sábado, 13 de dezembro de 2014

Problema de Gestão? Como Assim?

Olá, pessoas!

Este post se dedica à tentativa de esclarecer esta questão em voga, principalmente no público mais jovem.
Todos têm soluções mirabolantes para os mais variados assuntos que acontecem no mundo corporativo, mas...
Interessante observar que a maior causa da insatisfação dos funcionários (ops, colaboradores) se refere aos ‘problemas de gestão’.
Muitos já perceberam que não vão conseguir ser CEOs de uma enorme companhia internacional antes da avançadíssima idade de 23 anos e tecem soluções aos programas de trainees, job rotation, aos processos empregados na produção e na falta de um plano de carreira mais atraente. Sem citar aqueles que acreditam no modelo da organização horizontal, onde não existe a palavra ‘chefe’, mas o líder não sabe nem onde está o próprio nariz, a não ser na hora de empiná-lo.

A estes só restam recomendações como:
  • não dar tanta atenção à revistas corporativas que disseminam sonhos ao invés da realidade;
  • respeitar os mais velhos, pois, por incrível que pareça, eles têm experiência mesmo;
  • sentar na cadeirinha do chefe e tentar resolver todos os problemas em tempo recorde, como apregoam as revistas voltadas à gestão;
  • se conscientizar que mesmo nas 'Melhores Empresas para se Trabalhar' muita coisa não é perfeita como estampam as capas das revistas especializadas;
  • descobrir que o tempo é dinâmico e as chamadas profissões do futuro sempre existirão. Portanto, não adianta ficar buscando faculdade  nova todo ano, pois se corre o risco de não obter especialização em absolutamente nada;
  • comparar o conteúdo aprendido em sala de aula com o que acontece fora dos portões da faculdade;
  • não ter medo de levar suas dúvidas para debater com o professor. Conteste-o, se necessário;
  • dá pra melhorar, mas vai demorar. Talvez seja você que terá que carregar pedras para formar este castelinho de sonhos que disseram existir. Está disposto?
  • não reclame. Faça (e bem feito) a sua parte.
Ah! Desculpa a frustração que eu te causei, tá?

Sabe de nada, inocente!

É isso.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

A subjetividade dos processos seletivos

Olá, pessoas!

Empresas contratam a todo instante.
Os índices do governo, apesar de passíveis de contestação, estão aí para estampar manchetes.
Mas, a pergunta que fica é: as empresas sabem contratar?
Qualquer pessoa que pesquise o mercado de trabalho de maneira razoável percebe que a resposta é negativa.
O mundo atual exige urgência, resultado e não privilegia de maneira alguma a subjetividade.
Só que não.
Em termos de processo seletivo, as empresas são lentas, improdutivas e nada têm de objetividade. Até as atribuições de funções confundem o candidato, que é induzido a uma vaga que, muitas vezes, nada tem a ver com a sua expertise.
E na seleção?
Horas são gastas nesta fase, incluindo análise de currículo, preenchimento de formulários, testes psicotécnicos, aferição de conhecimento específico e, por fim,  a entrevista feita por pessoas que se mostram surpresas ante uma resposta objetiva por parte do candidato quando este se recusa à vaga que, enganosamente, julgou ser a ideal.
Tudo isso em nome de uma falsa aplicação de psicologia social que visa extrair do candidato uma verdade que o recrutador supõe que ele tenha escondido. E assim, perguntas subliminares vão sendo discorridas no melhor estilo ‘pegadinha de televisão francesa’, que, ao final, nada revelarão às partes envolvidas.

Simplificar o processo seletivo, tornando-o objetivo, é o caminho para se conseguir, de fato, funcionários (ops! Colaboradores, né?) satisfeitos e empresas produtivas.

É isso.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Se importam uma ova!


Se importam uma ova!
(Ou: Como fazer gracinha usando um País)

Olá, pessoas!

