sexta-feira, 23 de agosto de 2013

O que existe por trás da notícia

O QUE EXISTE POR TRÁS DA NOTÍCIA:

Médicos Cubanos

Há tempos o governo de um país lá da América do Sul não se atenta às questões da saúde da população.
Com a onda de manifestações que assolou o país desde os últimos meses,  as autoridades demonstraram um esboço do que seria a sua preocupação com relação a vários temas que incomodam os brasileiros que agora exigem contrapartida pelos altos impostos pagos religiosamente a toda hora, todos os dias, em qualquer situação.
Claro que o tema escolhido, depois do transporte e mobilidade urbana, seria o calcanhar de Aquiles chamado Saúde. 
Para isso, o Governo criou o Programa Mais Médicos, que deveria suprir a carência destes profissionais nos rincões mais afastados do Brasil. Os salários seriam convidativos, mas, mesmo assim, não atraíram mão de obra local. 
Agora, surge uma medida paliativa e muito controversa que divide opiniões em todos os âmbitos da sociedade: contratação de médicos cubanos.
Os médicos serão contratados através de uma Organização vinculada ao governo de Cuba, que receberá, por médico, R$ 10 mil reais. Ainda não se sabe o quanto desta quantia irá para o bolso dos profissionais que atuarão no Brasil a partir desta semana.
Cogita-se que o repasse desta verba seja de 25% a 40% para os médicos que se instalarem no Brasil.
Vale ressaltar que eles não podem trazer família ou ter outro vínculo empregatício no país (seria um prato cheio pra deserção, ops!). O Ministro da Saúde, que será alçado ao cargo de governador do Estado de São Paulo na próxima eleição (mais um poste erguido por um ex-presidente aí) diz que não há nada ilegal nisso e que as contratações obedecem às leis trabalhistas...de Cuba. Resta saber agora se os médicos trabalharão acorrentados às suas mesas ou vigiados por espiões cubanos que costumam acompanhar profissionais nestas condições. Tudo dentro da legalidade cubana. E apoiado por um país lá da América do Sul.
Como diria a dama de vermelho: "Em ano de eleição se faz o diabo". 
Enquanto todos pensaram que o intuito era o de resolver os problemas da saúde tupiniquim, o governo sindicalista, que outrora defendia os interesses do trabalhador, queria, na verdade, contratar mão de obra escrava dos seus comparsas.
É isso.

http://oglobo.globo.com/pais/governo-faz-convenio-para-contratar-4-mil-medicos-cubanos-9647511

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Oratória: O que fazer com as mãos?

Olá, pessoas!


Ao final de todo curso de Oratória é comum se receber uma pergunta bastante pertinente por parte de muitos alunos:
O que fazer com as mãos durante uma apresentação?
Coloco no bolso?
Faço conchinha?
Gesticulo pouco ou gesticulo muito?
Coloco para trás?
Qual delas eu uso mais: a esquerda ou a direita.
Pois bem.
Estas dúvidas são bem comuns até para quem já está acostumado a apresentar projetos, participar de seminários, ministrar cursos, aulas ou simplesmente, conversar numa mesa de bar com os amigos.
Pra ser sincero, sempre fui adepto da Oratória voltada para a praticidade e espontaneidade.
Não gosto muito daquele padrão formal adquirido de décadas passadas que faz com que estes cursos sejam direcionados apenas para políticos ou para pessoas que querem falar de maneira solene ou empolada.
A comunicação deve ser fluida e acompanhar o movimento e a mudança dos tempos.
Deve ser dinâmica.
Todo mundo tem direito e precisa falar bem. Inclusive com as mãos e, para elas, não existe uma posição padrão.
A observação que fica em tudo isso é: evite exageros pois as suas mãos podem chamar mais atenção do que o conteúdo que você tem a apresentar.
Percebo que as mãos tem uma papel importante pois podem significar ação, desejo, dúvida, posse e (pior!) ansiedade.
Só para citar um exemplo:
Quantas e quantas vezes não pegamos outras pessoas olhando para nossas mãos ao invés de prestar atenção naquilo que falamos?
Para a utilização das mãos durante uma exposição, a única regra a seguir é a do bom senso.
Vão aí algumas dicas que podem aguçar a sua observação:
Evite gesticular em demasia ou se prender em demasia.
Treine bastante e observe os seus gestos.
Utilize uma câmera para gravar trechos de apresentações e depois, sem senso de culpa, analise friamente como se você fosse outra pessoa;
Ao falar sentado, evite tamborilar na mesa. Em reuniões acontece muito isso. Sem contar que há aqueles que ficam apertando canetas ininterruptamente;
Ao falar em tribunas, não apoie as mãos na lateral de maneira permanente. Pondere, reveze;
Ao falar com microfone fixo, evite segurar no pedestal. Isso fica bem para cantores de rock apenas;
Evite também prender as mãos enrolando os fios entre os dedos;
Com microfone sem fio, não é muito bacana manter o dedo mindinho levantado;
Evite a todo custo entrelaçar os dedos ou unir polegares e indicadores de ambas as mãos;
Seja sempre espontâneo e pratique.
Só o tempo fará com que o equilíbrio no uso das mãos seja satisfatório.
É isso.

Produtividade X Tecnologia. Simples Assim?

