de verdade com o cliente.
Reduzir o preço?
Até quanTo?Formal ou Informal? Eis as questões
Quando
montei esta aba de "Dicas" aqui no meu blog, me baseei não só nos
conhecimentos adquiridos nos bancos acadêmicos mas também na vivência.
Como
docente, sempre achei que a teoria é importante à medida em que permita um grau
de execução e, além disso, deixe o aluno pensando em como aplicá-la na vida
real.
Com
o curso de oratória não é diferente: é preciso fornecer ferramentas para que o
participante se torne cada vez mais independente, autônomo, ao mesmo tempo em que
os excessos vão sendo diminuídos à medida em que avança o processo de aprendizado.
O
ato de se ministrar aulas faz com que você esteja constantemente conectado às
expectativas não só do aluno mas também do mercado. O bom professor é um
verdadeiro facilitador destes dois polos ou pelo menos devia sê-lo.
Aproveitando este post, cabe uma explicação sobre a utilização do verbo
‘ministrar’ ao invés do verbo ‘dar’: não acho condizente dizer DAR aulas, pois
muitos interpretam isso ao pé da letra e podem achar que o profissional que se
dedica a essa tarefa é diletante e não tem compromissos financeiros ou sociais.
Em conversas com amigos professores é comum ouvir a queixa de tanto ouvirem:
“você só dá aulas ou trabalha também”? Pessoas com tal insensibilidade às vezes
fazem com que ‘deixemos pra lá’ a reposta a uma pergunta tão agressiva, mas,
depois do desabafo, retomemos o assunto.
Certa
vez, enquanto estava em sala, ouvi de
uma aluna a seguinte pergunta:
Devemos
ser formais ou informais?
A
resposta até frustrante num primeiro momento é: depende.
E
por quê depende?
Porque
não podemos manter uma postura formal diante de todos as situações do
cotidiano.
Melhor
exemplificar:
Você
não sentirá adequado conversar formalmente como se estivesse numa reunião de
trabalho num ambiente de happy hour. Ratifico que não estou falando da
permissão de erros de concordância ou utilização de palavras que faltem ao
decoro. Tais práticas depõe não só contra o profissional mas contra qualquer
pessoa.
Situações
de relaxamento ou seriedade exigem sensibilidade para serem percebidas. Mesmo
num ambiente relax podemos nos
deparar com alguém que não goste de brincadeiras ou que se constranja frente a
alguns comportamentos considerados exagerados – dar risadas alto por exemplo ou
reparar na moça da mesa ao lado só por esta apresentar certos atributos
notáveis não é de bom tom nem formal nem informalmente. O fato de você ser
discreto neste momento não tirará o seu direito de uma possível observação mesmo
que esta venha bem depois de todos os ‘indelicados’ de sua mesa se manifestarem
(lembre-se que você estará se expondo a um possível beliscão, caso esteja
acompanhado).
Aqui
me referi aos homens, mas não podemos nos furtar de que existam mulheres que
dirigem olhares inoportunos em ocasiões idem. Paquerar é uma coisa, quando se
excedem os limites, a situação fica constrangedora para ambas as partes.
Ops!
Mas o curso de oratória pode ser considerado como se fosse etiqueta?
Mais
que isso!
O
curso de oratória é também um curso de autoestima, afinal, quando a
desenvolvemos, não saímos por aí ‘queimando o filme’a torto e a direito.
A
formalidade ou não depende de cada momento. É possível nos apresentarmos de
formas diferentes e de acordo com o papel que estamos desempenhando em
determinado momento.
Quer
um exemplo?
Podemos
nos expressar formalmente estando num ambiente relax e com roupas mais confortáveis, como também podemos ser até
informais mesmo estando em trajes de gala.
Tudo
vai da exposição própria ou do outro ao ridículo. E, cá entre nós, observações
concernentes à vergonha alheia também cabem aqui, não é mesmo? Nem preciso
ressaltar que é difícil ficar perto de pessoas que são despojadas no trato e se
justificam com o famoso ‘eu sou assim mesmo’ ou ‘os incomodados que se mudem’. Em
qualquer situação, o que não pode nunca ser esquecido são o bom senso e o tal
do simancol (lembra dele?)
Difícil,
hein?
Nem
tanto.
A
boa comunicação – e a informalidade ou formalidade tem a ver muito com ela – é
conseguida em sua plenitude se praticada em doses homeopáticas, melhorando-nos
um pouco a cada dia e todo dia.