E o que era pra ser um levante de conscientização se transformou numa batalha lúdica do bem contra o mal. 
O clima de comoção tomou conta do país.
E como toda comoção, a racionalidade passou longe.
Pessoas sem a mínima noção do que estavam falando – comunistinhas de cursos intensivos com duração de 3 meses -  alardeavam aos 4 ventos que se importavam com o futuro do país que, sabiamente (coitados!) juravam estar construindo com apenas 2 botões.
É de rir ou não?
Daí, o termo utilizado por uma candidata caber bem nesta simples reflexão:
Se importam uma ova!
Com que racionalidade, uma pessoa que acha que o Brasil foi descoberto há 12 anos, pode discutir sobre temas sociais como projetos governamentais voltados à bolsas, cotas  e moradia?
Com que racionalidade, uma pessoa, que acha que o Brasil foi descoberto há 12 anos, pode discutir temas relacionados à educação profissional se sempre estudou em colégios particulares, quase sempre bancados pelos pais, e que ingressaram no mercado de trabalho recentemente?
Se importam uma ova! 
Como diria uma candidata que arrastou um bando destes descerebrados para empunhar uma bandeira utópica, que foge do ponto de vista da praticidade e da meritocracia.
Se importam uma ova! Como diria uma candidata que disseminando o ódio às diferenças, fez com que ele se convertesse em caridade pelos desvalidos, num arroubo descabido de demagogia.
“Tão contrário a si é o mesmo amor”, como diria Camões?
Se importam uma ova! 
Pessoas que, mesmo com todo o espírito caridoso demagógico, ainda relutam em colocar o filho na creche do quarteirão de cima, por não achar que o filho estará em boa companhia.
 (Hein?)
Se importam uma ova! 
Aqueles que, mesmo tendo uma escola pública ao lado do seu condomínio de luxo, ainda preferem colocar seus filhos em escolas de grife, com acesso à tecnologia, idiomas e baby-sitters, sempre monitoradas por tablets e smartfones à distância!
Cadê a confiança depositada ‘nos mais humildes’?
Se importam uma ova! 
Aqueles que, sob o argumento tolo de ‘estou fazendo a minha parte’, despejam suas moedinhas nestes cofrinhos de supermercado, que nada mais são do que uma nova forma de pedir esmolas além de calçadões e esquinas de moribundos. Uma mea – culpa por não despender de seu tempo para se aproximar, como deveria,  da caridade que tanto pregam.
Se importam uma ova! 
Aqueles que, depois de encherem a sacola nos shoppings, simplesmente depositam seus cupons fiscais em urnas para instituições de caridade. 
Ah! Mas eu não coloco CPF pra que eles dêem pra instituição. Tenho pena das criancinhas!
Estas pessoas, quase sempre prontas a repetir um mantra ditado por líderes insanos alçados a uma quase divindade,  não perdem seu tempo para conhecer um orfanato, um lar de idosos, uma instituição de renais crônicos, um sanatório para doentes mentais.
(Eu fazer isso? Deixe que outros façam! Cada um contribui como pode. Eu faço a minha parte).
Antes preferem pegar um mísero carnê para, com o que sobra da rapa de sua carteira de grife, destinar aos que precisam. 
Pensam que desta forma, vão tornar o seu sono mais tranquilo, embalando-se em camas king size, com lençóis de inúmeros fios, travesseiros com penas de ganso, ar condicionado e música ambiente adequada.
Se importam uma ova! 
Estes que esbravejam nas redes sociais, batendo no peito, dizendo que estão procurando um mundo melhor para a geração que virá.
A geração que virá,  se vier destes, será hipócrita na mesma proporção e a preocupação com o outro ficará só no discurso disparado de celulares ‘último tipo’ e, preferencialmente, do interior de carros com vidros pretos e blindados da realidade que os cerca pelos semáforos.
Mesmo assim, há que se reconhecer o serviço prestado por estes intelectuais de revistinhas de fofoca, compradas em bancas por 1 e 99:
Parabéns por terem concluído com louvor o “Curso Intensivo de Comunista em 3 meses".
Parabéns por acharem que estão mudando o país com apenas 2 botões.


Se importam uma ova!

É isso.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

O Facebook é a maior arquibancada do Brasil

Olá, pessoas!

O Facebook é a maior arquibancada do Brasil.

Noutros tempos, uma galera tomaria as ruas, mendigando 20 centavos, gritando palavras de ordem, exigindo seus direitos garantidos pela Constituição.
Mas o tempo passa e, como diria Belchior, 'o passado é uma roupa que não nos serve mais', e o chique agora, não é usar roupas de marca, se equilibrar em sandálias de sola vermelha ou fazer biquinhos pra câmera do celular último tipo.
A moda agora é outra: é fingir uma intelectualidade, geralmente adquirida em programas ligados ao futebol, à culinária matinal ou no pseudo júri das histrionices da bonequinha de luxo tupiniquim Claudinha Leite no seu programa de novos talentos.
É com esta mesma intelectualidade que os assuntos políticos vão sendo discutidos numa arrogância típica de quem segura um copo de pinga na porta de um bar e, olhando para o seu colega com desdém, empina o nariz, solta uma baforada daquela fumaça de um cigarro sem filtro e tosse opiniões a respeito da classe alta, média alta, baixa alta, alta baixa, baixa média...E depois disso, bate o copo no balcão.
Outros, mais preocupados com 'o social' vão sonhando um mundo melhor, pregado por um insano que, durante o horário eleitoral (que competiu ferozmente com os piores programas de humor) disse que a utopia era possível, apontando o dedo para 'a sociedade injusta e capitalista'.
Este é o país que temos pra hoje.
O país do ovo frito.
O país do retalho de mortadela.
O país que construímos à base da destruição do amor ao próximo, dos princípios e dos valores.
O país que estudou Política e Sociedade com uma dedicação honrosa de três meses!
Um país de gente que nem lê a matéria e já vai curtindo e compartilhando o link na sua linha do tempo, achando que 'está fazendo a sua parte'.
Um país que, buscando uma falsa igualdade, foi dividindo, aos poucos e sorrateiramente, a sociedade em fatias de brancos, pretos, índios, homens, mulheres, gays, lésbicas, transgêneros, cachorro, gato, galinha, passarinho, sem se preocupar com o mais importante: o RESPEITO À PESSOA HUMANA, independente da sua opinião, crença, orientação/opção sexual, ou seja sei lá mais o quê que inventaram para disseminar o ódio entre as 'classes' e espalhar as fobias.
E assim, vamos caminhando por um túnel que nem sabemos aonde vai dar, mas, afinal, o legal mesmo é seguir 'a modinha', cujo desfecho apoteótico é despejar toda essa indignação cidadã (ha!ha!ha!) numa urna eletrônica e ver na tela a palavra FIM.
Sugestivo, hein?
Que esta nova consciência, que se diz despertada, não seja como o gigante que apareceu por aí dia destes, importunando a todos e dizendo que tinha acordado, quando, no máximo, só espreguiçou.


É isso.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

O Radioatividade Cumpre Seu Ciclo e Se Despede

"Não existe poesia na despedida"
Olá, pessoas!