Olá, pessoas!
Sou um entusiasta da tecnologia. 
Procuro utilizá-la com parcimônia não deixando minha vida depender única e exclusivamente dela.
Os processos tecnológicos estão cada vez mais customizados, o que deveria fazer com que o homem tivesse mais tempo pra si mesmo.
Isso nem sempre acontece.
Por outro lado, cada vez mais, aplicativos prometem deixá-lo livre para suas atividades prazerosas e delegar funções sem esquecer da sua ubiquidade. Mas, parece que a coisa está ficando fora dos limites muitas vezes. 
Inclusive, este tema já foi debatido com especialistas dentro do meu programa de rádio no quadro "Tecnologia". Para acessar os podcasts, navegue até a aba No Ar e ouça os arquivos referentes.
Vou citar apenas um, que está se tornando 'a bola da vez' por aqueles que não desgrudam dos aplicativos organizacionais:
Sinceramente, tenho cá minhas reservas quanto a estes aplicativos que 'monitoram tudo' ou 'aumentam a produtividade'.
No caso do Runrun.it, você ficará sabendo das tarefas do outro se o outro realmente disser o que está fazendo. Ele pode muito bem dizer uma coisa e fazer outra.
Apesar de o sistema ser considerado 'seguro' a mentira ainda é uma ferramenta muito utilizada no mundo corporativo por parte dos humanos.
Além do mais, seu chefe não terá tanta paciência assim para te perguntar sobre o desempenho da sua equipe e você abrir o aplicativo na frente dele e ficar fazendo os apontamentos. 
E se o chefe fosse você? Como agiria?
O monitoramento pode ser virtual, mas o resultado tem de ser real.
‪#‎pimenta‬.
http://runrun.it/pt-BR?group=dark_post&origin=facebook_lookalike
Qual sua opinião a respeito? 
É isso. 

sexta-feira, 12 de julho de 2013

E esse Marketing Pessoal?

Olá, pessoas!

Embora muitos não gostem deste termo, todos nós somos um produto.
Afinal, quando acordamos pela manhã, tomamos nosso banho, escolhemos uma roupa para aquela reunião, não estamos fazendo nada mais do que cuidar da embalagem.
No fundo no fundo, ninguém quer ser um mal acabado.
Assim sendo, temos de cuidar de nossa imagem, de nossa embalagem e nos fazer representar por um conjunto de ferramentas chamado de Marketing Pessoal.
Vale lembrar que o Marketing Pessoal não é fazer propaganda enganosa de si mesmo, exposição excessiva, ou fantasiar algo que não somos para fazer com que outros acreditem que somos.
Algumas atitudes não trabalhadas podem se tornar um empecilho às pessoas.
Podemos fazer Marketing Pessoal dentro de nossas casas, com nossas amizades e, principalmente no ambiente corporativo.
Neste artigo, vamos colocar algumas dicas que podem ser introduzidas na sua vivência:
Cuidado com a exposição excessiva: muitos pecam em querer estar presentes em todos os lugares e participar de todos os assuntos demonstrando conhecimento para todas as rodas. O recolhimento também faz parte da propaganda. É muito melhor ser desejado do que ser rejeitado. Isso pode ser aplicado também às redes sociais;
Falar muito não é falar bem: é importante dizer as palavras certas no momento adequado e não para dizer que fez uso da palavra;
Atenção às fotos em redes sociais: apesar de muitos estarem na rede 'só por diversão', é importante ser comedido ao aparecer em fotos que podem parecer comprometedoras. Aparecer vez ou outra com um copo na mão, pode denotar descontração; já se isso se tornar frequente, você poderá ser visto como dependente do álcool;
Vestuário inadequado: Muito se fala no estilo despojado de Jobs ou Zuckerberg, mas isso não significa que você deva se vestir da mesma forma em reuniões com executivos. Antes de colocar aquela roupa 'descolada', conheça o ambiente. Nem sempre o despojamento é bem aceito pela maioria das pessoas e, pra ser bem claro, Jobs e Zuckerberg não têm clones;
Vocabulário correto: procurar enriquecer o vocabulário e prestar atenção em quem fala corretamente já é um bom caminho para não perder o controle do coloquial. Não precisamos ser formais na hora de falar, mas é necessário sermos claros e objetivos, evitando gírias ou termos que não agradam a todo mundo.
Aprenda a frequentar cafés ou happy hour de negócios: Muitos não conseguem network com o argumento de 'não topo fulano' ou 'não gosto de happy hour'. Você pode estar perdendo uma oportunidade para seus negócios caso fique recluso por muito tempo. Neste caso, uma boa dica é ir a estes locais quando o evento já começou, cumprimentar as pessoas-chave e ir embora, preferencialmente antes do 'fim de festa';
Seja simpático e não 'o mala': ser comunicativo e cordial mantém seu contato aberto com a maioria das pessoas. Não confunda a simpatia com as atitudes que possam te caracterizar como 'o mala';
Desperte curiosidades sobre você: Não seja 'um livro aberto'. Seja coerente em suas ações e palavras e assim, os outros vão sentir vontade te conhecer mais. Discrição é tudo;
Não seja pegajoso e inconveniente: Em suma isto significa dizer: É melhor sair quando todos querem que você fique do que tentar ficar quando todos querem que você saia.
São dicas simples que, por incrível que pareça, auxiliam a melhorar sua imagem tanto com você quanto com os outros.
Em termos de Marketing Pessoal, você não precisa se transformar num pavão, Mas também não precisa ser uma pombinha.
Mantenha o equilíbrio nas mais variadas situações e locais.
Marketing Pessoal é isso: não invente. Não surte para aparecer.
Apenas seja autêntico.


É isso.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Jornalista: Entrevista ou Questionário?

Olá, Pessoas!