Formal
ou informal?
Depende.
É isso
Cartão de visita não é panfleto
Atualmente, quando participamos de reuniões ou até de bate-papos
informais que acabam virando uma oportunidade de negócio, é comum trocarmos cartão para contatos futuros.
Dada a facilidade de aquisição, impressão e o baixo custo,
cartões de visita são distribuídos a todos os presentes – até para aquela
pessoa que nada tem a ver com o assunto, mas que pela proximidade, nos dá a
sensação de que ‘fica esquisito não dar um cartão pra ela’.
Isto é muito comum, não é mesmo?
É exatamente aí que está a questão: cartão de visita é
panfleto?
No meu modo de ver, não.
O cartão, embora com seu uso banalizado por muitos, é uma
ferramenta de trabalho que deve ser tratado até com certo respeito.
Geralmente,
quando confeccionado por pessoal especializado (agências de propaganda) traz no
seu bojo informações profissionais importantes bem como a marca da empresa - independente do seu porte, podendo ser esta de uma pessoa só, como é o caso dos consultores e assessores, por exemplo.
Ocorre que no cartão de visita se imprime a identidade
visual, aquilo que vai acompanhar a pessoa/empresa enquanto ela estiver em atuação em determinado segmento.
Para aqueles que se atém a termos corporativos, o cartão,
quando bem elaborado, traduz aquilo que o profissional ou empresa tem de melhor, carrega o brand, aquela característica que vai
perenizar a empresa no seu ramo de
atuação e demonstrar confiabilidade perante o cliente.
Cartão é coisa séria e mesmo sendo de fácil aquisição, é algo que deve ser usado e tratado com toda a deferência que
merece.
Sem contar que, ao distribuirmos cartões aos borbotões,
corremos o risco de não termos um para um momento importante.
Quem já não passou por isso?
Este tema pode ser bastante polêmico, pois muitos ainda
acham que o cartão seja uma forma de divulgação do trabalho. De certa forma não
deixa de ser, mas sou da opinião de que quando se quer fazer uma divulgação ‘no
varejo’, incluindo aí todos aqueles que estão próximos, que sejam utilizados os
panfletos, onde podemos colocar os benefícios do ramo de atuação, promoção,
posicionamento no mercado e tantas outras informações que se fizerem
necessárias.
O cartão se entrega a quem realmente tem interesse em nosso
negócio.
Em várias ocasiões, mesmo percebendo que a pessoa não
entendeu patavinas do que fazemos, entregarmos um cartão a ela só para ‘não
deixá-la sem graça’.
Por isso, é muito apropriado que observemos as pessoas
estratégicas, aquelas que estarão de imediato ou no futuro sob nossa prospecção
e só assim, darmos o nosso cartão a elas, afinal, quantas vezes não ‘fazemos
aquela limpa’ na nossa cartoneira e temos ali cartões de gente que nem
lembramos mais quem seja?
Já pensou?
Da mesma forma que você age, outros neste momento podem
estar limpando as suas gavetas e descartando aquele seu cartão de visita que
foi entregue ‘no varejo, na panfletagem’ e se perguntando: “vishhh, quem é esse
cara?”
Não fique constrangido e escolha a pessoa certa para
entregar o seu cartão, afinal, cartão não é panfleto.
É isso.Palavras(ou termos) que enrolam
Olá, pessoas!
É comum em qualquer tipo de conversa, depararmos com termos
que, logo no primeiro momento, prejudicam os requisitos básicos de uma
comunicação eficaz que são clareza e objetividade.
A clareza está relacionada ao ato de expor nossas ideias de
uma forma que o outro possa entender logo no primeiro momento.
A objetividade reside em mostrar nossos pontos de vista de
uma maneira simples sem querer impressionar pela profusão de conhecimento.
Embora possam parecer a mesma coisa, a comunicação pode ser
clara sem ser objetiva. Por exemplo: numa reunião, você pergunta a um dos
participantes, qual sugestão ele daria para determinado problema do qual ele
tanto reclama. E este, de forma bastante seca, te devolve: “Sei lá”.
De certa forma ele foi claro e já deu, de cara, a impressão
de que não vai e não quer cooperar.
Por outro lado, você faz a mesma pergunta para outro
participante e este pigarreia, ajeita o nó da gravata, enche o peito, olha para
todos com ar de superioridade do tipo “viram só? Agora eu vou arrasar” e começa
o seu discurso empolado, exalando sabedoria, citando exemplos sem conotação e levando
o tom da reunião para vários lugares, menos para aquele que todos almejam.