O Programa Radioatividade deixa de ir ao ar a partir desta quarta-feira, 04/06/2014.
Durante 4 anos, o Programa, com P maiúsculo, teve o intuito de informar, entreter e de fomentar novas ideias através deste veículo de comunicação fantástico chamado RÁDIO.
No decorrer deste período, foram 2.600 horas no ar, totalizando 1200 programas, 1200 entrevistas com os expoentes dos mais diversos segmentos do mercado: Indústria, Comércio, Arte & Cultura, Política, Empreendedorismo, Medicina, Comportamento Humano, Tecnologia, Mundo Corporativo, Consultoria, Sociologia, entre outros, tudo abordado não no esquema 'questionário', mas através de entrevistas genuínas, que acompanhavam o raciocínio do entrevistado, contextualizando com os temas atuais. Tudo isso feito de maneira dinâmica, objetiva, isenta, responsável.
Desde o início, o Programa teve o intuito de agregar à audiência, valores até então nunca explorados em rádios consideradas 'do interior'. Numa linguagem direta, sem ofensas ou agressões, as ideias levadas à milhares de ouvidos, eram embasadas na ponderação dos fatos, no conhecimento do apresentador e, principalmente, na RESPONSABILIDADE.
Para que tudo isso se tornasse viável, foram criados quadros com segmentos específicos no programa:
Ação Positiva: onde, num primeiro momento, falou-se da Responsabilidade Social, do Terceiro Setor e, posteriormente, voltou-se para o Mundo Corporativo. Em ambos os casos, especialistas frequentaram os estúdios para debater, discutir e propor novas ideias;
Reflexão: questões como os problemas psicológicos oriundos de diversas fontes foram abordados de maneira espontânea entre os participantes, sempre com desfecho plausível de execução;
Tecnologia: 'apps','widgets', 'gadgets' se tornaram palavras comuns, explicadas de forma didática por especialistas em TI, desmistificando e esmiuçando termos intrincados do mundo tecnológico;
Conectividade: uma maneira de homenagear os ouvintes, sempre ligados à programação e que puderam interagir também através das redes virtuais, projeto esse, representado pela nossa Comunidade no Facebook: mais uma aposta na interatividade que, até então, era considerada atípica para o horário;
Gramofone: um espaço reservado para as músicas que marcaram época, mas que já não faziam parte do playlist, voltaram à programação;
Entrevista: dispensando comentários, já que muitas delas geraram debates em instituições acadêmicas e associações das mais diversas, dada a profusão de ideias abordadas em todos os segmentos.
As palavras proferidas, eram elaboradas visando não subestimar a capacidade intelectual do ouvinte que, além da notícia, teve acesso ao rol de músicas de qualidade inseridas durante o programa: mais uma questão de coerência entre ideia, opinião e gosto musical.
O Radioatividade, cumprindo o PAPEL DO RÁDIO, fez uso de uma linguagem moderna e, nos bastidores, aprimorou a integração entre a equipe, desde os mais antigos funcionários aos recém-chegados estagiários com sede de aprender. As experiências eram compartilhadas de maneira que todos pudessem se sentir parte 'do todo', tanto na questão técnica quanto da do relacionamento.
Mais uma vez a VERDADEIRA UTILIDADE PÚBLICA foi seguida à risca, através de pautas inteligentes que agregavam à audiência cada vez mais qualificada ao longo dos dias, formando uma massa crítica e opinativa de tudo que acontecia no programa.
A audiência foi ampliada para a região aos mais diversos segmentos.
O Radioatividade se despede, em suma, com a certeza do dever cumprido, da honradez de cada palavra dita a seu tempo e 'sai de cabeça erguida', com valores renovados e provando que, quando SE TEM UM REAL COMPROMISSO COM O OUVINTE E ANUNCIANTE, é possível sair do 'mesmo', do 'igual', do 'todo mundo faz assim', do 'isso não vai funcionar neste horário' e de tantos outros termos aos quais a sociedade e o meio da comunicação já se habituaram, simplesmente pela excessiva tolerância em deixar que conceitos ultrapassados ainda continuem a imperar.
Termos politicamente corretos à parte e, para não faltar com a pimenta no tempero: o meio da Comunicação costuma sobreviver de assuntos que a maioria desconhece, mas, não obstante a isso, nosso valor vai continuar o mesmo, pois, 'muitos podem querer ter o que você tem, mas ser o que você é, jamais conseguirão', diz uma frase que atribuem a uma personalidade.
Oxalá! O Programa Radioatividade continue a gerar novas reflexões das mentes pensantes e que se torne um multiplicador, mesmo que silencioso, de todas estas ideias e ações positivas em que sempre apostou.
E que o rádio, este veículo já mencionado aqui como 'fantástico´, possa ocupar um lugar de respeito como nos primórdios e que, nos tempos modernos, não seja subvertido, humilhado e ocupado por muitas bocas que não têm nada a dizer.
Daqui, os agradecimentos aos ouvintes que me seguiram durante todo este tempo, às amizades novas que fiz, aos parceiros e colaboradores que andaram ombro a ombro comigo – e que continuarão - nesta caminhada.
O show vai continuar, independente do lugar.
Como diziam os sábios circences: “Fecham-se as cortinas e termina o espetáculo”.
Para encerrar, uma frase do apóstolo Paulo:
“Combati o bom combate, acabei a carreira e guardei a fé”.
O programa pode até silenciar por vários motivos, mas minha voz continuará ATIVA.
Afinal, nunca fiz, não faço e jamais farei parte da manada, que, ao se omitir, subestima a inteligência da opinião pública, preferindo que as pedras clamem.
É isso.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Reduzir o Preço? Até QuanTo