Como profissional de Comunicação e atuante também na mídia, sempre prestei atenção em outros apresentadores – e até me espelhei neles – quando o assunto é entrevista.
Vale ressaltar que muitos destes apresentadores que admiro estão no rádio.
Puxando a sardinha, acredito e tenho provas, de que o rádio desenvolve o argumento, o raciocínio lógico, a oralidade e até ajuda a desinibir.
Estes temas, tão difíceis de serem abordados pelas faculdades de jornalismo, alcançam fluidez e soam naturais neste veículo fantástico que exige rapidez de pensamento e objetividade.
Todo jornalista, quando não trabalha em uma editoria específica, seja ela de economia, esporte, cultura, saúde, é, de certa forma, obrigado a ter uma formação generalista, saber de tudo um pouco.
Sendo assim, fica difícil aprofundar num assunto para tirar dele o maior proveito possível e, consequentemente, se fazer entender.
Partindo deste princípio, tenho notado uma dificuldade em muitos jornalistas em se fazer entrevistas e então, partem para o mais fácil: um questionário com algumas perguntas que eles julgam serem as mais adequadas e vamos para a sabatina!
Numa entrevista, acredita-se que, como num roteiro, haverá começo, meio e fim.
Ou seja: o apresentador faz uma introdução do assunto, insere o entrevistado no contexto, faz a primeira pergunta, desenvolve o argumento e, de acordo com o tempo disponível, depreende se pode alongar o assunto ou não.
Isto seria o ideal mas nem sempre acontece.
Poucos são os que conseguem seguir esta sequência lógica e por isso, se perdem já na primeira pergunta, quase sempre 'nada a ver' com o objetivo da pauta.
Ninguém precisa ser 'expert' em todo assunto, mas muitas vezes, a realidade exige um certo conhecimento, um certo preparo antes de iniciar a entrevista.
O que vemos, infelizmente, é um questionário sem fim, com repórteres perguntando a mesma coisa que o entrevistado já respondeu e constrangendo este a dar uma nova resposta para a mesma pergunta.
Isto não significa dizer que a elaboração de um questionário não seja importante, mas há que seguir alguns critérios que nem sempre são levados em consideração. Muitas perguntas, se respondidas de outra maneira, podem 'cair' tranquilamente que não farão a menor falta.
É esta sensibilidade que o entrevistador deve ter.
É esta sensibilidade que está cada vez mais escassa.
Para isto, vão algumas dicas:
Preparo do roteiro e não simples perguntas: Conheça o entrevistado. Seja humilde. Pergunte de quem se trata ou faça uma breve pesquisa na internet. Não é necessário ler o currículo inteiro e montar um dossiê sobre o entrevistado, mas é possível, através de tags, saber quem ele é;
Atenha-se ao lead: Perguntas desnecessárias, que qualquer um faria ou já fez, podem ser descartadas devido a sua irrelevância;
Desenvolva argumentos de forma sucinta: Muitas vezes, o jornalista que faz uma pergunta mal elaborada, tenta explicá-la e se perde nestas explicações se alongando. Pense antes de perguntar;
Acompanhe o raciocínio do entrevistado: Fique atento, procurando 'ganchos' que possam gerar a próxima pergunta. Um termo a ser explicado, por exemplo. Isto enriquece a pauta.
Seguindo estas dicas básicas, a entrevista ocorrerá de forma fluida evitando a repetição, tão comum em nossos dias.
E outra dica importante pra você que faz TV: Quem disse que é preciso ficar rindo para o entrevistado enquanto ele responde a sua pergunta?
Pense nisso e sua entrevista será mais enriquecedora das próximas vezes e você ganhará mais confiança para falar de vários assuntos, mesmo que estes não façam parte de seu cotidiano.


É isso.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Um pitaco nos anúncios imobiliários

Olá, pessoas!

A especulação imobiliária é um assunto bastante intrigante e pode também gerar muitas interpretações na forma como isso é comunicado aos futuros clientes.
Afinal, quantos e quantos anúncios recebemos falando de sustentabilidade e desenvolvimento?
Será que isto condiz com a realidade na entrega das chaves?
Pensando nisso, teci algumas linhas sobre o assunto para conhecer a sua opinião.
Vamos lá...
Falando nisso: você já 'mediu' quantos metros de área verde tem no seu condomínio?
Este número é condizente com o material de propaganda que te entregaram no semáforo?

O que os anúncios imobiliários não mostram:
"Venha para uma reserva de 20 mil metros quadrados de mata virgem".
O comprador só não percebe que, ao chegar no imóvel pronto, este número parece não existir. 
O motivo é óbvio:
Vende-se a natureza nos folders mas entrega-se concreto armado com salão gourmet, spa, academias e afins.
O comprador não percebe que, para se construir casas, a área verde é subtraída em prol da construção e assim, gradativamente, o passivo ambiental das construtoras aumenta, mas elas tem como resolver isso com respaldo dos órgãos ambientais: pegam espécies nativas de determinada região e plantam em locais aonde tais espécies não reconhecem como habitat.
É assim que se cresce sem desenvolvimento. Este, fica restrito apenas às propagandas ecologicamente corretas.
Mas, há uma certa coerência em tudo isso, principalmente por parte dos grandes empreendimentos: quem se preocupa em ficar numa mata virgem com todos os equipamentos de um condomínio?
Percebeu como funciona o sistema?
Falar de ecologia e sustentabilidade é fácil.
Agir para que a ecologia e a sustentabilidade seja possível é outra coisa.


É isso.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Falar muito não é falar bem

Olá, pessoas!