No primeiro exemplo citado, o sujeito foi claro e até sem
educação pela clareza; no segundo, houve um discurso, uma manifestação de falso
apreço pela oportunidade, mas que não levou a lugar nenhum. Em ambas as
ocasiões o papel central da comunicação não foi cumprido, pois faltaram clareza
e objetividade.
Estão aí dois requisitos aparentemente semelhantes mas tão
díspares no seu significado quando postos em prática.
Sempre que começamos um tipo de conversa, por mais informal
que esta seja, é importante que saibamos aonde queremos chegar e como vamos
concluí-la.
Para este artigo, vamos dar algumas pistas de palavras que
enrolam a audiência e passam a sensação de que o orador da vez é um profundo
conhecedor daquilo que está dizendo. Eis apenas alguns, já que você numa
análise do que acontece a sua volta, com certeza poderá acrescentar quantos
mais forem necessários:
- Na verdade
Bastante empregado em situações embaraçosas.
Exemplo: Por que você tomou esta atitude? Na verdade,
essa atitude foi tomada devido...
- A partir do momento que...
Em vários discursos que tentam explicar algo este termo
aparece. Mesmo assim, a audiência percebe que a pessoa já tem a predisposição
de dar aquela enrolada e sair pela tangente. Alguns vendedores de automóveis tem
esse péssimo costume.
- ‘Olha’ e ‘Veja bem’
Ao ouvir uma frase começando dessa forma, corra! Você já
está sendo enrolado. Com esta introdução, tenta-se explicar o inexplicável. Note
que sempre que se é apanhado em uma situação altamente desconfortável, o
sujeito já sai com essa.
- “Então...”
Este é o melhor de todos. Se você não quiser passar
vergonha, fique calado, pense numa resposta direta, peça um tempo, mas não
incorra na armadilha do ‘então’. Denota falta de conhecimento ou prenúncio para
uma desculpa bastante esfarrapada.
Como você pode notar, todos estes termos tem o intuito de
ganhar tempo e passar a ideia de um falso conhecimento.
Para isto, a melhor solução é se preparar e fazer um ensaio
do que se quer e precisa dizer para não passar por um vexame utilizando estes
termos que, devido ao seu uso e abuso, já não enrolam mais a ninguém.
É isso
A Difícil Arte da Leitura Fluente
Olá, pessoas!
Com certeza
você já recebeu algum chamado na sua residência ou trabalho, geralmente em
horários impróprios, de serviços de telemarketing, seja para apresentar um novo
limite para seu cartão de crédito, aproveitar uma promoção imperdível de tv a
cabo, aumentar a velocidade da sua internet ou se matricular naquele curso que
vai mudar as perspectivas da sua carreira profissional.
Até aí tudo
bem. Afinal, quem já não recebeu esse tipo de chamado?
O que intriga
muitas vezes é o fato da pessoa do outro lado descarregar toda a sua cartilha
(ou manual de instruções) no ouvido do possível cliente e não permitir que este
faça as suas perguntas em doses homeopáticas, ou seja, interromper para indagar
à medida de seu interesse.
Quando ocorre
do assistente permitir isso, deve-se esperar vários minutos para que o
profissional de telemarketing encontre a resposta no manual e novamente dispare
a sua metralhadora de palavras em cima do pobre cliente.
Num ponto,
percebe-se que não há alternativa a não ser ler o manual quantas vezes for
solicitado, já que, ao improvisarmos uma comunicação, corremos o risco de
esquecer detalhes considerados primordiais para um determinado tipo de negócio
ou audiência. Daí a necessidade de ler a informação de forma natural, ou seja:
ler como se não estivesse lendo.
Percebemos
isso não só nos tão famigerados serviços de telemarketing, mas até em programas
de televisão (quando o apresentador vai fazer uma ação de merchandising) ou nos
discursos de políticos ou de palestrantes, que deixam transparecer nitidamente quando estão
improvisando e ‘voltando para o papel’.
Mas, como
deixar que a leitura e a improvisão se processem de forma fluida? Isso é
possível?
De certa forma
sim.
Vale destacar
que o papel (ou teleprompter, ou algo que o valha) é muito importante, pois
pode servir de roteiro para apresentações e palestras. Além do quê, ocorre ao
apresentarmos algo para algum cliente ou plateia, sermos traídos pela
eloquência do momento e nos esquecermos de detalhes importantes que podiam ser
ressaltados.