Olá, pessoa!
É muito comum em conversas com profissionais da Comunicação se ouvir queixas sobre a forma com que são tratados quando entregam orçamentos.
Ao primeiro número já ocorrem os comentários de sempre: Tá caro! Fulano cobra bem menos! Mas não é o mesmo serviço?
Eis aí dois problemas que acercam quem precisa colocar preço: qual a composição do preço e até quanto reduzir?
Em se tratando de produto o bem é tangível, de fácil visualização e percepção por parte do cliente. No caso de serviço o bem é intangível não permitindo essa percepção direta por parte do consumidor. Neste último caso dificilmente a pergunta é sobre a qualidade daquilo que está sendo contratado e sim, leva-se em consideração apenas o preço. O famoso “quanto custa” sem antes verificar a expertise do profissional tem o mesmo efeito que uma paulada na nuca para quem ouve.
Esta situação é corriqueira em todos os setores mas tem maiores reflexos na área da Comunicação, afinal, 'todo mundo sabe se comunicar'. (Sabe mesmo?)
Geralmente pessoas com este tipo de comportamento de pechincha escolhem sempre os piores profissionais e quando desconfiam que algo pode não dar certo, voltam a cotar aquele que ‘custa caro’ com o argumento do ‘consegui por tanto, por que o seu é mais’?
Explica-se (ou complica-se):
A composição do preço está relacionada não só ao serviço em si mas da forma como este será realizado, a competência do profissional, o atendimento (pré, durante e pós), o preparo conseguido através de cursos caros, participação em seminários, palestras, aquisição de livros referentes, constante especialização necessária dadas as transformações do mercado.
Existem também alguns aspectos que podem e devem ser levantados nestas ocasiões:
Ao pechinchador é cabível 'tentar melhorar o preço', mas um fato que passa despercebido é saber QUEM vai prestar determinado serviço. Bom lembrar que, dificilmente, um serviço barato será bom. 
Ao prestador, é necessária a habilidade e argumentação suficientes para negociação, mas, acima de tudo, saber dizer 'não'. O que intriga é saber que perdemos determinada negociação porque não caímos na mendicância do cliente (mas cliente é quem compra e não quem pechincha!). A consciência fica pesada sim. Não se preocupe! Ninguém está programado para perder e muito menos, para reconhecer a perda! Mas...veja pelo lado positivo: tem cliente que compensa perder e não atender. Coloco isto aqui neste post por experiência própria. Quantas vezes não fiz ‘só para pegar futuras indicações’ e acabei não sendo bem sucedido e por que não dizer até esquecido em futuros jobs, onde o pagamento era melhor! Isto acontece e nos dá maturidade.
Ao negociar, seja franco e não tenha medo de entrevistar o possível cliente (prospect) e sempre tenha em mente o quanto você pode conceder de desconto (este não deve prejudicar o prestador). Lance perguntas diretas, como:
Você está satisfeito com o serviço que será prestado por este que cobra barato?
O que ele te ofereceu?
Será que vai conseguir cumprir?
O que você sentiu na primeira reunião com este prestador?
Ele respondeu a todas as perguntas com segurança ou foi evasivo em algumas respostas?
Muitas vezes ao não nos posicionar de acordo com o que pede a situação, acabamos por atender apenas às necessidades do cliente em detrimento das nossas. Afinal, temos nossas contas para pagar e nada é de graça. Então, por que nosso serviço deveria de sê-lo?
Estas perguntas são comumente evitadas durante uma negociação pois o fornecedor tem receio de ‘queimar o filme’.
Queimar o filme com quem? Será que compensa manter um cliente que não é bom?
Sobre este tipo de profissional que 'cobra barato só para pegar o serviço’, faço as seguinte perguntas:
O que ele come, o que bebe, como se veste, que lugares costuma frequentar, que tipo de amigos tem e, principalmente, qual o tipo de compromisso que tem com o cliente?
Não dá para imaginar esse profissional se especializando, estudando, pesquisando e valorizando não só o que faz mas, acima de tudo, aquilo que é ou pretende ser.
Quem joga o preço lá embaixo e ‘cobre oferta’, com certeza está recebendo bem mais do que vale como profissional. E é por isso que, se achando em vantagem, destrói o mercado de quem trabalha sério, se aperfeiçoa e se preocupa de verdade com o cliente e com sua marca.
Reduzir o preço?
Até quanTo?
É isso.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Uma tese sobre a (má) qualidade do atendimento

Olá, pessoas!