Frequentemente a Oratória é confundida como um conhecimento que só deve ser relacionado aos políticos.
Quando se toca no assunto, muitos, desconhecedores profundos do tema, sempre citam algum candidato, algum manifestante ou algo que o valha.
Acontece que a Oratória precisa ser desmistificada.
Há a necessidade de se tirar essa aura de pomposidade, intelectualidade e formalidades que ela exala.
Dá para ser um bom orador em todos os segmentos, em todos os sentidos.
Dá para proferir palestras, ensaios, seminários de uma forma fluida, sem rodeios, com uma comunicação clara e objetiva.
No meu entendimento, creio que as pessoas deveriam se atentar mais para a importância da comunicação oral. Afinal, é dela que depende o resultado final de qualquer um de nossos projetos que são escritos, muitas vezes, quando estamos sozinhos ou em período de concentração.
Esse recolhimento faz parte do processo de criação, pois precisamos de um tempo para conjecturar, organizar, propor e escrever nossas ideias.
E chega uma hora que estas ideias precisam sair do papel, alcançar novos participantes, desenvolver novos argumentos, se adaptar às reais necessidades que nem sempre estão presentes 'na hora da teoria'.
Muitas vezes, achamos que, pelo fato de falarmos muito estamos falando bem.
E não é assim que a verdadeira comunicação se processa.
Será que estamos falando algo com conteúdo?
Será que não estamos apenas compilando outro (imitando qual um papagaio) ao invés de expormos nossos próprios pensamentos?
Será que estamos aptos a enfrentar (no bom sentido) uma plateia e colocar nossos argumentos com fluidez, de modo que nos sintamos satisfeitos após uma apresentação?
Pensando nisso, elaborei algumas dicas simples para facilitar todo esse processo.
Testei comigo mesmo há anos quando comecei a pensar numa comunicação plena e posso dizer que os resultados foram satisfatórios.
Pratique você também.
- Estimule sua leitura.
Por mais desconhecido que seja o assunto num primeiro momento, isso vai auxiliá-lo a conhecer novas palavras e saber como o outro está pensando sobre determinado assunto;
- Elabore seu raciocínio.
Antes de começar a falar muito, saiba aonde você quer chegar com a comunicação.
Ultimamente, o storytelling é muito requisitado e, em suma, nada mais é do que 'saber contar a história'. Começo, meio e fim são importantíssimos para a compreensão do outro.
- O óbvio precisa ser dito.
Muitas vezes dizemos algo e achamos que o interlocutor entendeu perfeitamente porque aquilo 'é óbvio'. Isso gera ruído na comunicação. Não tenha medo de ser explicativo.
- Seja sucinto e objetivo.
Evitar floreios e utilizar palavras difíceis que dificultam o entendimento.
Você usa alguma rede social?
Crie um blog. Exponha suas ideias. Releia. Revise.
Tem problema em 'se estender muito'?
Então, utilize o twitter. Tente expor seu raciocínio em poucas palavras. Daí a nossa sugestão para vários tipos de leitura. Nós conseguimos dizer a mesma coisa de formas diferentes. Basta tentar.
- Seja direto
O politicamente correto, muito em uso hoje em dia, pode prejudicar e até desviar o foco do assunto que você quer abordar;
- Curto e grosso.
Isto não significa ser deselegante ou mal educado. Você tem de passar suas ideias com clareza e objetividade e não se ater a termos usuais que não levam a lugar algum;
- Comece treinando em casa.
O método é simples e tem uma base até familiar:
Como conseguiremos encantar a pessoa de fora – que não nos conhece – se nem dentro de casa conseguimos nos comunicar corretamente?
Comece praticando de forma espontânea, mas consciente, com as pessoas que estão próximas a você.
Elabore suas ideias, explique-as e se faça entender.
- Comece sempre do zero.
Nunca admita que já sabe tudo. A Oratória é um constante aprendizado e o falar em público corretamente auxilia não só no trato social como também no profissional.
Caso precise se aprimorar com monitoramento, entre em contato e terei a disponibilidade para assessoria neste sentido.
Afinal, quem não se comunica, se trumbica, como diria o Velho Guerreiro.

É isso.


quinta-feira, 18 de abril de 2013

Redes Sociais ou simplesmente Virtuais?


Cabe uma nota de esclarecimento:
Este post propõe o uso da rede para fins comerciais, não levando em consideração o mero papel das chamadas ‘redes sociais’ de que temos notícia. Isto posto, vamos ao tema:

Olá, pessoa!