Então, nestes
casos, como proceder?
Seguem algumas
dicas, que, quando praticadas, podem auxiliar a termos uma leitura fluida
independente de lançarmos mão do improviso:
- Ter o papel
como seu aliado, auxiliando nos momentos apropriados, e não como uma ‘muleta’
ou para disfarçar o temor de determinada audiência (e isto cabe também para
assuntos ao telefone). Nestas circunstâncias, ele serve como um roteiro;
- Enumerar os
pontos básicos em ordem crescente, permitindo que os assuntos mais relevantes
sejam deixados para o final (gran finale);
- Na medida do
possível, tente ‘imaginar’ a conversa e as possíveis argumentações que possam
advir antes de iniciá-la. Desta forma, você estará melhor preparado em caso de
interrupção por parte de seu interlocutor;
- Não se
importe se precisar repetir uma frase à exaustão até criar uma familiaridade
com ela. Quando isso ocorre, já conseguimos estabelecer novas formas de
dizê-la.
- Marque no
texto as tags ou palavras-chave –
aquelas que vão fazer diferença na sua argumentação;
- Escolha
palavras fortes e objetivas. Evite começar um argumento com palavras negativas:
estas, quando proferidas podem denotar certa arrogância por parte do
interlocutor e quem ouve, pode se sentir contrariado;
- Considere toda a frase com começo, meio e
fim, como se fosse contar uma história. Aprende-se em cursos de oratória que
deve-se dar importância a palavras e isso deixa muitos formandos confundidos,
já que estes acham que devem ler a frase palavra por palavra.
- Por fim,
deixe um final com gosto de ‘quero mais’ e não de ‘ufa! Até que enfim’. Conheça
o tempo de sua audiência, seja ela presencial ou até por telefone (geralmente
conseguimos isso observando o tom da voz do interlocutor);
- Em suma:
entenda a frase antes de proferí-la. Explique-a primeiro para você e veja se a
mesma não te suscita alguma dúvida;
- Uma solução
simples que parece até boba, mas funciona: Escolha a sua revista preferida e
leia-a para você como se fosse para a sua audiência. Observe as possibilidades
que o texto pode te dar e explore-as, ora sério, ora sorrindo, ora eufórico.
Ache o tom apropriado;
- Treine, treine e treine. Observe, observe e
observe. Só assim, você vai conseguir ler nas entrelinhas e fazer um bom
atendimento ou uma boa palestra.
É isso.
Ouvir também é uma forma de expressão
Olá, pessoas!
Dia desses, enquanto conversava com um amigo publicitário,
surgiu um assunto que nos intrigou por um momento.
Na oportunidade falávamos sobre os profissionais de
atendimento, que são recrutados por apresentarem um quesito muito importante no
meio corporativo: a fluência verbal, ou em suma, saber falar. Tem-se aí, talvez
um problema semântico, pois, uma fria análise nos permite entender que na
verdade este profissional é contratado para ouvir e não para falar. A fala, ou
fluência verbal – como queiram - neste caso, é secundária e serve como
coadjuvante em situações de negociação.
Nenhuma argumentação assertiva vem antes do desenvolvimento
da capacidade da audição; esta, por sua vez, é integrante importante de um
processo comunicacional chamado ‘feedback’,
cujo papel é o de assimilar, entender e modificar comportamento ou opiniões,
sejam estas próprias ou de outrem.
Quando se ouve, percebe-se a necessidade do outro, os seus
anseios e, principalmente, as frustrações e tornamo-nos mais receptivos sem
deixarmos de ser reativos, já que a audição também traduz uma forma de
expressão e discernimento.
Muitas vezes quem quer falar simplesmente pretende desabafar
e, o profissional ‘com fluência verbal’ nada mais tem a fazer do que
simplesmente ouvir.
Mas isso não significa dizer que quem ouve não esteja
exercendo suas atividades de forma correta: o bom comunicador, além de bom
ouvinte, desenvolve outra qualidade importante: a observação. Enquanto escuta,
o profissional estuda o tipo de emoção que está recebendo, seja de forma direta
ou indireta (por telefone, por exemplo).
Ao ouvir, espera-se pacientemente pela sua vez e, quando
esta chega, tem-se os argumentos preparados e necessários para expor pontos de
vista. Uma vez colocados, já temos meio caminho andado para convencer o
interlocutor.