São constantes as reclamações de usuários de qualquer segmento, principalmente quanto à forma de atender vigente em várias empresas.
Quantos e quantos funcionários torcem o nariz quando são 'interrompidos' por algum cliente que chega?
Quantas vezes não temos a sensação de que nos faltou pedir desculpas ao atendente que, vendo-se interrompido durante um papo com o colega, nos atendeu com má vontade?
O assunto, por ser polêmico, deve ser analisado sobre vários contextos.
Um deles é:
Falta de treinamento adequado
As empresas treinam mal aos seus funcionários (que costumam chamar de colaboradores) ou, simplesmente, passam as informações básicas, presumindo que, ao executar a tarefa repetidas vezes, este vá corresponder à expectativa.
Falta de interesse do funcionário ‘deus’
Este item desperta-nos a pergunta:
POR QUE alguns empresários, mesmo investindo em treinamentos e palestras motivacionais, não alcançam o resultado esperado?
A resposta pode estar naquilo que os profissionais de RH, sempre afeitos à modinhas mal adaptadas a nossa realidade, convencionaram chamar de empowerment.
E o que seria esse tal de empowerment?  É o 'empoderamento' do funcionário. É a ação que delega a este, falsos poderes que, por muitas vezes, não são correspondentes com sua capacidade.
Do meu ponto de vista, isto pode funcionar na teoria e enfeitar os sites inovadores destas empresas, mas, na prática, não funciona!
Por quê?
Porque ao se conceder todo este poder para o funcionário, o empresário pode estar delegando responsabilidades além da capacidade deste.
Alguns conceitos de PNL, tão difundidos em nossas mentes como o 'tudo posso' ou o 'eu consigo o que eu quero' podem estar nos levando ao auto-engano.
Não adianta mascarar a realidade: NEM TODOS SÃO CAPAZES E O TOPO NÃO É PRA TODOS!
Por exemplo: hoje vemos muitos casos de insubordinação em todos os segmentos. E a reclamação não é só do cliente. É do patrão também.
Já ouvi de empresários de diversos setores que, 'Ruim com o funcionário, pior sem ele' ou "Se ele for embora eu fico na mão". Percebendo isso, ocorre o tal do empowerment a título de motivação, o que, ao invés de ajudar, atrapalha o empreendedor. E o funcionário percebe quando tem o patrão 'na mão'!
Como o assunto está generalizado com todos ressentindo da 'falta de mão de obra qualificada' (mais uma modinha que será discutida em outro post) cabem aqui, algumas reflexões:
a) ao se dar muita autonomia a quem não merece ou não está preparado para ela, os empresários criam verdadeiros monstros que, investidos de tal responsabilidade, passam a agir por vontade própria, muitas vezes, prejudicando a imagem da empresa e maltratando clientes, principalmente os do comércio. A máxima 'cliente mal tratado não volta' faz todo sentido;
b) as campanhas publicitárias da última década são sempre imperativas: Faça! Aja! Seja! Domine! Atue! Apareça! Com isso, alguns funcionários, mesmo não sendo capazes (do ponto de vista intelectual até) vão para seus locais de trabalho com a postura de semi deuses, mediante uma Programação Neurolinguística interpretada às avessas e entendida fora de contexto. Agindo como semi deuses, desobedecem àquele que lhes paga o salário (os patrões), fazem fofocas dentro da repartição, revelam sigilos da empresa e torcem o nariz quando tem de interromper um assunto com o  coleguinha só para atender ao cliente que acaba de chegar;
c) as pessoas, principalmente aquelas que têm posição subalterna não podem receber responsabilidades que excedam a sua capacidade. E aqui vai a crítica para os empresários que adoram a tal da motivação: muitos funcionários, por mais que sejam incentivados, jamais estarão motivados de verdade. Está na hora de mudarmos esta cartilha! Há que se reconhecer que o topo não é para todos e que os cargos são temporários, não cabendo a qualquer funcionário tomá-lo como vitalício, exercendo-o de maneira autoritária. Neste caso, a demissão é a serventia da casa;
d) precisamos urgentemente discutir o teor das mensagens imperativas que nos cercam a cada dia.
Nem todos conseguirão cargos importantes dentro das organizações e isto, deve ser feito através de um trabalho de conscientização (sem ofender mas gerando reflexão). Isto se dá pelo único caminho, que é o da comunicação objetiva, sem rodeios e entraves politicamente corretos. Tomando esta atitude, a empresa poderá se livrar de possíveis ações trabalhistas tão comuns em nossos dias. Ainda mais levando em consideração a cultura sindicalista que se alastra pelo país.
Sempre existirão líderes e liderados.
Empresário, pense bem: será que você não está valorizando muito o seu funcionário?
Funcionário: será que você tem mesmo toda esta capacidade ou está se deixando levar por propagandas imperativas e interpretações a seu modo das tais programações neurolinguísticas?
O momento é de reflexão: economicamente, o setor de atendimento tem grandes expectativas de crescimento.
Isto pode significar lucros ou perdas.
É isso.

sábado, 22 de março de 2014

O Networking e o Não

Olá, pessoas!

A que você está amarrado?
Seu cliente pode não ser o que você imagina
“Vamos deixar sempre a porta aberta.”
“Melhor não criar confusão.”
“Deixa quieto.”
“Vai que a gente precisa dele qualquer hora.”
“Assim a gente queima o filme.”
E quais outras frases você poderia enumerar aqui quando o assunto é ser politicamente correto ou manter uma relação?
Quantas e quantas vezes, não somos até lesados em nossos relacionamentos, inclusive os comerciais, por não sabermos a hora de parar e fazer valer nosso ponto de vista e posicionamento?
É comum, ao começarmos um relacionamento comercial (networking) sempre levarmos em consideração o ponto de vista do outro e não o nosso.
Com isso, vamos construindo relações que culminam com o esgarçamento deste tecido e do acúmulo do nosso stress.
Escrevo com o objetivo de esclarecer alguns pontos que são apregoados por muitos que se dizem gurus da administração, mas que, na verdade, tolhem a liberdade do prestador de serviço e, indo mais longe, nos apequena, tirando a nossa capacidade de ação.
Hoje em dia, todos nós temos de mostrar resultado antes de assinarmos um contrato ou sermos chamados para realizar algum job. Nossa vida profissional é praticamente devassada antes de baterem o martelo e assinarem um contrato.
Inúmeras são as vezes em que o nosso prospect nos pede uma 'demonstração', uma 'amostra grátis' do que já realizamos há décadas e, confiantes num possível contrato, lá vamos nós, darmos um show de realização com o objetivo de fecharmos com o tal cliente.
Qual não é a nossa surpresa em saber que esse 'cliente' nem se importou com o nosso trabalho e que, simplesmente se utilizou de uma mão de obra especializada, para ser politicamente correto, mesmo sabendo que não seria capaz de fazer o acompanhamento de nosso trabalho.
Pela regra do bom senso profissional, ninguém é obrigado a fazer concessão daquilo que ele depende para viver. E isso não desmerece nenhum profissional: seu produto de qualidade merece ser cobrado para ser realizado e ninguém é obrigado a 'dar de graça' – com o perdão da redundância – aquilo que custou anos e anos para ser construído.
Em primeiro lugar, alguns paradigmas devem ser derrubados.
O primeiro deles é a premissa de que 'o cliente sempre tem razão'. Analisando por aí, já há um grande erro: em suma, cliente é o que consome algo. CLIENTE É AQUELE QUE COMPRA.
Aquela pessoa que só especula, pergunta, pechincha, NÃO É CLIENTE. É qualquer outra coisa: curioso, 'mala', chato, MENOS CLIENTE.
Confundir prospect com cliente é um erro que sempre é cometido pelo prestador de serviço, principalmente aquele que, num futuro próximo, pretende estabelecer relação comercial e executar a sua expertise com maestria.
Muitas vezes, seja por desconhecimento, despreparo ou pura má-fé, aquilo que pensamos ser um cliente, acaba se utilizando do nosso trabalho, sem nos dar a devolutiva, sem nos apresentar uma pesquisa de satisfação e nos 'deixa no vácuo'.
E, mesmo sendo lesados, muitas vezes, utilizamos as frases que abriram este artigo e procrastinamos o famoso NÃO!
Se não nos dermos o respeito, jamais seremos respeitados profissionalmente e oferecer nossa expertise só para 'pegar o serviço' não nos dará bons resultados no futuro.
Não sinta medo na hora de fechar uma porta – muitas vezes ela nunca foi aberta! É apenas uma ilusão sua! Afinal, quem tenta, com estes artifícios, te prender a um compromisso, a uma promessa, NUNCA será seu cliente.
Esqueça-o!
Diga NÃO na hora certa, para não ter uma relação comercial fadada ao fracasso.
Rompa os laços da falácia comercial enquanto é tempo.
Uma frase comercial da atriz Cacilda Becker diz:
“Não me peça para dar a única coisa que tenho para vender.”
E que as frases que abriram este artigo sejam repensadas, caso você ainda as use.