Desde os tempos mais primórdios, o ser humano foi adquirindo a capacidade de relacionamento a duras penas. Primeiro se estranhando e posteriormente, vendo no outro um possível parceiro para empreitadas perigosas, muitas delas relacionadas à caça.
Tudo se deu da forma mais rudimentar, quando o homem foi aos poucos perdendo a ideia de que precisava preservar ao máximo seu território, resumido a um pequeno pedaço de terra, uma caverna, quiçá uma companheira e um pouco de fogo.
Com o passar dos tempos, a necessidade de se conseguir algo maior, necessário à sua sobrevivência e sustento da família, fez com que se formassem toscas comunidades, um arremedo do que hoje podemos chamar de cidades.
Essa necessidade de interação fez gradualmente que o ser humano se relacionasse com o seu semelhante e esboçasse uma atividade comercial, antes baseada na troca (escambo) e depois, com a invenção do papel moeda, na movimentação da roda da economia universal.
Os contatos sociais, hoje chamados modernamente de networks, sempre foram importantes, seja para trocar alimentos, encontrar vontades afins para empreender caçadas ou realizar, no futuro, relações comercias e tocar projetos.
Cabe aqui, levarmos em consideração, que nos tempos remotos, tudo era feito na base do olho no olho, ‘no fio do bigode’, no boca-a-boca e, assim, se formaram as verdadeiras redes sociais.
Por quê verdadeiras redes sociais?
Pois era através delas que os relacionamento se realizavam. Que as redes eram instituídas e formadas, mesmo que o homem de então não soubesse classificá-las como tal. Afinal o que era a rede, a não ser a ferramenta para aprisionar o maior número de peixes, garantindo a própria sobrevivência e, quem sabe, virar moeda de troca para outro produto desejado?
Com o passar do tempo, o termo rede passou a denominar também, a quantidade de contatos que temos e, indo além, a nossa capacidade de se formalizar e fortalecer estes contatos.
A tecnologia parece que veio para dar uma mãozinha a toda essa demanda e se criaram as redes sociais.
É aqui que se encontra o cerne desta discussão:
Redes sociais ou redes virtuais?
Quantas vezes adicionamos pessoas que nem fazíamos ideia que existia ou somos adicionados por pessoas que entram em contato num primeiro momento e depois desaparecem?
Qual o propósito de, através do achismo, percebermos aquela pessoa com capacidade suficiente de fazer parte do nosso pseudo círculo de amizades?
O que esperar do outro quando esse outro desconhecido é adicionado?
E assim, as redes sociais se confundiram com redes que nada mais são que virtuais, ou seja, algo que a imaginamos que vá nos trazer resultados satisfatórios, tanto do ponto de vista pessoal quanto do comercial.
Agora, não precisamos mais de cartões, não precisamos mais de exaustivas reuniões para fecharmos negócios ou para conhecer melhor nossos ‘prospects’: é só recorrermos às redes e nossos problemas acabaram!
Tudo foi substituído pelo e-mail (que raramente é lido) e por um perfil numa rede qualquer, mas considerada social, aonde colocamos não o que somos, mas aquilo que, talvez, aspiramos ser.
Um exemplo?
Aquela foto com pose de executivo bem sucedido, cheio de amigos importantes (que muitas vezes ele nem conhece) dizendo-se cheio de compromissos e contratos importantes, que, quando conhecemos o sujeito, a primeira impressão já se desmorona.
Qual a importância de fazermos questão de posar ao lado de figurões que dificilmente nos reconhecerão passado o clique instantâneo ou de dizermos coisas sobre nós que não conseguiremos provar?
É sabido também que muitos negócios são fechados pelas redes sociais, só que não, mas com um detalhe curioso: geralmente, a pessoa entra em contato conosco através de outra pessoa que nos conheceu pessoalmente e não através de sites de busca, embora haja a possibilidade disso acontecer.
Então, como utilizar as redes virtuais a nosso favor?
Uma alternativa é realmente sondarmos os nossos contatos e tentar fortalecer os laços para que o virtual se torne real e verdadeiramente social. Se não, não compensa ostentarmos uma galeria infindável de ‘parceiros de negócio’ que nem sabe que existimos e estão lá apenas para fazer número.
E você?
Tem rede social ou rede virtual?
É isso.

terça-feira, 12 de março de 2013

Escondendo os Bastidores


(nota básica: esta postagem não tem a intenção de  jogar ninguém ‘pra cima’, nem servir como artigo para motivação pessoal ou qualquer presepada que tenha esse fim. Visa apenas e tão somente discutir o porquê algumas pessoas não valorizam o que conseguem e diminuem o valor de suas conquistas em nome de uma ‘falsa modéstia’).

Olá, pessoas!

Ao longo de nossas vivências, vamos percebendo que o ser humano não valoriza como deve as suas conquistas.
Ao conversar com uma pessoa que julgamos ser bem-sucedida e elogiá-la por algum feito, logo vemos que ela muitas vezes não se sente como tal. Seja para não despertar inveja, seja para não alardear os próprios feitos, ela sempre tenta apequenar as razões do elogio.
Para sermos mais diretos, melhor citarmos algumas situações e as desculpas dadas por certas pessoas:
- compra de um carro novo: é sempre precedida de 'Ah! Mas você não viu o tamanho do boleto!';
- promoção no emprego: 'mas o serviço aumentou muito e o chefe não é fácil';
- serviço bem executado: 'é, cara! Mas deu um trabalho danado. Nem sei como consegui';
- voltando de um cruzeiro: ' fiquei enjoado de tanto balançar e não dá nem pra conhecer nada em terra.' Ora! Fosse de jipe!
- uma nova oportunidade de trabalho: 'Nem sei se vou encarar mais essa. Cansa a gente';
- 'Parabéns pela casa nova.': contra-argumento: "É, cara, mas dá um trabaaaalhooo!"
- chegada de um filho: 'Agora que a gente vai ver o que é bom pra tosse'.
Conquistar novas oportunidades, seja no trabalho ou na vida particular, deveria ser motivo de comemoração. Não precisa dar uma festa para cada uma destas conquistas, mas desvalorizá-las se torna até nonsense.
É certo que nos esforçamos muito em busca de um objetivo, que muitas vezes esse esforço não mostra o resultado que esperávamos, mas cada conquista, por menor que seja ou possa parecer, já é um avanço. Tirar-lhe o valor pode fazer com que nos desanimemos para próximas ações e fiquemos apenas na expectativa de algo que nunca vamos alcançar.
Penso que é exatamente deste mal que padece o Cinema Brasileiro: quando acompanhamos algumas produções nacionais – tirando as chatices do denominado sitcom – vemos só sofrimento, só desespero, só agonia. Quando muito, um sorriso amarelo antes de subirem os créditos.
É o cinema mostrado do avesso, do lado mais depreciativo, de uma forma que não encanta e enche os olhos. Ficamos sentados no sofá, apáticos, apenas observando as mazelas dos personagens sofridos em mais uma ação que se revelará desoladora.
Já nos filmes americanos, o sofrimento visa uma atividade-fim e não simplesmente o sofrimento pelo sofrimento.
Steven Spielberg, quando se aventurou a fazer “ A Lista de Schindler “ foi interrogado pelo motivo de o filme ser em preto e branco. O diretor argumentou que 'a vida é colorida, mas a realidade é em preto e branco'. Não obstante a isso, levou o Oscar de melhor filme entre outros e que, apesar de ter as agruras dos judeus como pano de fundo, mostrava o empenho de um empresário de livrar outros seres humanos daquela situação que marcou a História.
Ou seja, não era o bastidor pelo bastidor.
Valorizar aquilo que se alcançou, pode abrir portas para algo maior, quando não precedido de reclamações intermináveis.
É isso.


terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

O óbvio TAMBÉM precisa ser dito


Olá, pessoas!

Como todo blogueiro, costumo ter um caderninho para guardar ideias.
Ah! Os meus colegas publicitários com certeza dirão que ideia não se guarda.
Isto é óbvio: ao utilizarmos uma boa ideia em um projeto (seja ele corporativo ou na vida pessoal) sempre vem outra ideia mais criativa para o próximo projeto e assim sucessivamente. Quando guardamos uma ideia, abortamos a possibilidade de termos uma ideia mais criativa.
Mas, quantas vezes um tema nos assalta e estamos impossibilitados para desenvolvê-lo ou ficamos procurando um argumento que venha endossá-lo?
Daí, a necessidade de termos um lápis e um caderninho de anotações para esperarmos o momento oportuno.
Falando nisso, este título está na fila aguardando há, pelo menos, uns 6 meses. Isso mesmo: 6 meses!
Agora, ele vem a calhar devido ao fato que tomou conta de uma das principais revistas do país: a Exame.
No artigo, consta que a diretora de criatividade da Blackberry (as empresas se utilizam destes artifícios para aproximar a marca do seu target: Will.i.am, Lady Gaga são outros exemplos) a cantora Alicia Keys foi pega enviando mensagens nas redes sociais através de um dispositivo que utiliza o sistema iOS, portanto, do seu maior concorrente.
O curioso é saber que a Blackberry foi líder no segmento smartphone, tendo perdido essa liderança justamente para a Apple, fabricante do iPhone, que utiliza este sistema.
Ao ter a divulgação comentada, a cantora e diretora de criatividade se desculpou dizendo ter tido sua conta no Twitter hackeada.
(não que tenha realmente acontecido, mas também é uma desculpa óbvia).
Levando para o termo corporativo, quantas empresas se esquecem de informar seus colaboradores sobre suas tarefas básicas, achando que eles já saibam o que deve ser feito.
Com isso, grandes lacunas se abrem dentro das organizações que, a exemplo da Blackberry, podem até investir milhões em publicidade mas se esquecem de alertar o seu board sobre questões simples: neste caso, não usar aparelhos do concorrente. Aliás, a primeira medida quando empossou a diretoria de criatividade, deveria ser substituir todos os aparelhos.
A informação deve ser não só controladas, como também discutida nos seus mínimos detalhes, pois eles podem fazer toda a diferença.
Quantos de nós já não vimos um exemplo como este?
Uma empresa contrata um estagiário e o RH não lhe informa que sua tarefa será auxiliar o seu superior imediato. Isto é óbvio. Este, por sua vez, acha que o RH já informou ao estagiário das suas funções e que 'não precisará passar o que deve ser feito'. Óbvio. Como nada foi passado de antemão, o estagiário começa a perambular pelos demais setores com cara de cachorro caído de mudança sem saber o que fazer. O funcionário antigo começa a achar que o estagiário está perambulando por pura vadiagem (óbvio) e, ao invés de informá-lo sobre suas funções, decide ganhar uns pontos com o chefe (óbvio). O chefe pega marcação com o novato (óbvio) e, ao pensar que este foi informado pelo RH (seria óbvio), o demite na primeira oportunidade por não executar sua tarefa (também óbvio). Ao ser demitido, o ex-estagiário leva uma ideia negativa da empresa (óbvio) que até tinha boas intenções com ele (óbvio) mas não soube informá-lo.
Na vida pessoal também é assim: quantas vezes não esquecemos de perguntar e de falar o óbvio?
Vamos ao mercado e, ao comprarmos frios nos esquecemos do pão, e, ao chegar em casa e sermos perguntados sobre a falta do pão, nos defendemos com a pergunta: Mas era pra comprar? Por que você não falou? E recebemos a réplica: Por que você não perguntou?
Nas empresas acontece o mesmo: ao omitirmos o que seria o óbvio, damos razão e força para ambas as partes, mesmo que estas não estejam devidamente certas.
Por que você não falou? Porque você não perguntou.
O óbvio TAMBÉM precisa ser dito, pois nem sempre o outro está pensando o que achamos que ele esteja pensando. Geralmente não está.
No caso da Blacberry, nem a diretora de criatividade estava.
É isso.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Ronaldo na medida certa da especulação do povo

Olá, pessoas!