Enquanto ouvimos, percebemos o nível de ansiedade de quem fala
e com isso reunimos elementos plausíveis para reverter uma situação adversa,
tais como: velocidade da fala, tom da voz a ser empregada e tempo apropriado
para se dizer algo.
Permitam-me compartilhar algo que ocorre constantemente
comigo, um profissional de rádio
Com a vivência adquirida ao longo do tempo, percebo que
muitas vezes algumas pessoas se frustram com o meu silêncio em certas ocasiões.
Já não são raras as vezes em que sou pego de surpresa com a seguinte frase:
‘você não é do rádio, então por que está tão quieto?”
É daí que vem uma lição importante adquirida neste veículo
de comunicação fantástico: nele, contamos apenas com o tom da voz e o tempo das
palavras; daí a responsabilidade de dizer a coisa certa e na hora certa, pois
muitas vezes a interpretação de quem está do outro lado adquire um outro viés
que por ora não conseguimos prever. Por isso, tem-se a necessidade de estar
sempre atento às mínimas reações ou mudanças de comportamento por parte
daqueles que nos rodeiam. Como já foi escrito por aqui, a observação tem de
estar sempre aguçada e isso só se consegue através do silêncio por mais que o
ambiente seja ruidoso. Alie-se aí a necessidade de o profissional do rádio ter
uma educação generalista, baseada em vários assuntos, pois, se não os domina
com facilidade, deve colocar a pergunta certa a quem o faz por força da
atividade profissional. Exemplificando: você não precisa entender tudo sobre
física quântica, mas deve fazer a pergunta corretamente para um pesquisador do
segmento. Assim, quando ‘a voz do rádio’ não está fazendo as vezes de uma
vitrola ambulante, depreende-se que esteja exercitando a sua observação.
Um compositor que primava muito pelo silêncio ou até mesmo
pelo barulho das coisas é o espetacular John Cage: com o seu minimalismo,
conseguia dizer muito através do silêncio que imprimia em suas composições. Neste
silêncio, percebia-se o ruído, por menor que fosse, e, mesmo que de forma indireta,
este mínimo ruído começava a fazer parte da peça a ser executada.
Em muitas ocasiões é prudente nos calar para depois
argumentarmos sobre determinado assunto. Esse é o ‘grande barato’ de se ter
fluência verbal: ouvir, ouvir e ouvir, afinal isto também faz parte da arte de
se expressar.
Para finalizar, uma frase que certa vez, disse, de
improviso, num dos meus cursos:
"Não tente dizer nada quando o silêncio é a melhor
resposta".
É isso
Neste espaço, vamos compartilhar experiências no que diz respeito à apresentação. É sabido que o maior medo do ser humano é o de falar em público. Além disso, cito os padrões convencionais, que, de tão conhecidos e utilizados, acabam tornando a audiência apática e sem interesse.
Neste vídeo, percebemos a preocupação do apresentador em falar sobre as principais dificuldades de quem se dá a essa tarefa - para muitos - hercúlea que é falar em público.
No vídeo, João Galvão, co-fundador da Soap, uma empresa especializada neste segmento, desconstrói alguns mitos a que fomos 'seduzidos' a acreditar para que as apresentações deixem de ser apenas meios formais de se conseguir um objetivo, principalmente no meio corporativo, para se tornarem peça importante de atratividade.
Como fazer uma boa apresentação from Daniel Campos off Vimeo.
É isso.
2 comentários:
Muito bom Carlos Cunha. Todos os profissionais, mesmo os que não são da comunicação, deveriam fazer este curso. Afinal, uma boa condição para se comunicar nos facilita em todos os sentidos, desde arrumar emprego, namorada, comprar ou vender bens, até a educação dos filhos.
Sobre Reduzir o Preço? Até QuanTo?
Sigo a seguinte politica: Sempre que alguém questiona um orçamento referente a prestação de serviço, apresento pacotes (famosos Kits de Serviços). Assim não deixo o preço influenciar na qualidade e prejudicar a minha imagem. Como exemplo básico, a criação de 3 pacotes: Pacote A contempla 3 serviços com preço X, Pacote B contempla 5 serviços com preço XX e Pacote C contempla 8 serviços com preço XXX.
Agora se o "cliente" não aceitar, dou um muito obrigado pelo contato e passo a bola. Nós estudamos, tivemos um custo e dedicamos tempo para melhorarmos, então precisamos obter o retorno de tudo que investimos.
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