É isso.



quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Oratória: Manual de Consulta Rápida

Tabela Básica de Oratória

Olá, pessoas!
Sempre costumo dizer que todo bom comunicador, ou quem aspira sê-lo, deve ser, antes de tudo, um bom observador.
E a observação não deve ser apenas com relação ao outro, mas com relação a nós mesmos. Observar o outro é fácil, assim como criticar.
Em Comunicação e Oratória nunca estamos prontos. Sempre estamos aprendendo.
Antes de tecermos críticas ao comportamento do outro, devemos pensar:
- Será que eu, mesmo que inconscientemente, não estou fazendo da mesma forma?
E assim, vamos nos construindo através do outro e compartilhando os conhecimentos adquiridos.
A lista do que se pode/deve fazer em se tratando de Oratória é imensa, mas, vamos enumerar apenas algumas que geralmente observamos ou nos pegamos fazendo.
Como sempre costumo dizer que é importante encontrar a problemática mas apresentar a solucionática, dividimos tudo em colunas que podem, tranquilamente, se tornar um 'Manual de Consulta Rápida' quando o assunto for Oratória, Expresssão Verbal, Falar em Público, ou seja lá qual for o outro nome que você queira dar para este assunto.

Situação
Problema
Solução
Postura
Curvada
Posicione-se de forma a transmitir credibilidade
Gestos
Excesso/Falta
Seja comedido na hora de gesticular. Utilize o bom senso. A gesticulação pode ressaltar a mensagem como também distrair o expectador.
Mãos 1
No bolso
Passa a sensação de insegurança ao fazer uma exposição. Eventualmente é permitido. Com frequência não.
Mãos 2
Na boca
A boca é uma das nossas caixas de ressonância. Não coloque as mãos na frente dela ao expressar suas ideias. Mantenha o seu rosto livre para ser bem compreendido.
Mãos 3
Na mesa
Isso ocorre muito em reuniões. O fato de estarmos sentados, não significa que estamos presos. A gesticulação comedida dá vida aos nossos argumentos.
Mãos 4
No cabelo
Principalmente as mulheres, cuidado ao não arrumá-lo com frequência. Uma vez ou outra pode denotar zelo com a aparência. Quando isso ocorrer com frequência, poderá ser interpretado de formas diferentes de que você gostaria.
Mulheres: Estética e Estilo
Cabelo Preso ou Solto?
Pode parecer complicado mas não é. Use o bom senso. Se perceber que ficará mais à vontade para expor suas ideias com o cabelo solto, deixe-os neste estado. Caso perceba que não é adequado e que, ao arrumá-lo, irá se distrair, prenda-o. Em apresentações ao ar livre, recomenda-se prendê-lo.
Recursos Audiovisuais 1
Quantos slides uso?
Geralmente, são usados até 2 minutos para cada slide. Sendo assim, procure saber qual seu tempo de exposição antes de começar a montar seu trabalho. Em todo caso, pode ocorrer que alguns slides sejam mais interessantes que outros. Deste modo, suprima os que não for adequados ao momento.
Recursos Audiovisuais 2
Exibição de filmes/traillers
Exceto em apresentação de empresas para novos colaboradores, é aconselhável que 'um vídeo' não exceda os 3 minutos. Mesmo assim, é de suma importância contextualizar previamente, para que ele não seja interpretado de forma diferente do assunto que você quer abordar.
Recursos Audiovisuais 3
Excesso de texto
Na medida do possível, os textos devem ser substituídos por imagem. Assim, você não corre o risco do enfadonho trabalho de ficar lendo os slides. Isto causa desinteresse na plateia.
Troque o texto por imagens que façam alusão ao assunto que se quer tratar.
Recursos Audiovisuais 4
Tremedeira no Laser pointer
Use-o com moderação se não puder deixar de usá-lo. Há oradores que, abusando deste recurso, deixa o ponto circulando pela tela ininterruptamente. Isto pode causar distração na plateia
Recursos Audiovisuais 5
Garranchos no Flip Chart
Procure colocar figuras que atraiam a atenção. Ao escrever, utilize letras legíveis e explique todo o contexto.
Recursos Audiovisuais 6
Manuseio do Microfone
Sem dúvida, um dos equipamentos mais importantes para um Orador. É possível falar sem qualquer um dos recursos já citados acima, mas, sem um bom microfone e com os equipamentos de som adequados, toda apresentação estará prejudicada. Não obstante a isso, este é um dos equipamentos mais mal tratados quando o assunto é Oratória. Para isso, tecemos alguns cuidados que devem ser tomados na utilização deste recurso.
Recursos Audiovisuais 7
Não bata no microfone
Esta é a primeira atitude e quem pega um microfone. Por ser a cápsula um componente ultra sensível, poderá ocorrer prejuízos ao equipamento. Antes de utilizá-lo, converse antes como técnico de som e combine alguns sinais de sincronia. Em muitas situações, apenas um olhar desperta uma reação positiva da parte do operador.
Recursos Audiovisuais 8
Alô, teste! 1, 2, 3
Mais um vício comum e ultra desnecessário. Isto não ajuda em nada a 'regulagem' ou equalização do som. Ao invés disto, experimente frases. Uma sugestão é dizer o nome do evento ou, simplesmente, dizer: 'Estamos testando o equipamento para, dentro de instantes, começarmos a nossa apresentação. No apoio técnico, a equipe tal e...” Pode parecer banal, mas, com estas frases, o bom técnico capta o timbre da sua voz, a altura da sua fala e calibra o equipamento adequadamente.
Recursos Audiovisuais 9
As câmeras e o olhar perdido
É comum, principalmente num primeiro momento, não saber para onde olhar quando flagrados por este equipamento (que pode ser uma câmera de celular). Nestas ocasiões, aja com naturalidade e finja que o equipamento não está ali.