Há algum tempo a Rede Globo, através do Fantástico, exibiu uma reportagem em vários capítulos com aquele que é considerado o maior goleador de todas as Copas e que por esse feito, desbancou até os mais variados ícones de tempos modernos e remotos.
O tema da reportagem era um desafio: fazer Ronaldo Fenômeno perder alguns quilinhos que tanto o atormentam e à crítica esportiva. Por essa atitude, especula-se que tenha engordado a sua já polpuda conta bancária com módicos 6 milhões de reais.
Tal especulação aguçou a criatividade de seus detratores. Os mais comuns, sugeriam à Vênus Platinada encaminhar a quantia ao “Criança Esperança”, pois, pagar 6 milhões ao Fenômeno era um tremendo desperdício. Além do mais, por que pedir dinheiro para causas consideradas nobres – como o Criança Esperança – e investir dinheiro em causas fúteis, como incentivar um jogador a emagrecer?
O objetivo deste artigo não é realçar as qualidades futebolísticas, envolvimento com campanhas publicitárias milionárias ou causas humanitárias, mas sim, mostrar que qualquer pessoa que esteja em evidência vira alvo fácil da opinião pública, quase sempre disposta a detratar alguém.
Aqui, fica a pergunta: Quem nunca foi criticado por usar ou ostentar algo considerado supérfluo para os demais? Quem nunca ouviu que 'deveria gastar o dinheiro em outra coisa'? Como diria Renato Russo, 'todos tem suas próprias razões'; e estas razões são as mais variadas e incompreensíveis aos olhos de quem não esteja vivendo a mesma situação – seja de repúdio ou consternação.
A história de Ronaldo tem a ver com a busca do novo, do empreendedorismo e, acima de tudo, da capacidade de conseguir explorar todas as nuances e possibilidades de sua carreira. E, diga-se de passagem, isto não é tarefa fácil. Não é raro vermos na crônica esportiva casos e relatos de jogadores que terminam a carreira e não tem mais com o que se manter, ficando à mercê de favores de amigos ou vivendo da caridade da tão 'gentil' opinião pública, que se refestela em papos de futebol e conversas regadas a cerveja e petiscos em rodas de botequim.
Para colocarmos mais um pouco de lenha na fogueira, façamos mais uma reflexão: Quantas pessoas que estão se dizendo preocupadas com esta questão, fazem parte de algum programa que visa acolher crianças desamparadas e reintegrá-las às suas famílias de origem? Será que estas pessoas tão preocupadas com o futuro das criancinhas de programas sociais gostaria de praticar adoção a médio ou longo prazo?
Ronaldo não vive só de mídia.
Em breve, vai lançar sua biografia, com edição limitada, acabamento artesanal e preço em torno de 6 mil reais.
Como se percebe, é um trabalho destinado a poucos, afinal, a história do Fenômeno todo mundo já sabe.
Ou acha que sabe.
É isso.
Uma das imagens disseminadas pela web

sábado, 12 de janeiro de 2013

Esqueceram do Mestre de Cerimônias


Olá, pessoa!

É muito comum num evento, seja ele social ou corporativo, o organizador ter de se lembrar de todos os detalhes, ou de quase todos.
Para que um evento tenha realmente sucesso é necessário não só ser aparentemente bonito. É preciso que ele consiga ser inesquecível.
Pelo menos é isso que a maior parte das agências que trabalham no segmento prometem no seu mote publicitário.
Mas a realidade é bem outra. Falta o item indispensável para que um evento possa realmente transmitir a mensagem proposta quando ele foi pensado.
E é aí que mora a maior lacuna: como falar a linguagem do organizador ou contratante, se não há ninguém que a diga?
Panfletos? Banners? E-mails? Redes sociais? Cochichar a proposta ao pé do ouvido de cada convidado?
Pensa-se em tudo ou em quase.
Se num evento social, tal como formatura, baile de debutantes ou casamento, são necessários local, decoração, quantidade de convidados, cronograma, som, iluminação, num evento corporativo, acrescenta-se o grau de exigência dos convidados representantes dos respectivos setores.
Toda realização e planejamento de um evento demanda um investimento financeiro em todas as suas fases. Sendo assim, a escolha dos profissionais faz toda a diferença. De nada adianta se gastar horrores na organização e planejamento se, na hora H, não tiver quem introduza o espetáculo (que evento não o é?) com mestria e competência.
Parece absurdo mas isso acontece com frequência.
Quantas e quantas vezes não se recebe telefonemas de última hora de organizadores desesperados procurando quem execute este serviço em cima da hora. Pior! Com o argumento de 'não se ter verba'. Ora! Se gasta em todo o processo e na hora mais importante, da execução, não se pode pagar alguém competente para fazê-lo?
Ou seja: pensa-se em tudo, mas não numa das peças principais: o mestre de cerimônias, que é quem vai chamar toda a responsabilidade do evento pra si, coordenar todo o andamento, ditar o compasso e improvisar caso haja falha (e onde não há?) para que o convidado e o anfitrião não fiquem em maus lençóis.
Em casos de eventos sociais, geralmente se coloca um tio, um pai ou um curioso qualquer que 'tenha a voz bonita' – sempre ela – para fazer a lambança. A premissa é sempre a mesma: não há verba para a contratação de um profissional, então, dá-lhe improviso e bem malfeito.
Nas empresas também ocorre o mesmo. Na última hora, alguém se candidata a fazer o serviço – desta vez, por ser desinibido – e o evento, pensado primeiramente para ser um cartão de visita se torna um festival de frivolidades e de gente perdida não vendo a hora que tudo termine.
Quando se contrata um profissional com vivência no meio, o sucesso do evento é garantido. Afinal, mesmo em confraternizações, raramente um evento é analisado (pró e contra) na hora em que acontece, mas sim, no dia seguinte, quando se passou todo o calor da emoção.
Qual a imagem que você quer passar do seu evento?
Se for uma imagem boa, não esqueça de colocar o mestre de cerimônias no seu check list e, principalmente, no seu orçamento.

É isso.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Redes Sociais: Distanciando pela (falsa) Proximidade


Olá, pessoas!

Sou entusiasta da tecnologia, das redes sociais e de tudo que puder facilitar a comunicação. Por outro lado, abomino o seu uso indiscriminado apenas para quem quer passar uma imagem de bonzinho, afinal, ser politicamente correto está mais que na moda e, resumindo, ser falso e prepotente também.
Nas redes, podemos ter vários amigos atrelados ao nosso perfil, lotando nosso perfil, pedindo ingresso em nosso perfil, o que de certa forma, pode nos dar aquela falsa impressão de popularidade.
Ledo engano.
Quando compartilhamos algo nas redes, principalmente no famoso facebook, instantes depois, recebemos vários ‘curtir e compartilhar’, ainda mais quando se trata de algo que não acrescente nada relevante à vida de alguém. Se for trolagem, memes ou notícias sobre futebol então, prepare-se! Você virou celebridade instantânea e será tido como ‘o cara’!
As redes podem gerar negócios e aproximar profissionais de diversos setores, mas é comum, numa reunião presencial agendada através delas, verificarmos uma certa animosidade no tocante a opiniões, atitudes ou posturas.
Sendo assim, melhor continuar no mundo virtual destilando falsidades e demagogias e agradando todo mundo, se passando por bonzinho, do que tentar entender e aceitar o outro como ele é.
É comum fazermos projetos e postarmos nas redes e recebermos um ‘me chama’, ‘é isso aí’, ‘força aí’, ‘sucesso’, ‘conte comigo’ e coisas do tipo.
Animados que ficamos, é claro que na hora da execução dos projetos, vamos fazer valer nossa tão proclamada influência virtual e recorremos ao povo da animação on-line, que posta mensagens positivas, critica o time do outro ou implora pela chegada da sexta-feira. A surpresa é tão acachapante quanto as mensagens de apoio: a sonoridade falsa se reverte na mesma hora e o apoio dado através das redes se transforma num fardo pesadíssimo de se carregar e o resumo é sempre o mesmo: ‘boa sorte’.
E assim, se constroem ‘relacionamentos’ calcados na mediocridade, na falsidade e na linguagem moderninha do politicamente correto.

O ser humano está cada vez mais se tornando uma ilha e se achando conectado, criando uma distância pela (falsa) proximidade. Enquanto isso, a sua capacidade de articulação, de envolvimento com a sociedade vai minguando e ele se sentindo cada vez mais só – daí ir se lamentar, também nas redes sociais.
Não seria a hora de largarmos o clique de sofá e ligarmos para alguém em razão de seu aniversário, visitar um parente, ir ver um bebê de um amigo ao invés ficarmos dando ‘curtir’ nas fotos que acompanham o crescimento da criança?
Distribuir orações e correntes pela web, compartilhar foto de criancinha desaparecida há 18 anos ou publicar fotos de acidentes pedindo ‘paz no trânsito’, não vai nos tornar seres humanos melhores, nem será indicador de nossa preocupação com o próximo. Ao invés disso, nos tornará presunçosos e recalcados ao percebermos que não ajudamos de fato, apenas compilamos algo que foi mal produzido por outrem.
Cases:
As redes sociais, tal qual se tornaram hoje, replicam atitudes do dia a dia, como por exemplo:
A pessoa que está do seu lado e, ao sair, diz ‘um abraço’ e vai embora; é o convite respondido com um vago ‘se der eu passo lá’; é um encontro combinado com o manjado ‘vamos marcar um dia’ quando há a oportunidade de se resolver naquele instante com um simples ‘não’.
Já que o politicamente correto foi deixado de lado nestas linhas, o que dizer daquele que nunca mais viu um amigo ou fez conta dele e, ao saber de sua morte, vai colocar no seu ‘perfil’ um falso: R.I.P. e destila um monte de oração espirituosa em favor dele?
Hipocrisias assim estão à solta por aí, poluindo as redes.
Para exemplificar, encerro com um ocorrido que me fez continuar com fé no ser humano – o de verdade, não o virtual:
Dia desses precisei de um contato numa empresa para a qual já tinha prestado serviço. Era em outro departamento e, como sempre, recorri ao e-mail de um velho amigo que conheci nesta empresa anteriormente. Horas depois, ele me retorna, também por e-mail, dizendo não fazer mais parte do board e que não sabia quem era o responsável pelo departamento a que me referi.
Agradeci, como de praxe, falamos sobre amenidades e desconectamos. No dia seguinte, ao verificar meu e-mail, encontro lá nome e telefone do responsável pelo departamento que havia solicitado. Este meu amigo disse que tinha entrado em contato com a antiga empresa e me recomendado e, consequentemente, conseguido as informações de que eu precisava.
Ao fazer este comentário com minha esposa durante o jantar ela me disse: “É isso que toda pessoa correta deveria fazer, mas, como isto está cada vez mais raro, ao agir desta forma (correta) pessoas se tornam especiais".
Realmente este meu amigo faz parte deste rol cada vez mais reduzido atualmente.
Detalhe: não o conheci curtindo suas trolagens ou compartilhando assuntos irrelevantes. O conheci durante um evento, tomando café e dando um abraço ao final da reunião.

É isso.