Recursos Audiovisuais 10
Câmeras e o olhar perdido 2
Ao se conceder uma entrevista, não olhe diretamente para a câmera, principalmente em programas ao vivo. Agindo assim, você perde a naturalidade. Dirija o olhar para o entrevistador e faça de conta que o assunto é com ele. Fazer pose para 'parecer bonito' nos holofotes, caso você não seja um artista, fica pedante demais!
Recursos Audiovisuais 11
Câmeras e o olhar perdido 3
Ressalte-se aqui que você possa ser o apresentador. Neste caso, como questão de respeito ao telespectador, na abertura do programa, o olhar deve estar focado diretamente na câmera, pois você está falando com alguém que também está à frente de um aparelho (televisão). Neste caso, fixe o olhar, descontraia o rosto e dê o recado de forma simples e clara.
Improviso 1
Desconhecimento do assunto
Muitas vezes, somos chamados a falar e pegos desprevenidos. Se você sentir que o ambiente está propício a este tipo de situação, a menos que seja chamado para abrir uma preleção, antes observe os seus antecessores e veja como eles se comportam. Se quiser citar alguém durante sua fala, certifique-se PRIMEIRAMENTE do nome e também do cargo. JAMAIS improvise em cima de um assunto que desconhece. Atenha-se ao óbvio e seja o mais breve possível.
Improviso 2
Conhecimento do assunto
Procure saber com o organizador do evento, quanto tempo está disponível para exposição. Se isto não lhe for dito, observe o ânimo da plateia: evite ser enfadonho ao lidar com uma plateia apática. Seja objetivo nas ideias e, de acordo com a necessidade, ataque os pontos mais importantes.
Discurso lido
Preso ao papel
Esta é uma questão que pode acometer aos tímidos e aos inseguros: ficar olhando fixamente para o papel e torcendo para o texto acabar logo. O preparo do discurso é importante, mas tem de se observar a possibilidade de uma improvisação no meio deste. Por quê? Pois muitas vezes, ao escrever um discurso, estamos absortos no nosso momento e não no momento do público. Quando se está inserido no ambiente, percebemos uma mudança no clima. É aí que entra o bom orador: saber observar e adequar o discurso à situação atual. Não ignore estas mudanças.

Estas são algumas situações corriqueiras que, muitas vezes, nos pegam de surpresa.
Esteja sempre preparado, respire fundo e utilize o momento e os recursos a seu favor.


É isso.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

O Filme Elysium e os Rolês

(Uma observação contemporânea, calcada na comunicação, que muitos não vêem ou simplesmente ignoram)

Olá, pessoas!
Pelo que observo, converso e vejo, a confinação de alguns serviços e benfeitorias se dá a ritmos alarmantes. Afinal, quem ainda não percebeu os condomínios residenciais se transformarem em 'verdadeiras ilhas herméticas' imunes à passagem e penetração de quem não faz parte do meio, e, comumente destinado àquilo que alguns costumam chamar de 'elite' Aliás, não tenho uma visão - diga-se de passagem socialista/comunista, pois considero que as elites é que sustentam este país, promovendo emprego, investimentos e afins, embora seja odiada por pessoas que descarregam nela todo o seu furor, mas se esquecem que precisam, no dia a dia, comprar, vender, negociar, ganhar, adquirir, viver (mas, este nem é o cerne da nossa questão - apenas uma observação, quiçá, simplista).
Muito se fala da 'bolha imobiliária', mas, será que não deveríamos nos preocupar com a chamada 'bolha social'? De nada adianta cercarmos espaços para evitar a entrada ou penetração 'de outras castas' (termo forte esse, hein?). Elas não deixarão de existir e, além disso, aspirarão o lugar que achamos utopicamente que nos pertence.
Alguém aqui assistiu ao ótimo "Elysium"?
O filme, que tem o brasileiro Wagner Moura como protagonista, ilustra, na tela, aquilo que parece que não vemos nas ruas. Eis aí os 'rolês', dos quais passo a tecer um breve raciocínio (desprovido de juízo de valor):
Precisamos discutir (e muito bem) toda esta situação.
Estes movimentos, quando aparecem, são sufocados, mas não significa realmente dizer que foram apagados ou extintos. Equivale a fechar uma porta para evitar a passagem de fumaça sem antes debelar as chamas.
Perguntas que os sociólogos e antropólogos nunca fizeram e que gerariam uma reflexão mais ampla e calcadas na racionalidade e não na pura emoção do momento:
1. De onde surgiu este movimento?
2. Quem participa dele? São camadas de que estrato social, se é que existe um específico?
3. Qual sua REAL motivação? Seria a falta de atenção que recebemos das nossas autoridades? Se a essência do 'rolezinho' é REALMENTE se fazer notar, então, todos nós, não teríamos alguma reivindicação a justificar um rolê?
4. Seria o rolê uma nova forma de manifestação?
Mas, o que pretendemos REALMENTE com os rolês: exigir que nossos direitos sejam concedidos e respeitados ou SIMPLESMENTE levantarmos uma bandeira sem lema e depois desaparecermos?
Afinal, já vimos isso ANTES. E esse ANTES é bem RECENTE, não?
E aí?

E isso.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Redes Sociais: Um mergulho na superfície

Olá, pessoas!
Começando do começo.
Não tenho o costume de fazer uso exagerado de aspas (“ “) mas nestas linhas elas se fazem necessárias.
Quando vejo pesquisas milionárias falando sobre o 'poder das mídias sociais', das 'novas formas de comunicação e interação' e de 'realidades aumentadas e indispensáveis', sempre fico um tanto reticente.
Afinal, por experiência própria, percebo que meus contatos verdadeiros que já me trouxeram resultados profissional ou sociais, dificilmente advêm destas chamadas 'redes'.
Percebo que, após o conhecimento pessoal, há sim o estreitamento de relações através de trocas de e-mails, perfis virtuais e mais algumas modernices que, de certa forma, admiro e sou grande entusiasta.
Do ponto de vista do relacionamento, NINguém (ou quase ninguém) vai buscar por meios virtuais, ALguém para chamar de 'seu', de 'meu amigo', de 'meu sócio'...
Cabe aqui a justificativa pois, senão, muitos se arvorarão em dizer que sou um ermitão, um homem das cavernas ou um ser antissocial. Mas não. Ou como dizem os memes das redes, 'só que não'.
As pessoas, no afã de serem populares, adicionam quantos 'amigos' forem possíveis através das redes e acham que 'perfil lotado' significa 'sou muito querido'.
Curioso é também notar que pessoas que te adicionam, jamais serão capazes de te convidar para um cafezinho, um bate-papo ou, simplesmente, te reconhecerem na rua. Se isso acontece por questões de timidez ou puro disfarce, já cabe aos especialistas de comportamento humano dizerem.
Enquanto isso, o tão famoso Facebook, para ser mais direto, se tornou um 'Muro das Lamentações', um portal para disseminação de recalques ou, recentemente um teaser emocional, com expressões que tentam despertar uma curiosidade da parte de quem lê e de mensagens nem sempre verdadeiras de alento.
Frases desconexas, começando um assunto pelo meio, que talvez seja do conhecimento apenas da pessoa e de um círculo reduzido, são compartilhadas na rede para atestar ou medir uma falsa popularidade, como se aquilo merecesse importância.
Já comentei em postagens irônicas que 'só tem celebridade na rede', pois, muitos se acham merecedores de atenção e pipocam futilidades que nem para elas teriam certo valor.
Isso sem contar os assuntos até relevantes que são simplesmente desvirtuados após uma má interpretação e de uma postagem de quem, para participar, colocou lá o seu pitaco. E, diga-se de passagem, é sempre o assunto 'mais nada a ver' que chamará mais atenção. Ops!
Mas, o mundo moderno é calcado em superficialidades, falsas preocupações e (parafraseando Cazuza) de 'caridades de quem nos detesta' mas que, nas tão indispensáveis redes, tentam provar o contrário.
Para resumir, todo esse comportamento pode não passar de simples reclusão ou até mesmo, infelicidade.
O que te completa?
O que te faz feliz?
Ser real, autêntico, sincero, ou simplesmente 'pagar de perfeito' para quem não te conhece?
Não é preciso tanta pesquisa para chegar a esta conclusão, mas, para quem curte embasar teses (ou vivências?) em conhecimentos acadêmicos, vale dar uma olhada neste estudo que foi feito pelo Instituto de Pesquisas de Michigan
Boa vida real.
É isso

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Oratória Sem Segredos

Falar bem é tão importante quanto ter um bom currículo.
Cada vez mais o profissional que sabe se comunicar é mais valorizado.
Faça parte deste time!
A Oratória é aplicada e necessária nos mais diversos segmentos:
Faculdades e empresas: exposição de trabalhos, apresentação de projetos, negociação de vendas;
Fóruns: audiências;
Igrejas: pregações eficazes e persuasivas;
Eventos: celebração de casamentos, apresentação de encontros sociais e corporativos.
Aprenda a utilizar melhor o microfone e outros recursos multimídia.
Turmas reduzidas para facilitar o aprendizado. Treinamento através de dinâmicas para gerar autonomia do participante.
Faça sua inscrição!
Curso* com duração de 8 horas.
Turmas permanentes às quintas-feiras, das 19h30 às 21h30.
*também disponível em formato de palestra com 1h30 de duração.
Consulte.

Lembre-se: Falar Muito Não é Falar Bem. Acesse o link e saiba mais